Citando o Público:
França repudia censura nos Jogos
13.02.2008, Luís Octávio Costa
Os atletas franceses envolvidos nos Jogos Olímpicos de Pequim, que se realizam no próximo mês de Agosto, recusam-se ser submetidos a qualquer indicação do Governo chinês que vise a limitação da liberdade de expressão.
"Aquele que tem vontade de se exprimir tem o direito de se exprimir", disse Bernard Laporte, secretário de Estado do Desporto. "Cada um faz o que quiser, vivemos em democracia. O que queremos é que os atletas corram depressa e que saltem alto", completou Bernard Laporte na sequência de uma notícia publicada no britânico Daily Mail, segundo o qual o Comité Olímpico britânico terá pedido aos seus atletas para assinarem um contrato onde se comprometem a não comentar questões políticas ou assuntos relativos aos direitos humanos do povo chinês.
Diferente posição assume a Bélgica. Segundo a tenista Justine Hénin, "a política e o desporto devem manter-se separados". "Temos que estar concentrados no desporto, que é a nossa paixão. Estou preocupada com as questões políticas que rodeiam os Jogos, mas vou lá para jogar ténis e não para fazer política", disse a número um do ténis (medalha de ouro em Atenas) na Bélgica, um dos países que terão impedido os seus atletas de falar abertamente dos assuntos tabu para o Governo chinês. A Nova Zelândia terá igualmente aderido.
A grande maioria dos comités olímpicos europeus deu indicações aos seus representantes de que teriam total liberdade de expressão durante os Jogos Olímpicos.
Nesse pacote deverá incluir-se Portugal. Manuel Boto de Jesus, do Comité Olímpico português, disse ao PÚBLICO que alguma medida de censura seria "impensável". Diga-se que o Comité Olímpico Internacional não autoriza "qualquer tipo de manifestação ou de campanha política, religiosa ou racial no decorrer dos Jogos Olímpicos".
A tenista belga Justine Hénin defende que "a política e o desporto devem manter-se separados" nos Jogos de Pequim
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