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Passámos no museu apenas uma curta manhã e príncipio de tarde. O museu tem seis pisos, se não estou em erro. O nosso percurso foi feito no sentido ascendente e eu fiquei-me pelo quinto piso, mesmo assim visto à pressa. É neste piso que estão aquelas obras de pintura que nós tão bem conhecemos dos livros, das reproduções. É neste piso que se podem ver as pinturas de van Gogh, Monet, Picasso ou de Pollock. Devo confessar que não me recordo de tudo o que vi mas lembro-me da emoção de estar em frente a alguns dos quadros. Esta emoção provinha por um lado do facto de se estar em frente a algo extremamente valioso, uma espécie de objecto sagrados da cultura ocidental, a relíquia de um santo. Mas provinha também de uma espécie de surpresa. Alguns quadros surpreendem pela sua dimensão, outros pelas texturas, impossíveis de ver nos livros, e todos transmitem algo novo, uma comoção que eu antes só associava à música, um conhecimento mais profundo do mundo.
Os quadros de Picasso são enormes, o quadro de Dali, o dos relógios moles, é pequenino, Os nenufares de Monet é constituido por três telas enormes, como se nos mergulhasse no lago dos nenufares, os tornozelos frios da água e do lodo, um dos quadro de Pollock também é enorme, convidando-nos a outra espécie de mergulho.
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Outra das secções que também apreciei foi a de fotografia. O interesse do Hugo pela fotografia tem-me levado a aprender algumas coisas, e foi engraçado reconhecer o nome de alguns fotografos, principalmente do início do sec. XX. E claro que também gostei muito do piso de arte comtemporânea. Lembro em especial de um filme que mostrava uma rapariga sorridente a passear pelas ruas de uma cidade, com uma enorme flor nas mãos que usava para destruir, de vez em quando, os vidros dos carros estacionados, sem nunca abandonar o seu sorriso radioso.
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Agora, ao dar uma vista de olhos pela página do museu vou relembrando o que vi, e vendo tudo o que poderia ter visto com mais algum tempo. Mas isto só quer dizer que tenho de lá voltar!
(os três quadros são de: Vincent van Gogh, Retrato de Joseph Roulin, Arles, 1889; Henri Rousseau, O Cigano Adormecido, 1897; Giorgio de Chirico, A canção de Amor, Paris, 1914)
Uau!
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