Hoje só perdi o metro na Alameda, mas nada que o 208 não compense, apesar da caminhada nocturna pelo bairro dos Olivais. Devo ter chegado a casa mais ou menos no mesmo estado em que a Joana chegou quando fomos ver Cat Power ao Porto. Prova-se que esse estado de urgência mantém a concentração, necessária depois dos copos de Fiuza Sauvignon, que, apesar do nome sonante, era o mais barato da lista, contudo um bom vinho, como fez questão de salientar o empregado que nos tratava por tu, o que não me faz confusão mas não deixa de me surpreender.
Saí vestida à Gato das Botas, como vingança por no Sábado ter de me vestir à Indiana Jones quando preferiria ter levado o fato de Lara Croft.
Entre amigos encontrados por acaso, e outros por combinação (não "em combinação", embora a ideia não seja completamente repugnante), assim se passou mais uma noite quente de Verão. Também achei o meu casaco, deixado na terça feira no Fábulas, recuperado hoje, o que me deixou muito satisfeita já que é novo e não tive muitas oportunidades de o exibir. Todos os empregados pareciam lembrar-se daquele casaco, apesar de eu não me lembrar de todos os empregados, alguns dignos de facto de perdurar a memória durante algumas noites.
Este desatino nocturno, necessário para manter o blog activo e dinâmico, merece uma banda sonora. Cá fica. Uma música que eu conheço cantada pelo Chet Baker, com aquela voz que fazia qualquer rapariga derreter-se como um gelado ao sol. Esta versão parece mais interessante, mais elaborada, mas o Chet Baker vai continuar a ser o meu favorito.
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