sábado, dezembro 22, 2007

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Wake up

A caixa que mudou o mundo

De facto uma televisão com 150 canais (temporariamente) não faz bem à saude (do polegar) mas diverte. Com tanta fartura de canais inúteis até para donas de casa, o meu preferido é o canal "Chasse et pêche". Mas o programa que me encheu as medidas foi a "liga dos últimos" na RTPN.
Aqui fica o meu presente para os Bloggers do Coimbra é Nossa. Bom Natal.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Música coquette

Só para meninas da Av. de Roma


(Au Revoir Simone, sad song)


(Cocorosie, hairnet paradise)


(Electrelane, to the east)


(Blonde Readhead, top ranking)

segunda-feira, dezembro 17, 2007

A nossa obrigação

Obrigado ao Belém e ao "tanque" Simon Vukcevic que fez o golo da vitória do SCP em casa do Marítimo da Madeira (1-2).

domingo, dezembro 16, 2007

Uma ajuda ao Sporting



Só falta que se ajudem a eles próprios

Postado pelo RC

Rama Yade

Nicolas Sarkozy, apesar de ser uma personagem polémica nomeou esta mulher, Rama Yade, como secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e dos Direitos Humanos, talvez também para amenizar as suas relações com a comunidade estrangeira a viver em França. Ainda assim, por não fazer concessões aos seus princípios e à sua consciência, esta mulher tornou-se rapidamente a ponta de lança dos direitos cívicos na Europa. A seguir transcrevo uma reportagem do jornal Público.



A "pérola negra" que desafiou Kadhafi

12.12.2007, Margarida Santos Lopes

Rama Yade, a "Condi Rice de Sarkozy", não gosta de dirigentes
que vão a França "limpar os pés ensanguentados dos seus crimes".

O "guia da revolução" líbia, habituado a dar ordens às suas 40 amazonas guarda-costas, não estaria à espera que uma bela negra, muçulmana de origem senegalesa, o afrontasse publicamente à sua chegada a Paris, na segunda-feira. Mas foi o que aconteceu, quando Rama Yade, secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e dos Direitos Humanos no Governo de Nicolas Sarkozy, se insurgiu contra a visita a França de Muammar Kadhafi, a primeira nos últimos 34 anos.
"Podemos ter confiança absoluta em alguém que exige ser tratado como qualquer chefe de Estado e que, antes da sua chegada a solo francês, afirma [na cimeira União Europeia-África, em Lisboa] que o terrorismo é legítimo para os fracos?", perguntou Rama Yade em entrevista ao jornal Le Parisien. "O coronel Kadhafi deve compreender que o nosso país não é um capacho sobre o qual um dirigente, terrorista ou não, pode vir limpar os pés ensanguentados dos seus crimes. A França não deve receber esse beijo da morte."
E disse mais: se é certo que o Kadhafi de hoje, que renunciou ao nuclear militar, "não é o mesmo dos tempos de Mitterrand e de Chirac", sob o seu regime ainda "continua a haver desaparecidos. A imprensa não é livre. Detidos são torturados. A pena de morte foi suprimida para os líbios mas não para os africanos subsarianos". E quando ele exige indemnizações da Europa à África pelo passado colonial, Rama Yade, nascida em Dacar, responde-lhe: "Que ele pague também compensações pela escravatura intra-africana, ainda hoje com consequências nas relações entre Estados africanos do Norte e do Sul do Sara".
Sarkozy ficou tão embaraçado, que chamou a "sua Condi Rice" (a expressão é do diário Le Monde) ao Palácio do Eliseu. Se ela suavizou os comentários, minutos antes do rendez-vous com o Presidente, não deixou de sublinhar profunda hostilidade em acolher Kadhafi no simbólico Dia Internacional dos Direitos Humanos. "Sarko" reafirmou posteriormente confiança e amizade na "benjamim" do executivo, salientando que esta "não se opôs ao princípio da visita", e que as críticas que fez eram "naturais", dada a natureza do seu cargo. Certo é que, nessa noite, Rama Yade não compareceu ao jantar oferecido a Kadhafi, após a assinatura de contratos de cerca de dez mil milhões de euros.

Outros casos

Não é a primeira vez que Rama Yade enfrenta o "chefe". Quando Sarkozy foi à China e não a levou, ela proclamou bem alto que ficou ofendida. Na entrevista ao Parisien, repetiu: "Porquê esconder a secretária de Estado dos Direitos Humanos? Não é preciso virar as costas à diplomacia dos valores. [Assim] arrisco-me a ficar em desemprego técnico". Também não gostou que o Presidente felicitasse o homólogo Vladimir Putin pela vitória do partido Rússia Unida nas eleições legislativas deste mês, e foi ao Senado reclamar que "sejam desfeitas todas as suspeitas de fraude". Na Tunísia, enquanto acompanhava o "patrão", causou polémica ao encontrar-se com opositores políticos do autocrata Ben Ali, sem ter informado a sua própria entourage.
Outro incidente, que lhe mereceu uma reprimenda do primeiro-ministro, por estar a "interferir numa decisão judicial executada por um munícipe", foi quando Rama Yade foi a Aubervilles exprimir apoio a um grupo de desalojados africanos expulsos pela edilidade comunista. Mais recentemente, no caso da Arca de Zoé, ofuscou o mediático ministro Bernard Kouchner ao acusar esta organização de ter agido de má fé quando tentou transportar ilegalmente 103 crianças do Chade para a França. A sua frase "Acabou-se a África do papá", em pleno hemiciclo, causou calafrios.

Uma estrela

Quem é, afinal, esta "pérola negra", como a cognominaram os media? Ramatoulaye Yade-Zimet, de seu verdadeiro nome, vai completar amanhã 31 anos. Filha de um casal de professores - o pai foi conselheiro diplomático do defunto Presidente senegalês Leopold Senghor -, teve uma infância sem privações em Dacar. A situação complicou-se quando, em 1987, os pais se divorciaram e ela se mudou com a mãe e as três irmãs para Colombes, a sul de Paris. Foi aqui, dizem os biógrafos, que tomou consciência de que "pertencia a uma minoria discriminada". No entanto, recusou a vitimização e fez questão de realçar, no lançamento do seu livro Noirs de France - Les Nouveaux Neg"marrons, que "a identidade não se deve reduzir à cor da pele".

Rejeitando a "visão miserabilista que os sociólogos têm dos subúrbios", Rama Yade empenhou-se na realização pessoal. Formou-se em Ciências Políticas e passou no difícil teste da função pública francesa para obter um posto administrativo no Senado. No seu percurso inicial, em que frequentou um colégio católico, foi ajudada pelo Partido Comunista, e "tinha tudo para ser de esquerda", admite - até o facto de ser casada com Joseph Zimet, um judeu socialista. Em 1993, porém, deixou-se seduzir pela personalidade de Sarkozy, quando este era apenas maire (presidente da câmara) de Neuilly e ajudou a resolver uma crise de reféns numa escola.
Em 2005, Rama Yade-Zimet aderiu à União para um Movimento Popular (UMP), porque a direita "oferece respeito e não piedade" quando aborda as questões da integração. Em 19 de Junho de 2007, foi nomeada secretária de Estado. Nasceu uma estrela.

terça-feira, dezembro 11, 2007