sábado, fevereiro 24, 2007

Madrid 2007 - Casa Alberto




Como já tinha dito, uma das principais actividades do grupo excursionista Os amigos do Coimbra é Nossa foi a comezaina. Tapas e mais tapas, umas a seguir às outras, engolidas com entusiasmo, regadas com emoção. A Casa Alberto foi eleita pelo grupo como um dos restaurantes mais simpáticos. Tocaram só para nós, em troca de umas módicas moeditas, tivemos direito a algumas palavras em português e à simpatia muito especial de um dos empregados de que tenho pena não saber o nome. A casa estava cheia, com um ambiente barulhento e bem disposto. As tapas eram muito boas com os bocherons em vinagre especialmente saborosos. Fomos muito bem recebidos e esperamos lá voltar.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Madrid 2007


Já que não tenho fotografias para mostrar posso contar um pouco da viagem, que se pode dividir em duas partes: exposições e restaurantes. De exposições visitámos uma de Tintoretto, no museu do Prado, outra de O Espelho e a Máscara, retratos no século de Picasso no museu Thyssen-Bornemisza, e depois a própria colecção do museu, e claro, a ARCO. Na terça feira ainda passámos por o Real Sitio de San Lorenzo del Escorial

Da exposição de retratos no Thyssen comecei logo por gostar do título, O Espelho e a Máscara. Não sei explicar porque ressoa tão bem dentro da minha cabeça, qualquer coisa entre o revelar e o esconder, talvez até simultaneamente. Mas pelo filmezinho que vi acerca da exposição pode nem ser este o sentido do título. A máscara estaria mais ligada à forma como os retratos foram perdendo expressão, e se afastaram dos seus modelos, mas não exactamenete para esconder algo. A exposição espalhava-se por várias salas com títulos como O Espelho Quebrado referindo-se cubismo por exemplo. Uma segunda parte da exposição, que não visitámos, estava instalada na Fundacion Caja Madrid.

Do resto da exposição pouco mais vi do que o piso térreo, que mostra as obras mais recentes, mas sei que o resto do grupo se espalhou por várias épocas, e todos regressaram fascinados com uma ou outra obra. Pelo que estive a ver entretanto, vale a pena fazer uma visita virtual ao Thyssen para ver ou rever as obras.

Bem, o resto das exposições e os restaurantes têm de ficar para um próximo post. Não perca os próximos episódios (ler com pronúncia brasileira).

ARCO 2007 - pessoas




terça-feira, fevereiro 20, 2007

Coimbra em Madrid



Vossos conimbricenses voltaram ao seu local de partida, Lisboa, e voltam a espalhar-se pelo país. Mas encontraram em Madrid a prova de que Coimbra também lá está. Afinal Madrid também foi nossa.

sábado, fevereiro 17, 2007

Aviso

O grupo excursionista Os amigos do Coimbra é nossa vai a Madrid. Até breve.

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Little Miss Sunshine

Obrigada King, por repores este filme. Não sou grande fã de comédias mas há muito que não ria tanto durante um filme, à gargalhada. E sem sair do cinema com aquela sensação de vazio, como por vezes acontece.
Se quiserem, look at the trailer.

Concurso

Sim, é útil e fácil memorizar um número grato aos sábios

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Last.fm

Sábado a tarde no Bairro Alto

Um passeio pelo bairro alto num sábado de chuva. Pouca gente nas ruas, lojinhas e galerias para visitar. Visitámos a Galeria Graça Brandão que vai estar presente em Madrid na ARCO. O que nos levou lá foi a exposição de Edgar Martins de fotografias tiradas em aeroportos. Fomos recebidos com muita simpatia e deixámo-nos perder por entre as outras obras expostas, como as de Daniel Senise. Mas o passeio não ficou por aí e a certa altura parámos num barzinho do qual não me lembro o nome mas que talvez reconheçam pela fotografia. A sua marca mais distintiva, àquela hora do dia, eram os candeeiros em forma de couve e o facto de terem só uma colher em todo o bar (isto foi-nos dito depois de eu a ter deixado cair ao chão) que não era nada pequena, pelo que o açucar do meu café foi dissolvido com extremos cuidados. Neste passeio ficámos ainda a saber de um concurso de fotografia organizado pela Embaixada Lomografica. Enfim, foi um calmo Sábado lisboeta

Pedro Cabrita Reis- Gulbenkian



Pedro Cabrita Reis no Centro de Arte Moderna Azeredo Perdigão da Fundação Calouste Gulbenkian

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Ursula Rucker - The Return to Innocence Lost

Ursula Rucker, The Return to Innocence Lost. (Ou a história de uma vida lixada)



Muffled sound of fist on flesh
Blows to chest
No breath
Air gasps
You ain't nothing but white trash, bitch!
With each hit, each kick, each...broken rib
Crack, Crack!
Bones are crying
Mommy's crying and bleeding
And pleading
And then...
Daddy wants to fuck
Dick hard, swelled with power rush
And as if all that wasn't enough
Mommy's seven months heavy with birth
As...Daddy grunts and cursed drunk nothings in her bloodied ear

(singing softly)
First...lullaby
First...Son...will...ever...hear
And never forget

Mommy almost bled to death when she have him...finally
She'd already lost...three
Uterus-bruised, shredded, and weak
>From being daily beat
And Friday nights were the worse and...
Daddy never came with flowers
Instead he spent hours at some corner spot
With some bar pop named Cookie
Putting his thing down
Soiling Mommy's sheets with...
Sweet...talk shit,
Cookie's cheap lipstick,
Hair grease, sperm, and jezebel juice

To hell with the good news that...
He was a father for the first time
His thirst for wine and women
Clouded his vision...
No warm welcome for mother and son
Just...
The rank smell of ass-crack, funk, and cum
But Mommy's prayerful strength-her best defense
She...burned the dirty linens
Made a fresh bed
Laid sleeping First Son down
And never made a sound
As she purged her scourge
With birth-blood and quiet tears
Watching as her fears and love and sacrifice
Lie there in his soft skin and new life
Breathing, dreaming, fresh from God's eye
Mommy's little survivor
Like...her

Mommy called crazy and scorned
'Cuz she two more born
One boy soon after
The girl much later and...
Although they were both sung the same lullabies of hate
Her...First Son, the first one
Whose...womb-world was profaned
Came of age playing street games
With Stewie, Rezzie, and Little Brother
'Till his heart start to wither
In pain and shame
Blamed Mom for the wrong she let Daddy do to her
And him...
Let...sins of the Father cause his Innocence to wander
Found out amongst thieves
Chose to squander his dreams
Stopped believing in himself
Become prodigal with his life
Make impossible shit right with...
Gang-ties, crime, lies
Erase wise, woeful words of Mother
Replaced them with absurdities of others
Who had also lost their way

Played a different kind of street game now
First Son plunged deep
Speak street-family vows
Espouse no causes but his own
See, he couldn't protect Mommy's neck from Daddy's grasp
Or...protect Mommy's ass from Daddy's wrath
Couldn't shield her ears from...
Daddy's foul-mouthed, liquor-breath jeers
His only defense-served be confidence
Brown bottles housed his swift descent
Phones called cops on block frequent for his shenanigans
Now...Daddy and him twins in addiction
Driven to false-hearted heavens and friends
By liquefied demons
Had become what he despised from Conception 'til End
Destined for a demise
Survived nine lives of staying high
Conning, jewelry-pawning, arrests, theft
Womanizing...only for money, never for sex
Bullet in chest, baseball bat to the head
Left for dead
So, eyes wide and glassy
Speech...slowed and slurred
Lips twitched with caked-up codeine candy
And mouth corners one December 24th
Mr. Hide and False Friend
Took final ride to suburban supplier
Shots were fired by the gray man
With shaky hand
But not shaky enough to miss...
Hit...Lost Boy in back
So-called Friend runs for door
Leaves First Son blood-born
Lying alone in blood on cold floor

Death was the cause of...
Returning to Innocence Lost...

Baby 'Sis awake for dawn on Christmas morn
To Mommy's sobs and shakes
Daddy's silhouettes of regret
All past, omitted, and absolved by lost
As they clung to each other
Knowing...
Como já devem ter reparado, vai estar em Madrid uma temperatura máxima de 8ºC e uma mínima de 0ºC. A boa notícia é que não vai chover! Aproveito também para avisar que a minha chefe vai amanhã para Madrid e só volta na 2ªfeira. Eu, oficialmente, durante este fim-de-semana, vou estar em casa a escrever arduamente a minha tese. Se por sorte foi apanhado, conto convosco para uma explicação bem convincente.
O Real Madrid joga no sábado mas, aparentemente, só há bilhetes para sócios. O SCP também joga no sábado. Espero que o hotel seja de qualidade e tenha a RTPI. Do ponto de vista de concertos de música "moderna" só encontrei até agora os "Blocparty", responsáveis pela melhor música de anúncios a telemóveis.
Não se esqueçam da escova de dentes.

domingo, fevereiro 11, 2007

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Construção - Chico Buarque



Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Mais um dia

Olhos irradiados, inchados. Colados ao monitor sonham com o milagre da escrita automática. Hoje não viram o sol ou a lua. Pés gelados, mãos semi-frias. Teclado cheio de migalhas de bolacha de água e sal. Papéis forram o chão. Algumas formigas ainda se passeiam. Garganta inflamada. Será gripe? Alucinações do paracetamol? Agora vou ver mais um episódio do Dr. House.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Babel

Conversa de café

- Então e qual é a sua profissão?
- Sou omnipotente mas não exerço!

De um trago

Depois de um jantar ligeiro, e enquanto esperava a hora da minha sessão de cinema, entrei numa livraria, disposta a folhear uns livros. Peguei num pequeno livro e procurei um banco para me sentar. Entro então numa história em que alguém conta uma história na qual o próprio narrador tem dificuldade em acreditar. E segue pela madrugada dentro, a contar factos cada vez mais inverosímeis e mais fascinantes enquanto eu olhava para o relógio, pois tinha de acabar o livro antes da sessão de cinema. E acabei, li-o " de um trago", e saí da livraria como quem sai de um espetáculo de magia. O livro é de Manuel António Pina, Os papéis de K.
Em seguida entrei noutra história, a de Babel, onde as falhas de comunicação constroiem três narrativas ao mesmo tempo simbólicas e descritivas do mundo actual, supostamente global, mas muito humanas e comoventes. E hoje, o comentário da Maaike ao post do Taxi Driver, conta mais uma dessas histórias.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Nos telhados



Esta fotografia foi tirada da torre de Almedina, num Sábado dedicado ao turismo em Coimbra. Quando subimos ao alto da torre para "ver as vistas", que é como quem diz telhados e uma nesgas de rio Mondego, a torre da Universidade, ainda mais alta também a espreitar-nos, damos com um gato nas alturas, nada impressionado com a paisagem. Também havia pombos, mas esses voam.

SOLidões: Hopper- Morning sun