sábado, dezembro 15, 2012
O Figgi vive comigo desde 2008...
... e hoje está, pela primeira vez, deitado no meu colo a dormitar. Quem diz que as relações não evoluem?
terça-feira, dezembro 11, 2012
A balada do desempregado
"Thaw", Laurel Halo
"Eyes be closed", Washed Out"Kimmi in a rice field", Twin Sister
"Sunset", The xx
"At your door", Chromatics
"Under your spell", Desire
"A real hero", College ft. Electric Youth
"Warm in the winter", Glass Candy
"Genesis", Grimes
"Black Cat", Broadcast
"Hands", Alpine
"Irene", Beach House
domingo, dezembro 09, 2012
sexta-feira, novembro 16, 2012
sábado, outubro 27, 2012
terça-feira, outubro 02, 2012
Passa de Figo Recheada pt. 2
"Djigui", Oumou Sangare
"Renouveau", 5 Consuls + Amadou Ballake
"Savane", Ali Farka Touré
"Asuf D Alwa", Tinariwen
"The river tune", Bassekou Kouyate
"Mbowdi", Bassekou Kouyate + Ngoni Ba + Zoumana Tereta
"Ilha virgem", Jovens do Prenda
"Rei do Palhetinho", Mamukueno"
"Ulungu Wami", Zé da Lua
"N'gui Banza Mama", Santos Júnior
"Macongo Me Chiquita", Ferreira do Nascimento
"Lufuala Ndonga", Konono No.1
"Renouveau", 5 Consuls + Amadou Ballake
"Savane", Ali Farka Touré
"Asuf D Alwa", Tinariwen
"The river tune", Bassekou Kouyate
"Mbowdi", Bassekou Kouyate + Ngoni Ba + Zoumana Tereta
"Ilha virgem", Jovens do Prenda
"Rei do Palhetinho", Mamukueno"
"Ulungu Wami", Zé da Lua
"N'gui Banza Mama", Santos Júnior
"Macongo Me Chiquita", Ferreira do Nascimento
"Lufuala Ndonga", Konono No.1
Aqui.
quarta-feira, setembro 26, 2012
sexta-feira, setembro 14, 2012
Passa de Figo Recheada pt.1
"Turning Pages", Matthew Herbert Big Band
"Afrodisia", Kenny Dorham
"Blue spirits", Freddie Hubbard
"Evrything's change", Matthew Herbert Big Band
"Tea for two (Chris Shaw remix)", Sarah Vaughan
"I love being here with you", Peggy Lee
"Misty", Sarah Vaughan
"The starlit hour", Ella Fitzgerald
"Dedicated to you", Ella Fitzgerald
"Feeling good", Nina Simone
"Afrodisia", Kenny Dorham
"Blue spirits", Freddie Hubbard
"Evrything's change", Matthew Herbert Big Band
"Tea for two (Chris Shaw remix)", Sarah Vaughan
"I love being here with you", Peggy Lee
"Misty", Sarah Vaughan
"The starlit hour", Ella Fitzgerald
"Dedicated to you", Ella Fitzgerald
"Feeling good", Nina Simone
No sitio do costume.
quinta-feira, setembro 06, 2012
sábado, agosto 25, 2012
sábado, julho 28, 2012
quinta-feira, julho 19, 2012
quarta-feira, julho 04, 2012
terça-feira, junho 26, 2012
quinta-feira, junho 07, 2012
quinta-feira, maio 31, 2012
terça-feira, maio 29, 2012
segunda-feira, maio 28, 2012
sábado, maio 26, 2012
Entre uma atitude suicidária e escapista, gozo as novas companhias pela excitação da novidade, alimento projectos fotográficos e literários que não concretizarei, gasto as minhas economias sem perspectiva de as repor, ouço projectos de viagem sem me atrever a partir, ouço feitos profissionais sem que me façam agir, acredito em amizades baseadas na bajulação, acredito que cativo quando caio no ridículo, vejo a falta de laços como liberdade, o meu cinismo como inteligência, a minha falta de ambição como nobreza de espírito, o meu alheamento como idealismo. E não se prevêem sinais de melhora.
domingo, maio 20, 2012
If
If you
If you could
If you could only
If you could only stop
If you could only stop your
If you could only stop your heart
If you could only stop your heart beat
If you could only stop your heart beat for
If you could only stop your heart beat for one heart
If you could only stop your heart beat for one heart beat
If you
If you could
If you could only
If you could only stop
If you could only stop your
If you could only stop your heart
If you could only stop your heart beat
If you could only stop your heart beat for
If you could only stop your heart beat for one heart
If you could only stop your heart beat for one heart beat
domingo, maio 13, 2012
sexta-feira, maio 11, 2012
quarta-feira, maio 09, 2012
domingo, maio 06, 2012
sábado, maio 05, 2012
quinta-feira, maio 03, 2012
sábado, abril 28, 2012
Pelos vistos aconteceu no Porto Santo...
- Queria uma torrada sem manteiga.
- Pode ser sem margarina?
- Pode ser sem margarina?
quarta-feira, abril 25, 2012
Arrumações de Primavera
Arrumar a casa, ou desarrumar, porque na realidade ela está pior do que estava quando comecei, é como entrar numa máquina do tempo. Encontrei muitos papéis para deitar fora, um moinho de café, uma caixa de uma torradeira que há muito foi para o lixo, t-shirts desaparecidas, fotografias antigas, enfim... imaginem se fosse um T2...
* Cristina e Rui, fotografados pelo Miguel, em 1997
segunda-feira, abril 23, 2012
Vista aérea...
... de um tupperware no meu frigorífico. É uma espécie de floresta tropical, com cores muito bonitas. Esta foi feita com couscous.
domingo, abril 22, 2012
segunda-feira, abril 16, 2012
domingo, abril 15, 2012
sábado, abril 14, 2012
quarta-feira, abril 11, 2012
terça-feira, abril 10, 2012
domingo, abril 08, 2012
quinta-feira, abril 05, 2012
Um acontecimento raro
Parece-me que já é bastante raro conseguir que um escocês gaste algum dinheiro, mas conseguir que um "Aberdonian" nos pague o jantar é mais difícil do que ganhar o Euromilhões. Como hoje realizei esse feito, venho aqui gabar-me dele.
Só para terem uma ideia da grandiosidade da minha conquista, há sítios da internet com piadas exclusivamente sobre a forretice dos habitantes de Aberdeen: The first people in Scotland to get double glazing were Aberdonians so that the bairns' couldnae hear the ice cream vans! Também há umas que envolvem ovelhas, mas essas procurem-nas vocês se quiserem.
O melhor disto tudo é que, sendo escocês, acabámos o jantar a beber um (talvez dois) belo whisky, que obviamente eu estraguei com umas pedras de gelo, e a conversar sobre Física Computacional e a Margaret Thatcher.
terça-feira, abril 03, 2012
3/7
A meio do terceiro volume:
- Sabe de que é que tenho receio, é de que, se continuarmos assim, eu não possa deixar de lhe dar um beijo.
- Seria uma bela desgraça.
- Sabe de que é que tenho receio, é de que, se continuarmos assim, eu não possa deixar de lhe dar um beijo.
- Seria uma bela desgraça.
Proust, EBTP III
segunda-feira, abril 02, 2012
Estes experimentalistas põem-me doida...
... porque é que insistem em escrever os artigos em word? Arrrrhhhh!!!!
sábado, março 31, 2012
Tormenta cerebral...
... foi, parece-me, a primeira tradução que vi para a expressão brainstorm. Tem origem no Brasil e provavelmente nós diríamos tempestade cerebral, com as descargas eléctricas a simbolizarem as trocas químicas nas sinapses de um cérebro activo, prestes a ter uma ideia brilhante. Tormenta, no nosso português, soa um pouco mais doído.
Mas outras expressões me chamaram a atenção no texto da catálogo do Bes Photo relativo à exposição de Rosângela Rennó.
"Fazer cada vez melhor mas sem a intenção de chegar a nenhum lugar, apenas com a intenção de aprimorar e, assim, tornar-se um ser humano melhor."
O sublinhado é meu. Mais à frente a entrevistadora, que salvo erro se chama Verónica Cordeiro, cita as Cidades Invisíveis de Italo Calvino, a fotógrafa cita os livros de Harry Potter, num texto interessante que folheei durante a visita à exposição.
A exposição de Mauro Pinto mostra o interior de habitações muito modestas, de madeira e zinco, mas com uma luz muito bonita. As casas parecem arrumadas e transmitem a mesma dignidade que senti no Bairro da Torre, numa em que eu e o Loïc fomos convidados para jantar. Era o lar de uma rapariga e dos seus três filhos, uma casa semi destruída mas arrumada, com flores artificiais a enfeitar a mesa. Essa recordação fez-me ver de forma mais comovida as imagens do moçambicano.
Com intervalo de uma semana vejo a segunda exposição feita a partir de fotografias antigas. A semana passada vi a de Carla Cabanas, esta semana a de Duarte Amaral Neto. Na verdade a de Rosangela Renó também o é. E como eu própria também ando a revisitar albuns de família, da minha e de outras, percebo muito bem este interesse por imagens do passado "que despertam uma vontade de desenvolver um enredo a partir delas".
Devo dizer que o meu fascínio por fotografias, minhas e de outros, aumenta cada vez mais. Todas as imagens parecem transportar uma carga que eu não consigo deixar de associar à ficção, à mesma ficção que vemos no cinema, a de uma memória construída pela nossa imaginação.
sexta-feira, março 30, 2012
Agora em versão digital...
... o casal mais falado do ano...
* um agradecimento à Inês que me aturou em sua casa até há bocadinho, enquanto eu fazia estas digitalizações.
quarta-feira, março 28, 2012
segunda-feira, março 26, 2012
domingo, março 25, 2012
sábado, março 24, 2012
sexta-feira, março 23, 2012
domingo, março 18, 2012
O Stieg Larsson antecipou-se-nos
Nós, os bloggers do Coimbra é Nossa tínhamos começado a redigir a nossa própria triologia Millenium, que deveria ter sido um sucesso comercial, muito antes da do Stieg Larsson. A qualidade do enredo é indiscutivelmente superior, as personagens são de uma humanidade comovente. Mas a verdade é que não fomos suficientemente rápidos a terminá-la.
Para quem quiser recordar:
Para quem quiser recordar:
- Episodio 1 - No comboio por Cláudia
- Episodio 1.2 - Ainda no comboio por HRC
- Episódio 1.3 Ainda no comboio (cont.) por PedroMSousa
- Episódio 1.4 - Ainda no Comboio por Cláudia
- Episódio 1.5 - Ainda no Comboio por Cláudia
- Episódio 1.6 - Mais uma vez no Comboio por HRC
- Episódio 1.7 - No comboio por PedroMSousa
- Episódio 1.8 - Já sabem onde... por Cláudia
- Episódio 1.9 por Cláudia
- Episódio 1.10 por HRC
- Episódio 2 por Cláudia
- Episódio 2.1 - The french connection por criaturadoeixodosentir
- Episodio 2.2 por Cláudia
- Episodio 2.22 por Cláudia
sábado, março 17, 2012
Porque é que o filme tem o título que tem?
Não é óbvio que o protagonista sinta vergonha do que faz, apesar de me parecer evidente que quer parar, que o quer substituir por algo que o preencha mais efectivamente. Quer também livrar-se de um vício, está farto de ser seu escravo, e por isso deita para o lixo aquele saco cheio com os objectos da sua dependência.
Há uma situação que se me apresenta como ambígua, quando o protagonista surpreende a irmã em sua casa. Eu passo a cena toda, que me parece muito longa, a tentar perceber se ele está ou não incomodado com a sua nudez, se ele não se mostra incomodado para que o incómodo não substitua a cólera que lhe está a mostrar sentir, e se ela não se cobre com a toalha que o irmão lhe passa porque o quer provocar ou se simplesmente a relação daqueles dois irmãos é desinibida a esse ponto.
Mas e então a cena em que entram os três em casa do protagonista, os irmãos e o chefe dele, e o protagonista se vê na sala do apartamento, obrigado a ouvir o que se passa no quarto. Mais uma vez não parece que o sexo o embarace, deixa-o antes furioso, atira-o para a rua para uma corrida nocturna, mas não é claro o motivo, já que a fúria não é suficiente para que tente impedir o que se passa entre a sua irmã e o seu chefe. Está furioso por ver a sua irmã usada? Por ver que a sua irmã se deixa usar? Porque a sua submissão ao chefe é tal que o impede de agir?
E que papel está a representar no encontro com a sua colega de trabalho. E qual é a diferença entre a rapariga do metro e a rapariga que o chefe tenta engatar no bar? E porque é que, sendo por vezes tão frio, mostra momentos de tanta fragilidade? E em que e que é diferente do chefe, da irmã, de qualquer um de nós?
quarta-feira, março 14, 2012
Ao ouvir o Illinoise...
... surpreendo-me sempre com o quanto gosto de cada uma das músicas, sem excepção.
Hoje, a melancolia das letras pesa-me um bocadinho.
All the glory that the Lord has made
And the complications when I see His face
In the morning in the window
Hoje, a melancolia das letras pesa-me um bocadinho.
All the glory that the Lord has made
And the complications when I see His face
In the morning in the window
quinta-feira, março 08, 2012
2/7
Quase no final do segundo volume:
"Mas no prazer de segurar longamente as suas mãos entre as minhas se tivesse sido seu vizinho no jogo do anel não me interessava apenas esse mesmo prazer: quantas confissões, quantas declarações silenciadas até então pela timidez, eu podia confiar a certas pressões de mãos; pelo seu lado, como lhe seria fácil a ela, respondendo com outras pressões, mostrar-me que aceitava; que cumplicidade, que começada volúpia!"
Proust, EBTP II
terça-feira, março 06, 2012
Mais um blog!
Outro? Este chama-se Do fundo do baú e tem na descrição:
Do Fundo do Baú é um arquivo fotográfico online, na sua maioria composto por imagens analógicas e de origem portuguesa.
Tem por principal objectivo alimentar o nosso imaginário colectivo, centrando-se na ideia de uma imagética colectiva portuguesa e na cultura popular portuguesa das últimas décadas expressa através da fotografia.
..............................
É mais um projecto do trio maravilha Cláudia, Inês e Ana e espera pelas vossas contribuições (não, não estamos na foto abaixo)!
P.S.
Pedro, reparei agora que o blog tem o título da tua última selecção de músicas. A culpa é da Ana que o baptizou, e que provavelmente nem sequer sabe da sua existência (apesar de ter gramado as anteriores "playlists" no fim de semana em Vendas Novas). Eu não tenho nada a ver com o assunto, só trato de questões técnicas!
P.S.
Pedro, reparei agora que o blog tem o título da tua última selecção de músicas. A culpa é da Ana que o baptizou, e que provavelmente nem sequer sabe da sua existência (apesar de ter gramado as anteriores "playlists" no fim de semana em Vendas Novas). Eu não tenho nada a ver com o assunto, só trato de questões técnicas!
domingo, março 04, 2012
Quando o fotógrafo é fotografado
A cidade de Lisboa é absolutamente fascinante, e o Rossio e o Martim Moniz são lugares especiais, em que se misturam turistas com muitas comunidades lisboetas, numa variedade que me surpreende sempre. É também a presença dos turistas que faz das máquinas fotográficas objectos omnipresentes, mas nem por isso as torna invisíveis. Com um bocadinho de paciência e disponibilidade, não é difícil conquistar a simpatia das pessoas.
Depois de garantir a autorização deste grupo de mulheres para as fotografar, e de uma delas me dar o seu contacto do facebook para que lhe enviasse as fotos, aparece um rapaz que me pede a câmara para que eu me junte ao grupo a ser fotografado. Eu hesito em entregar-lha e ele, perspicaz, resolve a questão de uma forma muito inteligente. Tinha na mão um telemóvel, e como quem diz "segura aí no telemóvel para eu fotografar melhor", passa-me o seu telemóvel dando-me assim uma garantia em troca da minha câmara. Depois de nos fotografar voltamos a trocar os nossos pertences, e eu fiquei com um registo desta tarde fotográfica.
quinta-feira, março 01, 2012
quarta-feira, fevereiro 29, 2012
Aventura Nocturna 8: eu vi logo que era uma pessoa diferente
Tudo começa no CAM, por volta das 18h30 com o lançamento de um novo livro do fotógrafo Daniel Blaufuks e o encontro com meia dúzia de pessoas conhecidas, um copito de vinho a acompanhar a conversa e o delinear de planos para colaborações futuras. Mas havia propostas a mais curto prazo: assistir ao concerto de lançamento de um disco no Hot Club, às 10h da noite. Aceitei o desafio da Cátia, que me ofereceu jantar em casa dela, mais dois copitos de vinho e outros tantos dedos de conversa.
Fomos a pé para a Praça da Alegria e quando lá chegámos a sala estava cheia e fazia transbordar pessoas até ao pequeno corredor que a antecede. E foi mesmo aí que nos dispusemos a esperar pela nossa oportunidade de entrar. Entretanto já nos tínhamos juntado a um amigo da Cátia que protagonizou uma das cenas de engate mais cómicas a que alguma vez assisti e afugentou umas senhoras italianas que esperavam atrás de nós. Acabou com ele, muito descaradamente, a gritar o número de telefone a uma rapariga que já estava na rua e a repetir-lho em italiano, sendo ela portuguesa. A rapariga prometeu ligar-lhe no dia seguinte, promessa feita também em italiano. Conseguiu, ainda antes de entrarmos, meter-se com a cantora Maria Viana e fazer-nos rir com mais uns quantos disparates.
Depois de entrarmos foi a música a fazer das suas. A Cátia apresentou-me a uma das cantoras e parecia conhecer mais alguns músicos e um rapaz que fazia anos a 29 de Fevereiro, o que é sempre interessante. O ambiente era muito simpático e os meus planos de abandonar o clube a tempo de apanhar o último metro foram rapidamente abandonados. Um dos responsáveis foi um rapaz que tocava harmónica e que me deixou pregada ao chão sempre que eu planeava sair da sala.
Mas lá saímos e o meu plano era ir a pé até à Almirante Reis e aí apanhar o 208, para não ter de pagar um taxi. Na Av. da Liberdade despedi-me da Cátia e do amigo que falava italiano e desci até ao Rossio, e depois até ao Martim Moniz sempre a cantarolar o My Funny Valentine e Só Danço Samba (vai, vai, vai, vai) que a cantora de belos olhos azuis tinha estado a cantar momentos antes.
Mal começo a subir a Almirante Reis dou logo com uma paragem de autocarro que me informa que o 208 passará dentro de 38 minutos. Decido-me a continuar a andar e a apanhar o autocarro mais acima para não ter de esperar ali parada. Pouco depois um táxi abranda ao passar por mim. Abano a cabeça a informá-lo que não estou interessada e ele arranca, mas muito devagar e pára um pouco mais acima. Começo a pensar que talvez não seja assim tão boa ideia andar por ali a pé. Ultrapasso o táxi que volta a aproximar-se de mim muito devagar. Estou decidida desviar-me da Almirante Reis para impedir que o táxi me pudesse seguir quando vejo que o taxista pára junto de mim, abre a janela e me faz sinal para me aproximar.
Aproximei-me e o senhor oferece-me uma boleia que eu me apresso a recusar. Ele insiste. Não vê que é um perigo andar aqui? Eu vi logo que era uma pessoa diferente. Para onde é que vai? Eu levo-a! Recusei mais algumas vezes mas o senhor parecia tão preocupado comigo que aceitei uma boleia até à Alameda. Depois de entrar no táxi explicou-me que já me tinha visto ao descer a avenida, deu meia volta no Martim Moniz e fez questão de parar para me fazer ver que nem todas as pessoas são mal intencionadas, até porque tinha visto logo que eu era uma pessoa diferente. Eu acabei por aceitar que me trouxesse a casa.
Resumindo: alguns anos depois de um motorista de autocarro me ter ido levar a casa, a Frielas, no próprio autocarro, desviando-se do seu caminho normal e assustando-me ao apagar as luzes do carro porque não ia em serviço, um taxista, às 2h da manhã, dá-me boleia até casa porque acha que é perigoso subir àquela hora, a pé, a Almirante Reis. Eu nunca achei que tivesse ar de donzela em apuros por isso só posso concluir que os motoristas são todos uns corações de manteiga.
segunda-feira, fevereiro 27, 2012
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
terça-feira, fevereiro 14, 2012
Do fundo do baú
Do fundo do baú
Omar Souleyman, "Atabat"
Austra, "The choke"
Khonnor, "Dusty"
Tim Buckley, "Strange Feelin'"
Scout Niblett, "River of no return"
Laura Arkana, "Huilen"
Stina Nordenstam, "Crime"
Johanna Kunin, "Fireflies"
Terry Callier, "What color is love"
Nicola Conte, "Wanin' moon"
Micatone, "Nomad"
Aqui.
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Aventura Nocturna 7: terror no metropolitano
Acho que não tenho saído muito, uma vez que esta série de aventuras nocturnas não era actualizada há mais de um ano. Na verdade, o post O que parecia a mais fria noite do ano, afinal... até se qualifica como Aventura Nocturna. A de hoje também!
Entrei no metro em S. Sebastião, apanhei o último para não variar, e na carruagem que chegava havia um rapaz a dormir. Eu e um grupo de rapazes indianos (ou paquistaneses, não sei dizer) trocámos uns olhares e finalmente eu decidi-me a levantar-me e tentar acordar o rapaz. O rapaz, apesar dos meus delicados abanões, não acordava, aliás, nem parecia respirar. Desisti mas um dos rapazes indianos resolveu tentar com mais convicção. Eu sentei-me num lugar próximo. Entretanto chega um outro rapaz, português, branco, que substitui o rapaz indiano nas tentativas de acordar o belo adormecido. Este, mais do que convicto, era truculento. Não só conseguiu acordá-lo como começou uma discussão cheia de ameaças a que o belo adormecido respondia muito atordoadamente. Um dos rapazes indianos aconselhou calma e eu viro-me para trás para tentar fazer o mesmo quando vejo que as ameaças já se faziam acompanhar de uma faca.
Levantei-me e dirigi-me ao outro extremo da carruagem, que infelizmente era das pequenas. Sentei-me perto de um outro senhor indiano. Os rapazes indianos que tinham participado na cena também se levantaram e sentaram-se perto de mim, o que me fez sentir segura. Aliás, os sorrisos deles diziam-me que pertencíamos ao mesmo grupo, que nos protegeríamos uns aos outros. Quanto ao rapaz atordoado, não consegui pensar em nada que pudéssemos fazer por ele sem nos arriscarmos a piorar a situação. O alarido no fundo da carruagem continuou mas o rapaz ameaçador acabou por sair, e o rapaz atordoado saiu na estação seguinte.
À medida que chegavam aos seus destinos, os rapazes do meu grupo saíam, sem antes se despedir de mim com um sorriso e um "Tchau, senhora!". Eu retribuí o sorriso e agradeci a companhia.
Entrei no metro em S. Sebastião, apanhei o último para não variar, e na carruagem que chegava havia um rapaz a dormir. Eu e um grupo de rapazes indianos (ou paquistaneses, não sei dizer) trocámos uns olhares e finalmente eu decidi-me a levantar-me e tentar acordar o rapaz. O rapaz, apesar dos meus delicados abanões, não acordava, aliás, nem parecia respirar. Desisti mas um dos rapazes indianos resolveu tentar com mais convicção. Eu sentei-me num lugar próximo. Entretanto chega um outro rapaz, português, branco, que substitui o rapaz indiano nas tentativas de acordar o belo adormecido. Este, mais do que convicto, era truculento. Não só conseguiu acordá-lo como começou uma discussão cheia de ameaças a que o belo adormecido respondia muito atordoadamente. Um dos rapazes indianos aconselhou calma e eu viro-me para trás para tentar fazer o mesmo quando vejo que as ameaças já se faziam acompanhar de uma faca.
Levantei-me e dirigi-me ao outro extremo da carruagem, que infelizmente era das pequenas. Sentei-me perto de um outro senhor indiano. Os rapazes indianos que tinham participado na cena também se levantaram e sentaram-se perto de mim, o que me fez sentir segura. Aliás, os sorrisos deles diziam-me que pertencíamos ao mesmo grupo, que nos protegeríamos uns aos outros. Quanto ao rapaz atordoado, não consegui pensar em nada que pudéssemos fazer por ele sem nos arriscarmos a piorar a situação. O alarido no fundo da carruagem continuou mas o rapaz ameaçador acabou por sair, e o rapaz atordoado saiu na estação seguinte.
À medida que chegavam aos seus destinos, os rapazes do meu grupo saíam, sem antes se despedir de mim com um sorriso e um "Tchau, senhora!". Eu retribuí o sorriso e agradeci a companhia.
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
domingo, fevereiro 05, 2012
O que parecia a noite mais fria do ano, afinal...
... foi a mais quente. Além de um jantar maravilhoso, com uma ementa cheia de coisas como fígado de aves com maçã em vinagre balsâmico, ou picos de matança com figos, cogumelos com castanhas e, claro, muito vinho (foi aqui que tudo começou), a companhia estava animada, tanto por causa da aniversariante (hip hip hooray!) como da visitante estrangeira, a nossa querida Barrrbarrra!
Depois do jantar tivemos a parte desportiva: jogámos um barulhento jogo de basquete numa casa de chá onde éramos os únicos clientes, se ouvia Nick Drake e onde os donos não pareciam especialmente contentes por nos receber. O jogo consistia numa redoma dentro da qual havia um campo com buraquinhos numerados. Nestes buraquinhos havia uma espécie de catapultas, accionadas por uns botões, que faziam a bola saltitar de um sítio para o outro e eventualmente para o cesto. O jogo favorecia um dos lados, o da Marta claro. Descobrimos também que o Jorge gosta de jogar sozinho, fazendo o papel dos dois jogadores, e nem assim consegue ganhar a si próprio!
De Santos para a Bica, novo barzinho para a nossa sessão cultural. Aprendemos, entre outras coisas, o que quer dizer "milf", enquanto se ouvia o álbum da Lana del Rey, agora omnipresente.
Faltava só a sessão de dança que foi muito animada. Há medida que o tempo passava, íamos sendo comprimidos por um número cada vez maior de pessoas e o cansaço começava a pesar. Eu e a Bárbara saímos e deixámos uns ainda animados e enérgicos meninos. E aqui sim começou a noite.
Voltámos para casa calmamente na conversa, no carrito da Barbara. Para os lados de St. Apolónia a polícia mandou-nos parar, soprar no balão, etc, etc. Adivinham o resto. O processo foi lento, a noite estava fria, a multa foi pesada. O carro ficou por lá e voltámos sãs e salvas para casa.
Como disse a Bárbara, é só dinheiro!
Depois do jantar tivemos a parte desportiva: jogámos um barulhento jogo de basquete numa casa de chá onde éramos os únicos clientes, se ouvia Nick Drake e onde os donos não pareciam especialmente contentes por nos receber. O jogo consistia numa redoma dentro da qual havia um campo com buraquinhos numerados. Nestes buraquinhos havia uma espécie de catapultas, accionadas por uns botões, que faziam a bola saltitar de um sítio para o outro e eventualmente para o cesto. O jogo favorecia um dos lados, o da Marta claro. Descobrimos também que o Jorge gosta de jogar sozinho, fazendo o papel dos dois jogadores, e nem assim consegue ganhar a si próprio!
De Santos para a Bica, novo barzinho para a nossa sessão cultural. Aprendemos, entre outras coisas, o que quer dizer "milf", enquanto se ouvia o álbum da Lana del Rey, agora omnipresente.
Faltava só a sessão de dança que foi muito animada. Há medida que o tempo passava, íamos sendo comprimidos por um número cada vez maior de pessoas e o cansaço começava a pesar. Eu e a Bárbara saímos e deixámos uns ainda animados e enérgicos meninos. E aqui sim começou a noite.
Voltámos para casa calmamente na conversa, no carrito da Barbara. Para os lados de St. Apolónia a polícia mandou-nos parar, soprar no balão, etc, etc. Adivinham o resto. O processo foi lento, a noite estava fria, a multa foi pesada. O carro ficou por lá e voltámos sãs e salvas para casa.
Como disse a Bárbara, é só dinheiro!
quinta-feira, janeiro 26, 2012
Esta manhã garanti felicidade suficiente para o resto do dia. Eu sou uma das pessoas mais lentas na minha turma de natação, mas nada que me preocupe especialmente. Hoje começámos a aula com exercícios de pernas crawl com barbatanas. Começámos todos em filinha, eu num dos últimos lugares, mas rapidamente tive de ultrapassar toda a gente e dei-lhes um valente avanço.
No final da aula estávamos a comentar a aula e o prof. pôs-se a olhar para as minhas pernas, muito desconfiado, e a dizer, tu nas pernas, estás lá na frente. Eheheh! Para alguma coisa serve calçar barbatanas 41/42!
No final da aula estávamos a comentar a aula e o prof. pôs-se a olhar para as minhas pernas, muito desconfiado, e a dizer, tu nas pernas, estás lá na frente. Eheheh! Para alguma coisa serve calçar barbatanas 41/42!
quarta-feira, janeiro 25, 2012
Estive uma semana sem ver o meu sobrinho, e voltei a vê-lo ontem. Fui buscá-lo a casa dos meus pais, e levá-lo a casa dos dele. Passei com ele o serão nas brincadeiras do costume. Quando disse que tinha de voltar para casa ele desatou a chorar e a atirar-me a sua maldição: "Não quero mais contigo". No meio da gritaria prometi-lhe que hoje voltaria a ir buscá-lo a casa dos avós. Aos poucos foi acreditando na promessa e foi-se acalmando. Quis descer no elevador comigo e despedimo-nos na entrada do prédio.
Hoje voltei a vê-lo. Passámos o serão com os jogos habituais, com muitos abraços e trocas de mimos. Quando disse que tinha de regressar a casa nada de especial se passou. Acredita que esta semana não vai ser como a anterior.
É por estas e por outras que me custa deixar Lisboa.
terça-feira, janeiro 24, 2012
quarta-feira, janeiro 18, 2012
sexta-feira, janeiro 13, 2012
Ai, a conversa...
Já não sei onde, num programa sobre uma cidade algures, havia uma senhora que, para ilustrar como a cidade estava a mudar, lamentava-se dizendo: "Aqui era um café, agora é uma livraria. Nós gostamos de ler, mas gostamos mais de conversar."
É difícil escolher, mas ter uma bela conversa e ouvir alguém com coisas interessantes para dizer e entusiasmo pelo que diz é das coisas que mais prazer me dá. E esta conversa foi longa, quatro horas, mas a riqueza de referências, todos os universos que se abrem, todos os novos pontos de vista, as idiossincrasias que se revelam, provam à exaustão que vale a pena sair de casa, de frente do computador, para olhar alguém nos olhos.
Ouvir alguém pronunciar o nosso nome também tem uma magia muito especial. De repente somos amigos, somos íntimos, e nem sequer sabemos quando é que isso aconteceu. E com isto vêm as amizades com as pessoas mais improváveis (ultimamente descubro que todos têm formação em História), e são tais que nem percebemos o que temos em comum (talvez um certo tipo de inteligência), mas os laços vão-se reforçando, e a alegria de as rever vai crescendo.
A partir de agora conto o tempo até ao próximo encontro, e esta espera vai-me distraindo das preocupações mais mundanas, aligeirando o fardo de se ser adulto e ter obrigação de garantir a própria subsistência.
sexta-feira, janeiro 06, 2012
quinta-feira, janeiro 05, 2012
Cogumelos mágicos
Hoje jantei em casa da minha irmã e, melhor do que isso, cozinhei para ela, o Rui e para mim, uma bela massa com tomate, cogumelos e manjericão fresco, tudo comprado no Pingo Doce, convenientemente situado mesmo à saída do metro do Arco do Cego (assim é difícil fazer boicote). Na cozinha fui assistida pelo Henrique, que lavou os cogumelos e as folhas de manjericão e disse ao pai que estava a cozinhar com a ti' Coia.
Tudo isto já é bastante idílico mas o que mais me deliciou foi ver o efeito que os cogumelos tiveram no rapaz. Aqueles seres brancos e redondinhos foram lavados inúmeras vezes e o seu nome pronunciado com muito cuidado, foram postos a conversar uns com os outros e apresentados ao Lalá (o Elmo da rua Sésamo) e ao Pocoyo. Quando fomos para a sala para jantar, o Henrique lembrou, muito preocupado, que os cogumelos (pelo menos os que não tinham sido cozinhados) estavam sozinhos na cozinha. Fui buscar dois e o Henrique disse que "os outros" tinham ficado sozinhos na cozinha. Lá fui buscar os outros quatro que nos fizeram companhia durante o jantar, passearam, atravessaram pontes, caíram em lagos, estiveram dentro da minha camisola a dormir, até que eu os pus a todos dentro da camisola do Henrique. Ele tinha seis cogumelos dentro da camisola e quando nós sugeríamos que ele os tirasse dizia que não, que estavam a jogar à bola. Depois de jantar os cogumelos continuaram a brincar no sofá, no chão, a interagir com outros brinquedos. Para um miúdo que se queixava que as ovelhas da quinta do Ruca não tinham olhos (têm de facto, mas pouco visíveis) não foi difícil aceitar estes seres lisos, redondos e brancos como parceiros de brincadeira. Se a Disney sabe disto é certo que teremos por aí um filme com cogumelos falantes. E todo o merchandising associado.
quarta-feira, janeiro 04, 2012
1/7
Por culpa da Filipa, ou talvez por um fascínio mais antigo, comprei o primeiro volume do "Em Busca do Tempo Perdido" de Proust. Por culpa de Proust li as 50 primeiras páginas sem parar e depois disso não consegui mais do que andar de roda do livro e do autor, sonhar acordada, ver o tempo a passar depressa demais. Também me afligi com as marcas que vão ficando no livro, com a sobrecapa que vai ficando vincada e manchada, com a textura do papel que não é totalmente do meu agrado. Normalmente não tenho este tipo de pruridos com os livros, rasgo-lhes páginas se for necessário, como viu a Filipa, um pouco chocada, mas este é diferente, devia continuar branco e imaculado como quando o comprei, ou mais ainda.
terça-feira, janeiro 03, 2012
domingo, janeiro 01, 2012
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