A notícia que transcrevo parcialmente a seguir foi retirada do maisfutebol.pt. Não é necessariamente sobre futebol nem sobre o FCP ou o Pinto Costa. É mais um retracto do funcionamento social e moral do nosso país. Os sublinhados são meus. Atente-se principalmente às declarações do Excelentíssimo (filho da p%&#) Juiz Conselheiro. Só é possível fazer as declarações citadas quando existe a impunidade e a falta de vergonha total.
Apito: juiz admite que se compravam árbitros
[2009/03/06|15:16] Redacção Cláudia Rosenbusch
O antigo presidente do Conselho de Justiça da Federação, juiz conselheiro António Mortágua, surpreendeu esta manhã o tribunal ao reconhecer que à época do jogo Beira-Mar/F.C. do Porto (2003/04), se compravam árbitros e que «a bitola» andava bem acima dos «500 contos».
«Claro que todas as pessoas têm um preço, mas 500 contos acho ridículo. Só se fosse para o aquecimento», referiu no Tribunal de Gaia a testemunha abonatória de Pinto da Costa, no chamado «processo do envelope», em que o presidente do F.C. do Porto está acusado de entregar 2500 euros ao árbitro Augusto Duarte, em troca do favorecimento à equipa do Dragão.
O juiz conselheiro queria também desta forma descredibilizar a acusação que impende sobre o líder portista e, depois de ter afirmado que «o profissional muito acima da média» e «cidadão exemplar» Pinto da Costa não subornaria árbitros, acabou a reconhecer ao procurador do Ministério Público que «500 contos era pouco para a bitola da época».
Ao mesmo tempo, recordou o episódio envolvendo um árbitro [«não me obrigue a falar de nomes, porque isso não faço», avisou] que não teria chegado a arbitrar a partida Feirense/Beira-Mar porque teria recebido «1500 contos de cada equipa».
Por seu lado, António Perdigão da Silva, árbitro auxiliar do jogo Beira-Mar/F.C. do Porto» referiu este manhã em tribunal não ter notado «nada de anormal no comportamento de Augusto Duarte».
A testemunha, que chegou a ser arguida neste processo, admitiu ainda ter convidado o então presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, Pinto de Sousa, para jantar com a equipa de arbitragem, após o jogo.(...)
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