sexta-feira, novembro 30, 2007

Burial

Mantendo o clima melancólico-depressivo que se instalou por aqui vou escrever umas linhas sobre o melhor disco que ouvi este ano. "Untrue" de Burial foi lançado há poucas semanas mas já correu o mundo com críticas extraordinárias. O Público escreveu sobre este disco:
"Um ano depois regressa com outra obra admirável. Mais um disco de silhueta, evocando cidades adormecidas povoadas por seres solitários, tacteando na escuridão.(...) Pensa-se na electrónica granulada das produções da obscura mas mítica Basic Channel. No som metalizado do drum & bass produzido por Photek. Em Goldie do álbum «Timeless». Nas produções dub do excêntrico Lee Perry. Nos ambientes enevoados de algumas canções dos Joy Division. Ou em Brian Eno. Pensa-se nisso e não se chega a lugar algum. Porque «Untrue» é o tipo de obra aberta, vulnerável, com capacidade de partilha, convite para cada um mapear a sua geografia íntima, criando a sua própria banda sonora.5/5"

Burial é discípulo de Kode9 de quem eu já tinha falado no ano passado. Burial é a alcunha de um puto Londrino (só podia) que não quer ser identificado e que nem a família ou amigos sabem que faz música. O novo herói dos ganzados e esquecidos da grande cidade.


(Etched Headplate)

Mais músicas aqui.
Para quem se quiser aventurar nestes sons mais experimentais é só ouvir semanalmente este programa da BBC radio 1.

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