quarta-feira, julho 18, 2007
Ainda as eleições
Recebi do José Silva a seguinte frase de Brecht que o José Sousa descobriu neste blogue, que pode ser uma das razões do alheamento dos eleitores relativamente às ultimas eleições autárquicas:
"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Bertolt Brecht(1898-1956)
"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Bertolt Brecht(1898-1956)
Saramago
Ouvi, talvez na rádio, alguém dizer que José Saramago queria restaurar a monarquia em Portugal, por ter dito que Portugal acabará por se tornar uma região espanhola. Achei uma ainterpretação original. Quem foi que disse isto?
segunda-feira, julho 16, 2007
Eleições para Câmara de Lisboa - Análise de Resultados
Resultados de 2005 e 2007 e diferenças
Numa análise fria aos resultados das eleições, e como consequência directa da abstenção, verifica-se que só a extrema direita e a extrema esquerda aumentaram o número absoluto de votos.
Do vencedor PS ficam os seguintes resultados
- Perdeu mais de 17 mil votos;
- Embora ganhando, não chega aos 30 % aumentando em apenas 3 % a votação de Carrilho em 2005.
- A soma do PSD com Carmona (32,44 %) tem mais votos do que o PS sozinho.
Poderá o partido dar-se por satisfeito quando o ex número 2 do Governo, e estrela da companhia, não chega aos 30 %? Na conjectura destas eleições até o Carrilho provavelmente ganharia. A apoteose de final de noite na sede de campanha de António Costa chegou a roçar o ridículo com toda aquela gente que veio da província a encher Lisboa para aplaudir o novo Presidente da Câmara.
Do PSD nem vale a pena falar. Resultados esperados de candidato de recurso.
A CDU (e em particular o PCP) é tida como conseguindo sempre mobilizar o seu eleitorado. Assim era de esperar que ganhasse algo com a abstenção. Não é o caso perdendo mais de treze mil e quinhentos votos e descendo quase dois porcento.
Do Bloco, e da sua imagem de seriedade, esperava-se que, no mínimo, mantivesse a sua percentagem de votos. Tal não veio a acontecer perdendo pouco mais de um porcento mas sendo, apesar de tudo, dos que menos percentagem perdeu.
Do CDS-PP veio o vazio de ideias (goste-se ou não, contrastando muito com M.ª José Nogueira Pinto, anterior candidata do Partido) e o descalabro esperado do Portas e do seu afilhado Telmo (inevitável a ordem dos personagens).
Dos partidos, restam os extremos. Ambos sobem sempre em numero de votos desde 2001: PCTP (2423, 2677, 3122) e PNR (644, 807, 1501).
O resultado dos independentes mostra a insatisfação geral nos partidos. A soma de Carmona e da Helena Roseta chega aos 52 740 votos a que correspondem 26,91 %.
O resultado destas eleições faz-me lembrar um pouco os resultados das legislativas de 1985 onde o partido vencedor, o PSD (1ª eleição de Cavaco), se ficou pelos 29,87 % e um novo partido de então, o PRD (criado com base na imagem do então Presidente da República Ramalho Eanes) atingia 17,92 % dos votos.
Esperam-se comentários enriquecedores!!!
Dados retirados do Site da CNE (os dados vistos em diferentes locais têm diferenças de número de votos pouco significativas).
Numa análise fria aos resultados das eleições, e como consequência directa da abstenção, verifica-se que só a extrema direita e a extrema esquerda aumentaram o número absoluto de votos.
Do vencedor PS ficam os seguintes resultados
- Perdeu mais de 17 mil votos;
- Embora ganhando, não chega aos 30 % aumentando em apenas 3 % a votação de Carrilho em 2005.
- A soma do PSD com Carmona (32,44 %) tem mais votos do que o PS sozinho.
Poderá o partido dar-se por satisfeito quando o ex número 2 do Governo, e estrela da companhia, não chega aos 30 %? Na conjectura destas eleições até o Carrilho provavelmente ganharia. A apoteose de final de noite na sede de campanha de António Costa chegou a roçar o ridículo com toda aquela gente que veio da província a encher Lisboa para aplaudir o novo Presidente da Câmara.
Do PSD nem vale a pena falar. Resultados esperados de candidato de recurso.
A CDU (e em particular o PCP) é tida como conseguindo sempre mobilizar o seu eleitorado. Assim era de esperar que ganhasse algo com a abstenção. Não é o caso perdendo mais de treze mil e quinhentos votos e descendo quase dois porcento.
Do Bloco, e da sua imagem de seriedade, esperava-se que, no mínimo, mantivesse a sua percentagem de votos. Tal não veio a acontecer perdendo pouco mais de um porcento mas sendo, apesar de tudo, dos que menos percentagem perdeu.
Do CDS-PP veio o vazio de ideias (goste-se ou não, contrastando muito com M.ª José Nogueira Pinto, anterior candidata do Partido) e o descalabro esperado do Portas e do seu afilhado Telmo (inevitável a ordem dos personagens).
Dos partidos, restam os extremos. Ambos sobem sempre em numero de votos desde 2001: PCTP (2423, 2677, 3122) e PNR (644, 807, 1501).
O resultado dos independentes mostra a insatisfação geral nos partidos. A soma de Carmona e da Helena Roseta chega aos 52 740 votos a que correspondem 26,91 %.
O resultado destas eleições faz-me lembrar um pouco os resultados das legislativas de 1985 onde o partido vencedor, o PSD (1ª eleição de Cavaco), se ficou pelos 29,87 % e um novo partido de então, o PRD (criado com base na imagem do então Presidente da República Ramalho Eanes) atingia 17,92 % dos votos.
Esperam-se comentários enriquecedores!!!
Dados retirados do Site da CNE (os dados vistos em diferentes locais têm diferenças de número de votos pouco significativas).
quarta-feira, julho 11, 2007
Rhapsody in Blue - 1/2
George Gershwin morreu a 11 de Julho de 1937, faz hoje 70 anos. Sugestão: The Official Website of George & Ira Gershwin
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terça-feira, julho 10, 2007
Praia, vento e bicicletas
Finalmente chegou o Verão e a vontade de ir até à praia. Cá por Coimbra isso significa ir à Figueira, à Tocha, a Mira e por aí adiante. E foi o que fizemos, eu e o Hugo. Por duas vezes saímos ao fim da tarde de Coimbra e fizemos os cerca de 50 Km até à Figueira da Foz. Durante o caminho a temperatura descia e o vento acelarava. Ao chegar à praia os nossos corpos eram fustigados por areia em fúria. Mas a proximidade do mar é sempre agradável, o barulho das ondas, os pés na areia... No fim de semana uma nova tentativa. Desta vez Mira e um pouco mais cedo pois a viagem é longa. À chegada demos com uma daquelas vilazinhas de férias, desordenadas e feiitas, sem um sítio para estacionar. Voltas e voltas, o costume. Chegados à praia o sol estava quente, o mar bonito, mas o vento era mais uma vez indescritível. Mas a praia estava cheia de gente, a maioria com guarda sois e corta ventos, famílias inteiras dentro destas cercas de pano. Na volta uma fila de trânsito tão inesperada quanto desesperante. Neste trânsito deu para lembrar a solução do Zé para uma ida à praia estando em Lisboa: uma bicicletada matrinal até Belém, um cacilheiro até à Trafaria e nova bicicletada até S. João. Um passeio muito agradável.
quarta-feira, julho 04, 2007
Let's go on a Bike
Arcade Fire, no cars go.
We know a place where no planes go
We know a place where no ships go
(Hey!) No cars go
(Hey!) No cars go
Where we know
We know a place no space ships go
We know a place where no subs go
(Hey!) No cars go
(Hey!) No cars go
Where we know
(Hey!)
(Hey!)
(Cars go!)
(Hey!) Us kids know
(Hey!) No cars go
Where we know
Between the click of the light and the start of the dream [4x]
I don't want any pushing, and I don't want any shoving.
We're gonna do this in an orderly
Manner. Women and children! Women and children! Women and children,
Let's go! Old folks, let's go!
segunda-feira, julho 02, 2007
Estrelas da companhia
Esta terça-feira, dia 3 de Julho, a Antena2 transmitirá em directo às 19h00 um recital dedicado à música portuguesa séc. XX, com uma das estrelas desta companhia.
A NÃO PERDER!
Recital de Canto e Piano
03 de Julho, 19H00
Barítono: Jorge Martins
Piano: Anne Kaasa
Fernando Lopes-Graça
CANTOS DE MÁGOA E DESALENTO (Fernando Pessoa)
1. Velo, na noite em mim...
2. Há luz no tojo e no brejo
3. Há quanto tempo não canto
4. Cheguei à janela
5. Dorme, criança, dorme
6. Sopra o vento, sopra o vento
7. Um dia baço...
Clotilde Rosa
GLOSAS PRÓPRIAS (Luiz Vaz de Camões)
estreia absoluta
António Pinho Vargas
NOVE CANÇÕES DE ANTÓNIO RAMOS ROSA
1. Não tenho lágrimas
2. Não era um barco
3. Ligado a uma sombra
4. Um tremor de proa
5. Tacteio sobre o branco
6. Como quem levanta
7.
a) onde a força do vento...
b) porque esse arvoredo...
c) um gesto que procura
8. É por aqui, mas o caminho é trémulo
9. O que escrevo por vezes
A NÃO PERDER!
Recital de Canto e Piano
03 de Julho, 19H00
Barítono: Jorge Martins
Piano: Anne Kaasa
Fernando Lopes-Graça
CANTOS DE MÁGOA E DESALENTO (Fernando Pessoa)
1. Velo, na noite em mim...
2. Há luz no tojo e no brejo
3. Há quanto tempo não canto
4. Cheguei à janela
5. Dorme, criança, dorme
6. Sopra o vento, sopra o vento
7. Um dia baço...
Clotilde Rosa
GLOSAS PRÓPRIAS (Luiz Vaz de Camões)
estreia absoluta
António Pinho Vargas
NOVE CANÇÕES DE ANTÓNIO RAMOS ROSA
1. Não tenho lágrimas
2. Não era um barco
3. Ligado a uma sombra
4. Um tremor de proa
5. Tacteio sobre o branco
6. Como quem levanta
7.
a) onde a força do vento...
b) porque esse arvoredo...
c) um gesto que procura
8. É por aqui, mas o caminho é trémulo
9. O que escrevo por vezes
Massa crítica
Fotografia do PedroMSousa
Na passada sexta feira participámos na bicicletada mensal organizada pela Massa Crítica. Éramos cerca de 60 ciclistas onde se incluía um dos candidatos à Câmara de Lisboa. A mobilização do nosso grupinho foi feita pela Plataforma de Discussão Ambiental e tínhamos até uma t-shirt muito catita.
O percurso começou no Marquês de Pombal com uma voltinhas à rotunda. Descemos para o Rossio ao som de buzinadelas, nossas e dos carros, sorrisos de alguns condutores e peões, reclamações de outros, distribuição de panfletos. Voltámos a subir para o Marquês, seguimos para o Saldanha, Campo Pequeno e Campo Grande. Demorámos mais de 2h a fazer o percurso, num ambiente bem disposto. Talvez daqui a algum tempo seja segura andar de bicicleta em Lisboa sem ser em grupo.
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