segunda-feira, junho 19, 2006

Sábado à noite: A Escola da Noite

Ao todo éramos vinte e cinco.

Esperávamos que a porta se abrisse.

Lá fora a música da feira estragava um pouco o ambiente. Uns bebiam café, outros olhavam o programa.



Ainda fora da sala iniciam-se palavras gravadas. A porta do fundo abre-se e caminhamos por um corredor escuro ladeados por motivos relacionados com as peças a ver.

Sempre que o escuro se iluminava, os vinte e cinco rostos assistem em total silêncio ao jogo que a Escola da Noite nos mostra.

Ao todo éramos vinte e cinco, vinte e cinco que sentiram a fortuna de poder estar alí.

"Passos", "Sem palavras II", "Play", "Catástrofe" - quatro pequenas peças de Samuel Beckett pela Escola da Noite, de Terça a Sábado, até 1 de Julho

1 comentário:

  1. Eu também tive a fortuna de assistir ao espetáculo. E fiquei muito surpreendida, positivamente surpreendida. Não me tinha preparado para uma noite assim.


    O ambiente que foi criado antes da representação prepara os espectadores. O facto e ter de se esperar à porta da sala, de entrar toda a gente ao mesmo tempo, de se percorrer um corredor escuro, ladeado por algo que pareciam imagens de sonhos recentes, cria uma certa tensão. Já não é fácil conversar descontraidamente enquanto se espera o ínicio do espetáculo.

    Depois seguem-se quatro peças de um tipo de teatro a que nunca tinha assitido. Diria que muito técnico, ou pelo menos muito preciso, planeado ao milímetro. E tudo muito bem executado, sem falhas. Sai-se do teatro excitado, com vontade de conversar, de discutir.

    A conversa continuou pela noite dentro na esplanada do Quebra Costas.

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