sexta-feira, novembro 30, 2007

Original

Proposta

Amanhã, 1 de Dezembro, é o encerramento da exposição "Remembering Jack Kerouac" com concerto às 21:30 no local da exposição. O concerto é de Tó Trips (Dead Combo, ex-Lulu Blind) - não faço a mais pequena ideia quem é (Pedro, podes ajudar?) - Podemos passar por lá e, se não agradar, ir até ao Bairro Alto.

rememberingjackkerouac

Cópia?


(imagem em http://apod.nasa.gov/)

Esta fotografia foi feita a 16 de Setembro de 2005, no ponto Glaciar em "High Sierra" no Yosemite National Park nos Estados Unidos. Esta imagem reproduz a fotografia tirada por Ansel Adams em 1948. A romaria foi grande...



Imagem original de Ansel Adams em http://photographyandimage.blogspot.com

Mais informações sobre esta espedição em
http://www.skyandtelescope.com/news/3310701.html
http://www.yosemite.org/newsroom/clips2005/september/0916a05.htm

Burial

Mantendo o clima melancólico-depressivo que se instalou por aqui vou escrever umas linhas sobre o melhor disco que ouvi este ano. "Untrue" de Burial foi lançado há poucas semanas mas já correu o mundo com críticas extraordinárias. O Público escreveu sobre este disco:
"Um ano depois regressa com outra obra admirável. Mais um disco de silhueta, evocando cidades adormecidas povoadas por seres solitários, tacteando na escuridão.(...) Pensa-se na electrónica granulada das produções da obscura mas mítica Basic Channel. No som metalizado do drum & bass produzido por Photek. Em Goldie do álbum «Timeless». Nas produções dub do excêntrico Lee Perry. Nos ambientes enevoados de algumas canções dos Joy Division. Ou em Brian Eno. Pensa-se nisso e não se chega a lugar algum. Porque «Untrue» é o tipo de obra aberta, vulnerável, com capacidade de partilha, convite para cada um mapear a sua geografia íntima, criando a sua própria banda sonora.5/5"

Burial é discípulo de Kode9 de quem eu já tinha falado no ano passado. Burial é a alcunha de um puto Londrino (só podia) que não quer ser identificado e que nem a família ou amigos sabem que faz música. O novo herói dos ganzados e esquecidos da grande cidade.


(Etched Headplate)

Mais músicas aqui.
Para quem se quiser aventurar nestes sons mais experimentais é só ouvir semanalmente este programa da BBC radio 1.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Control



Vi, e bem apropriadamente, o filme de Anton Corbijn na sessão da meia-noite. Control retrata os últimos anos da vida artística de Ian Curtis dos Joy Division. Além da magnífica fotografia e de um cast incrível, que quase faz renascer Ian, alguns dos factos até à pouco tempo desconhecidos da sua vida e morte são revelados. O que mais impressiona na história deste herói indie, é como a sua vida conturbada teve consequências tão poderosas na sua produção artística. Estranhamente, são muito raros os registos em filme de Ian e dos Joy Division.
Mais sobre Ian Curtis no Sound+Vision.



Episodio 2.22

O telefone tocava e a campainha irritava-me com a sua pressa. À medida que ía acordando apercebi-me que já era dia. Talvez nem fosse tão cedo como isso. Ao som da campainha recordava a noite anterior, tentava separá-la do sonho que tinha sido interrompido pelo telefone.

"já não fazemos nada aqui, é melhor irmos dormir". Sim, dormir mais um bocadinho, pensava eu enquanto tentava enfiar uns chinelos nos pés. ... uma rapariga tinha desmaiado ao pé da gare...antes que pudesse reagir estava a ser puxado pelo braço...
- Está?- ...uma perseguição de carro...
- Ainda a dormir? Pensei que a curiosidade não te deixasse pregar olho!
- Claro, não preguei olho. Por isso gostava de dormir mais uma bocado.- ...um francês...
- Tens de cá vir. Há provas novas e gostava de discutir o assunto contigo.
- Ouve lá, aquela rapariga não morreu, pois não?
- A francesa? Como é que queres que saiba?
- A francesa?- ...uma francesa... - Não, a rapariga da gare.
- Qual rapariga da gare? A do café?
- Esquece! Eu vou já aí ter.

O digno e inteligente detective não tinha visto a rapariga desmair, estava sentado na mesa do café. Mas tinha visto um francês e por causa dele tinha-me arrastado numa perseguição um tanto ou quanto louca. E agora novas provas. O que seria agora?

Cheguei ao gabinete do detective e ele levou-me até ao bar para tomarmos uma café. Deve ter percebido que eu precisava. Acendeu devagar um cigarro com um fósforo que tirou lentamente de uma pequena carteira de fósforos.
- Deixa-me adivinhar,- não resisti a dizer- os bandidos deixaram uma carteira de fosforos algures. A carteira tem a morada de um bar obscuro e um número de telefone. Possivelmente até um nome misterioso. Acertei?
- Não!
- Já sei - continuei em tom sarcástico- é alguém que aposta os seus dedos em como o seu isqueiro se acende sempre.
- O quê? O que é que estás para aí a dizer?
- Lepra? "Onde é a casa de banho? Siga o dedo."
- O quê?
- Tiraste as impressões digitais do dedo e no computador apareceu a cara de um francês de nariz vermelho que rapta ciclistas
e os leva para os Estados Unidos?
- Bebe o teu café.
- Foi o cão dos Baskerville que os arrancou? O homem do "Piano", do "Adeus minha Concubina", o grande Lebowski?
-Pára com essas parvoíces. Vou contar-te.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Episodio 2.2

Foi este o sonho que me fez acordar apenas para sentir que a partir daqule momento podia dormir descansada. Quando estava prestes a adormecer o telefone tocou ...

Muito internacional

Locations of visitors to this page


Já viram o mapa que está no final da barra lateral e que eu repito acima. A acreditar no que dizem, mostra a localização das pessoas que acedem ao blog. É impressionante! Não sentem uma nova resposabilidade com esta prova de internacionalização?

terça-feira, novembro 20, 2007

sexta-feira, novembro 16, 2007

Susan Sontag, Petra, Jordan, 1994. ©Annie Leibovitz

Ao anoitecer


Ontem vi "Ao Anoitecer", um filme de Lajos Koltai com Michael Cunningham, o autor de "As Horas" como coargumentista. E foi isso, a sua relação com "As Horas" (o livro mais do que o filme) que me obrigou a gostar deste filme. Isso e a presença de umas "velhotas" Vanessa Redgrave, Meryl Streep, Glenn Close. Estas senhoras dão autoridade ao tema do filme, alguém que no fim da vida revê a junventude, as escolhas que fez, para concluir que não se comtem erros, vive-se simplesmente, e que recomenda a filha a não dar demasiada importancia aos seus medos. Talvez seja uma visão muito simplista mas mesmo assim não resisti ao encanto do filme.

Episódio 2.1 - The french connection

O detective continuava calmamente sentado a beber um novo refresco.
- Já voltaste? - Perguntou-me sem a mínima comoção - Pensei que te demorasses mais tempo, mas enquanto foste lá em baixo saiu-me a fava do bolo.
- Que dizes? Não vês que a mulher morreu?
Mais uma vez a lúcida frieza do meu amigo espantou-me. Mesmo explicando pormenorizadamente o seu raciocínio, não consegui acompanhar as deduções mas o certo é que ele tinha-se apercebido através do tipo de movimentos da rapariga que foi a queda de alguém já sem vida.
-E uma morte assim não te choca? - perguntei.
-Preocupo-me com os que ainda estão para morrer! Além do mais foi uma morte de causas naturais que nada tem a ver com o nosso caso. Não fiques assim... Ouve, durante a tua breve ausência passou por aqui um tipo com um tom irritado, francês com um sotaque normando. Pouco disse mas o suficiente para entender que alguém falhou um encontro.
Nessa noite fomos até uma espécie de restaurante japonês fast-food, era ali que novo encontro tinha sido marcado.
Chegámos cedo, pedimos um saké quente aquecendo um pouco os corpos dormentes do frio. Só após mais de uma hora o momento esperado chegou. Um homem e duas mulheres falavam ora preocupados ora divertidos. Ele ia falando francês e português, uma delas só português e a outra só francês. Foi a única coisa que conseguimos perceber dali, mas uma coisa era certa todos se entendiam sempre. Também eles beberam saké mas apenas após a refeição, talvez para os aquecer na caminhada que tomaram de imediato.
Seguimo-los até Belém, talvez algum não conhecesse ou fosse apenas amante do seu pastel típico. Parecia uma visita turística, ainda foram dar um passeio admirando o exterior do Mosteiro dos Jerónimos e seguiram para o jardim de Belém. A certa altura deixámos de os ver. Tinhamo-los perdido. Corremos para o carro, em vão. Percorremos algumas ruas em sua busca mas nada. A certa altura julguei-o toldado da razão, aparentava um ar entre o louco e o demoníaco, levando-nos em vai-vem recorrente num troço de avenida.
-Desculpa - disse ele - já não fazemos nada aqui, é melhor irmos dormir.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Episódio 2

Estavamos sentados num do cafés da Gare do Oriente, perto da varanda que dá para a rua entre a gare e o centro comercial. Estava escuro e fazia frio. Eu tinha fome e queria ir para casa. Só conseguia pensar que no bolso do detective estava um saquinho com três dedos.
- Que pensas tu disto?
- Eu? Nada! Não tenho a mínima ideia.
- Achas que os dedos foram cortados no comboio? Que o dono dos dedos está morto?
- Se não está morto está com dores!
- É um homem ou uma mulher?
Tentei recordar-me e senti uma volta no estômago. Os dedos estavam ensanguentados, as unhas escuras de sangue mas pareciam dedos delicados, finos. Pareciam definitivamente femininos. O detective acenava-me com um saquinho com anéis.
- Estavam dentro do saco. São três, o mesmo número dos dedos cortados.
- Será que alguém cortou os dedos para tirar os anéis?
- Ao contrário do ditado...
Fui buscar mais um café e enchi-o de açucar. Mas o excesso de açucar também me agoniava. Ao virar a cara para apanhar o ar que vinha da rua vi, lá em baixo no passeio, uma raparida que cambaleava e que acabou por desmaiar. Aproximou-se um casal para a ajudar e ao baixar-se, a senhora gritou assustada. Desci a correr para saber o que se passava.

terça-feira, novembro 13, 2007

Episódio 1.10

Estranhámos não haver nada lá dentro mas já suspeitávamos... O revisor, depois de aberta a porta, tinha-se retirado discretamente. Muitas hpóteses se ponham mas uma coisa era certa, Alguém da CP era cumplice ou culpado de qualquer coisa muito grave pois tinha fechado a porta antes do início da viagem deixando lá o saco. Despejado o saco surgiram mais dois dedos, agora sem surpresa dada a quantidade de sangue espalhada pelo conteúdo do saco.

Nada mais havia a fazer por ali a não ser revistar cuidadosamente a casa de banho para ver o que aparecia mais. Essa missão ficou para o meu amigo que o meu estomago já não suportava mais. No final da viagem saímos do comboio para recapitular tudo e ele me dizer que mais havia no WC.

PhotoMóvel 4

Concurso

Na passada sexta feira realizou-se, num belo edifício da Av. da Liberdade, o concurso "O melhor a tirar imperiais", com o patrocínio da Sagres. O vencedor será anunciado em breve e ganhará um exemplar de On the Road. O segundo classificado ganhará o livro Imperiais para Totós.

Parabéns Cristina... e Rui !!!



Foi dia 20 de Outubro! A festa foi de arromba e reuniu muitas pessoas que já não via há algum tempo! Parabéns e felicidades!

sexta-feira, novembro 09, 2007

Parabéns CRISTINA!!!



Ontem a Cristina fez anos. Parabéns!!! Aqui estás com duas das tuas amigas na festa! (a Cristina, para quem não conhece, é a primeira a contar da esquerda!)

quarta-feira, novembro 07, 2007

Martin Parr

Martin Parr é um fotografo inglês com uma visão particularmente irónica sobre o mundo que vê.





Nestas fotografias vê-se o fotografo em Havana, no estúdio Hanoi, em 2001 e em Benidorme (1999). Parr foi fotografado em diversos locais do mundo (incluindo Portugal) onde é fotografado da forma mais tradicional do fotógrafo profissional de família ou no típica fotografia turística.

Ver também Photography and Image

On-line

terça-feira, novembro 06, 2007

Jack Kerouac

Sugestão para a próxima 6ª feira

Recebi esta proposta/convite para uma inauguração na próxima 6ª feira extensível a todos os amigos. A exposição tem como pretexto a comemoração dos 50 anos do lançamento do livro "On the Road" de Jack Kerouac.

"Na próxima sexta-feira dia 9 de Novembro, às 22horas inaugura uma exposição colectiva (com 13 artistas) em que eu participo [Bruno Pelletier Sequeira] e para a qual estão convidados (podem levar os acompanhantes que quiserem).

A inauguração como sempre é o pretexto para uma festa (uma boa notícia para os apreciadores de cerveja: a sagres é um dos patrocinadores do evento e oferece cerveja garantindo que não vai acabar…)!
"

LOCAL: Avenida da Liberdade, n.º 211, 2º Andar, em Lisboa.
INAUGURAÇÃO: 9 de Novembro 22horas. Encerramento: 1 de Dezembro.
HORÁRIO: De quarta a sexta das 17h às 20h, Sábado das 15h às 20h.


Podem consultar mais em

Project On the Road: remembering Kerouac