segunda-feira, abril 11, 2016
domingo, maio 03, 2015
quarta-feira, fevereiro 18, 2015
quarta-feira, novembro 12, 2014
Going Backwards
Hoje, enquanto navegava por um blog que já não visitava há algum tempo, lembrei-me de fazer um pequeno exercício: ler os posts mais antigos daquele blog que tem mais de 10 anos. São incríveis as diferenças. De um blog meio diarístico que servia paa despejar as frustrações do dia, tornou-se num blog com um assunto bastante mais específico e, escusado será dizer, muito mais interessante.
Depois fiz o mesmo com este blog. Este serviu para reunir meia dúzia de pessoas, depois meia meia dúzia. Mas era divertido. As playlists do Pedro eram um dos pontos altos dos últimos tempos do blog, mas as recordações de viagens ou de filmes vistos, exposições, os relatos de aventuras nocturnas, são também interessantes de revisitar.
Numa altura de reanimação de velhos projectos noutros contextos, parece-me fazer sentido ressuscitar este, até porque as visitas a Lisboa são cada vez mais frenéticas, frustrantes e cansativas. Mas sinto falta dos telediscos da Marta, das playlists do Pedro e de relatar o que se vai passando por esta cidade que habito como uns anos atrás habitei Coimbra.
Depois fiz o mesmo com este blog. Este serviu para reunir meia dúzia de pessoas, depois meia meia dúzia. Mas era divertido. As playlists do Pedro eram um dos pontos altos dos últimos tempos do blog, mas as recordações de viagens ou de filmes vistos, exposições, os relatos de aventuras nocturnas, são também interessantes de revisitar.
Numa altura de reanimação de velhos projectos noutros contextos, parece-me fazer sentido ressuscitar este, até porque as visitas a Lisboa são cada vez mais frenéticas, frustrantes e cansativas. Mas sinto falta dos telediscos da Marta, das playlists do Pedro e de relatar o que se vai passando por esta cidade que habito como uns anos atrás habitei Coimbra.
quinta-feira, agosto 21, 2014
Aventuras de Verão
Estava em casa de um amigo e o canalizador, um napolitano, estava continuamente a dizer: desvie-se, desvie-se que você dá azar. Estava nesta casa porque o meu amigo e a sua família estavam de férias e a casa estava inundada. Tinha recebido um telefonema seu a dizer-me que devia ir abrir a porta da sua casa, caso contrário seriam os bombeiros a arrombá-la.
O meu amigo tinha deixado a chave do seu apartamento na minha caixa de correio da universidade mas eu nunca tive a chave da minha caixa do correio. Ao telefone o meu amigo perguntava-me se eu conseguia estar em sua casa em dez minutos e eu não sabia o que responder, teria que arrombar a minha caixa do correio para que não lhe arrombassem a porta de casa mas não sabia se o conseguiria fazer em dez minutos. Alguém conseguiu extrair a chave sem que arrombassemos a caixa do correio e agora estava finalmente em sua casa, feliz porque a inundação não tinha provocado muitos danos no seu apartamento e preocupada porque o apartamento por baixo do seu tinha danos significativos, do tecto ao belo pavimento de madeira.
O canalizador disse que eu trazia azar e por isso pus-me a pensar neste Verão, do quanto tinha sido prazoroso apesar de ter demorado três dias a chegar a Lisboa. Do quanto tinha gostado de estar com a minha família apesar de ter passado um dia no hospital com o meu sobrinho. Do quanto tinha gostado de estar com o meu sobrinho apesar do susto que apanhámos numa piscina. Do quanto tinha gostado de estar com os meus amigos apesar de ter ficado sozinha com uma criança de três anos enquanto o seu pai tinha ficado retido no ferryboat que nos tinha levado de Setubal a Tróia.
Ontem, um dia depois da inundação, tomava um aperitivo com alguns amigos e revíamos a história da catástrofe. Foi um serão muito agradável e pensava no quão agradável é voltar a Modena e rever estas pessoas. Ao voltar a casa dei-me conta que me tinha roubado a bicicleta.
Começo a achar que o canalizador napolitano sabia o que estava a dizer.
O meu amigo tinha deixado a chave do seu apartamento na minha caixa de correio da universidade mas eu nunca tive a chave da minha caixa do correio. Ao telefone o meu amigo perguntava-me se eu conseguia estar em sua casa em dez minutos e eu não sabia o que responder, teria que arrombar a minha caixa do correio para que não lhe arrombassem a porta de casa mas não sabia se o conseguiria fazer em dez minutos. Alguém conseguiu extrair a chave sem que arrombassemos a caixa do correio e agora estava finalmente em sua casa, feliz porque a inundação não tinha provocado muitos danos no seu apartamento e preocupada porque o apartamento por baixo do seu tinha danos significativos, do tecto ao belo pavimento de madeira.
O canalizador disse que eu trazia azar e por isso pus-me a pensar neste Verão, do quanto tinha sido prazoroso apesar de ter demorado três dias a chegar a Lisboa. Do quanto tinha gostado de estar com a minha família apesar de ter passado um dia no hospital com o meu sobrinho. Do quanto tinha gostado de estar com o meu sobrinho apesar do susto que apanhámos numa piscina. Do quanto tinha gostado de estar com os meus amigos apesar de ter ficado sozinha com uma criança de três anos enquanto o seu pai tinha ficado retido no ferryboat que nos tinha levado de Setubal a Tróia.
Ontem, um dia depois da inundação, tomava um aperitivo com alguns amigos e revíamos a história da catástrofe. Foi um serão muito agradável e pensava no quão agradável é voltar a Modena e rever estas pessoas. Ao voltar a casa dei-me conta que me tinha roubado a bicicleta.
Começo a achar que o canalizador napolitano sabia o que estava a dizer.
quinta-feira, julho 17, 2014
quarta-feira, julho 16, 2014
Aventura diurna
Estou no hotel Sheraton do aeroporto de Bolonha. Desde ontem que devia estar em Lisboa mas ainda estou em Bolonha. A TAP não me quer transportar, nem a mim nem a alguns milhares de passageiros, já que tem voos cancelados por toda a Europa, Brasil incluído (atenção, piada! - é melhor avisar os mais desprevenidos)!
Estou verdadeiramente admirada com a minha serenidade. Sou um poço de civilidade e calma. Mas começo a achar que me comporto assim porque para mim isto já são férias. Quando cheguei ao Sheraton, depois de algumas horas na fila da bilheteira, onde já tinha estado ontem, a minha preocupação foi saber se tinha internet e se havia um ginásio ou uma piscina onde passar o tempo que restava. Nem a barata que escapou do meu quarto mal eu abri a porta me perturbou. Também consegui manter a calma durante o processo de recuperação tufo de cabelo que o secador de cabelo engoliu furiosamente. Na recepção disseram-me que havia um club muito perto do hotel, que fica mesmo ao pé do aeroporto e não na cidade. Muni-me do meu fato de banho e duma toalha do Sheraton e saí em busca do tal club. Dei por mim a percorrer a vedação do aeroporto, a ver os aviões descolar, o que é sempre bonito, e a ler uma tabuleta que dizia Tenis Club Aeroporto Bologna. Que bonito que era o club, até dava para esquecer o cheiro a escape de avião: muitas árvores, campos de beach voley, beach tennis, beach tudo com pessoas em biquini a jogar beach volley, beach tennis e outros beach qualquer coisa e uma piscina onde, para entrar depois das três deveria pagar 5 euros. Tinha 4 euros e 50 e chegou, deixaram-me entrar porque de qualquer forma fechariam daí a uma hora.
Dei uma braçadas ao sol ainda forte das 6h da tarde. Não havia muita gente na zona da piscina, e dentro ainda menos. A certa altura chega um grupo de raparigas todas bastante bonitas e entram na piscina. Eu começo a pensar que aquilo parecia um filme dos anos oitenta, passado algures na California, talvez um telefilme tipo Miami Vice. Lá percebo que elas se juntaram para um aula de hidroginástica. um rapaz que molengava na piscina juntou-se a elas todo contente e eu segui-lhe o exemplo. Durante cerca de meia hora pulamos, corremos e demos ponta-pés dentro de água. Foi uma forma inesperadamente divertida de passar o fim de tarde, principalmente quando pensava estar absolutamente isolada neste hotel no meio do nada.
Mas o mais belo deste dia foi que comprei um livro na livraria do aeroporto que andava a namorar já há algum tempo mas que não encontrava nem na biblioteca nem na Feltrineli de Modena: Danubio de Claudio Magris. Fala sobre viagens e por isso não podia calhar melhor.
Amanhã o voo é às seis da manhã, o que quer dizer que provavelmente não vou poder tomar pequeno almoço neste hotel fabuloso. Depois espero 3 hora e meia em Munique (que os italianos dizem Monaco, o que me confundiu por momentos) pela ligação para Lisboa, tudo com a Luftansa, que na TAP já ninguém se fia. Espero estar em Lisboa amanhã.
quinta-feira, maio 29, 2014
quarta-feira, maio 28, 2014
terça-feira, maio 27, 2014
domingo, maio 18, 2014
terça-feira, novembro 05, 2013
Ainda alguém se lembra deste blog?
Eu tenho cada vez menos paciência para o facebook, tanto porque me está sempre a impingir publicidade de mau gosto (pergunta-me se quero conhecer os solteiros da zona ou se quero perder peso), como porque é tanta a informação que se recebe, de amigos e conhecidos, inimigos e desconhecidos, que não há cérebro que aguente. Mas, por muito que planeie desistir de vez da minha conta, tenho de admitir que é a forma mais forma de ir dando e recebendo notícias e um grupo crescente de amigos e familiares que se vai espanhando pelo planeta. Houve uma época que era esse o objectivo deste blog. Claro que as contribuições mais assíduas se reduziam a duas ou três pessoas, mas era aqui que o Pedro deixava as suas musiquinhas e a Marta uns vídeosinhos simpáticos.
Eu, entretanto, vou deixando umas fotografias noutro lugar, mas o relato das aventuras nocturnas poderia continuar por aqui. Que fazer? Ressuscitar este blog?
Eu, entretanto, vou deixando umas fotografias noutro lugar, mas o relato das aventuras nocturnas poderia continuar por aqui. Que fazer? Ressuscitar este blog?
quinta-feira, julho 04, 2013
quinta-feira, março 14, 2013
Aventura Nocturna 9
Acho que nunca tinha feito tantos kilometros para ver um filme. A ideia de ir ver um filme a uma sala de cinema que fica numa cidade vizinha, mais precisamente a 30 Km daquelas onde se mora, já me parece um pouco extravagante. Mas isso sou eu, claro, que não conduzo e tenho dificuldades em "sair da malha urbana" como diria alguém que eu conheço. Mas ir num carro com mais dois estrangeiros que, apesar de terem um aparelhómetro chamado GPS, não mostram especial segurança nas suas deslocações, era, à partida, uma aventura arriscada. E correu mal! Entrámos na autoestrada no sentido oposto ao do nosso destino e conduzimos durante quase duas horas, em vez da meia hora que separa Módena de Regio Emilia.
Mas o filme salvou a noite e, pelo menos eu, voltei para casa com a sensação de que tinha valido a pena.
Mas o filme salvou a noite e, pelo menos eu, voltei para casa com a sensação de que tinha valido a pena.
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