Hoje jantei em casa da minha irmã e, melhor do que isso, cozinhei para ela, o Rui e para mim, uma bela massa com tomate, cogumelos e manjericão fresco, tudo comprado no Pingo Doce, convenientemente situado mesmo à saída do metro do Arco do Cego (assim é difícil fazer boicote). Na cozinha fui assistida pelo Henrique, que lavou os cogumelos e as folhas de manjericão e disse ao pai que estava a cozinhar com a ti' Coia.
Tudo isto já é bastante idílico mas o que mais me deliciou foi ver o efeito que os cogumelos tiveram no rapaz. Aqueles seres brancos e redondinhos foram lavados inúmeras vezes e o seu nome pronunciado com muito cuidado, foram postos a conversar uns com os outros e apresentados ao Lalá (o Elmo da rua Sésamo) e ao Pocoyo. Quando fomos para a sala para jantar, o Henrique lembrou, muito preocupado, que os cogumelos (pelo menos os que não tinham sido cozinhados) estavam sozinhos na cozinha. Fui buscar dois e o Henrique disse que "os outros" tinham ficado sozinhos na cozinha. Lá fui buscar os outros quatro que nos fizeram companhia durante o jantar, passearam, atravessaram pontes, caíram em lagos, estiveram dentro da minha camisola a dormir, até que eu os pus a todos dentro da camisola do Henrique. Ele tinha seis cogumelos dentro da camisola e quando nós sugeríamos que ele os tirasse dizia que não, que estavam a jogar à bola. Depois de jantar os cogumelos continuaram a brincar no sofá, no chão, a interagir com outros brinquedos. Para um miúdo que se queixava que as ovelhas da quinta do Ruca não tinham olhos (têm de facto, mas pouco visíveis) não foi difícil aceitar estes seres lisos, redondos e brancos como parceiros de brincadeira. Se a Disney sabe disto é certo que teremos por aí um filme com cogumelos falantes. E todo o merchandising associado.
Que delícia! Mas ele não se importou de os comer?
ResponderEliminarEle não os comeu, mas acho que simplesmente porque não tinha fome.
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