Claude Monet. Reflexos de Núvens no Lago de Nenúfares, c. 1920
Mesmo sem as fotografias que gostava de mostrar, fica aqui um pequeno relato da nossa visita ao Museum of Modern Arte.
Passámos no museu apenas uma curta manhã e príncipio de tarde. O museu tem seis pisos, se não estou em erro. O nosso percurso foi feito no sentido ascendente e eu fiquei-me pelo quinto piso, mesmo assim visto à pressa. É neste piso que estão aquelas obras de pintura que nós tão bem conhecemos dos livros, das reproduções. É neste piso que se podem ver as pinturas de van Gogh, Monet, Picasso ou de Pollock. Devo confessar que não me recordo de tudo o que vi mas lembro-me da emoção de estar em frente a alguns dos quadros. Esta emoção provinha por um lado do facto de se estar em frente a algo extremamente valioso, uma espécie de objecto sagrados da cultura ocidental, a relíquia de um santo. Mas provinha também de uma espécie de surpresa. Alguns quadros surpreendem pela sua dimensão, outros pelas texturas, impossíveis de ver nos livros, e todos transmitem algo novo, uma comoção que eu antes só associava à música, um conhecimento mais profundo do mundo.
Os quadros de Picasso são enormes, o quadro de Dali, o dos relógios moles, é pequenino, Os nenufares de Monet é constituido por três telas enormes, como se nos mergulhasse no lago dos nenufares, os tornozelos frios da água e do lodo, um dos quadro de Pollock também é enorme, convidando-nos a outra espécie de mergulho.
Fiz a visita com a ajuda de um "audio-guide". Descobri que, para além das esperadas informações úteis acerca das obras, este aparelho permite marcar bom ritmo à visita, demoramo-nos em cada obra o tempo suficiente para a apreciar.
Outra das secções que também apreciei foi a de fotografia. O interesse do Hugo pela fotografia tem-me levado a aprender algumas coisas, e foi engraçado reconhecer o nome de alguns fotografos, principalmente do início do sec. XX. E claro que também gostei muito do piso de arte comtemporânea. Lembro em especial de um filme que mostrava uma rapariga sorridente a passear pelas ruas de uma cidade, com uma enorme flor nas mãos que usava para destruir, de vez em quando, os vidros dos carros estacionados, sem nunca abandonar o seu sorriso radioso.
Quando a manhã chegou ao fim e almoçámos numa das cafetarias do museu, lugar simpático e cheio de gente, onde recuperámos forças para o resto da visita. Quando abandonámos o museu sentia-me um pouco nas nuvens.
Agora, ao dar uma vista de olhos pela página do museu vou relembrando o que vi, e vendo tudo o que poderia ter visto com mais algum tempo. Mas isto só quer dizer que tenho de lá voltar!
(os três quadros são de: Vincent van Gogh, Retrato de Joseph Roulin, Arles, 1889; Henri Rousseau, O Cigano Adormecido, 1897; Giorgio de Chirico, A canção de Amor, Paris, 1914)
Uau!
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