Empurrei a porta devagar, surpreendendo-me a cada momento por nenhum obstáculo resistir ao seu movimento. A porta estava completamente aberta e não impedi um suspiro de alivio de me sair bem do fundo dos meus pulmões.
Dentro da casa de banho, quase na vertical, estava um enorme saco de viagem, azul escuro, com manchas. Estava aberto e vomitava todo o tipo de roupas para fora das suas entranhas. Com umas luvas de borracha calçadas, tal e qual como nas séries televisivas, o detective tirou o saco para fora da casa e banho e começou a analisá-lo. Notei que as suas luvas ficaram tingidas de vermelho, o que indicava que as manchas do saco eram sangue. De dentro do saco tirou várias peças de roupa e várias cabeleiras. Parecia um kit completo para disfarces.
segunda-feira, outubro 29, 2007
quinta-feira, outubro 25, 2007
Episódio 1.8 - Já sabem onde...
O detective guardou o papel no bolso e só a custo me impedi de lhe perguntar como é que tirava aquela conclusão do papel colorido. Mandou-me chamar o revisor para abrir a porta da casa de banho. Eu sei bem o que esperava lá encontrar, e o meu estômago começava a dar voltas com a antecipação do que ía ver.
Aos solavancos, lá chegou o revisor com uma chavinha especial, que parecia uma chave de elevador. Destrancou a porta e olhou para o detective.
- Abra, homem! Tem medo de quê. Nada aí dentro o vai morder!
O homem empurrou a porta, que abre para dentro, mas algo a impedia de deslisar. Fez um pouco mais de força e olhou de novo para o detective.
- Deixe estar. Vá-se embora!
Claro que não foi. Queria ver no que ía dar aquilo. O detective introduziu a mão, rente ao chão, pela fresta da porta. Ajoelhou-se para estar mais confortavel, e finalmente conseguiu arranjar espaço atrás da porta. Voltou a por-se de pé e disse-me, enquanto limpava o suor da testa
- Importas-te de abrir?
Aos solavancos, lá chegou o revisor com uma chavinha especial, que parecia uma chave de elevador. Destrancou a porta e olhou para o detective.
- Abra, homem! Tem medo de quê. Nada aí dentro o vai morder!
O homem empurrou a porta, que abre para dentro, mas algo a impedia de deslisar. Fez um pouco mais de força e olhou de novo para o detective.
- Deixe estar. Vá-se embora!
Claro que não foi. Queria ver no que ía dar aquilo. O detective introduziu a mão, rente ao chão, pela fresta da porta. Ajoelhou-se para estar mais confortavel, e finalmente conseguiu arranjar espaço atrás da porta. Voltou a por-se de pé e disse-me, enquanto limpava o suor da testa
- Importas-te de abrir?
... en français
Après une promenade avec Hugo, que nous a conduit a la chatedral e aux chateux de Lisbonne, moi et Christelle arrêtàmes à la terrace de l'Adamastor. La discussiona êté très interessante. Plus tarde, nous avons dîné avec Jorge. Cette Dimanche a été très agréable.
PS Cinco cêntimos por cada erro que encontrarem.
PS Cinco cêntimos por cada erro que encontrarem.
quarta-feira, outubro 24, 2007
segunda-feira, outubro 22, 2007
Episódio 1.7 - No comboio
No momento em que chegávamos de novo junto às portas das casas de banho, o comboio começou a trepidar com alguma violência. O xinfrim metálico indiciava a passagem por uma zona de cruzamento de linhas. Enquanto procurava local seguro para ancorar as pernas no chão instável, o meu amigo repara numa série de objectos que rebolam aos nossos pés e comenta:
- Está explicado como é que o dedo foi parar à outra casa de banho.
Eu concordei e apontei para a porta junto ao chão:
- Por debaixo daquela porta passam dois dedos!
Tentei abrir a porta. Fiz força no puxador. Dei dois murros na porta e chamei:
- Está aqui alguém?!
O meu amigo, entretanto, agachou-se e apanhou alguns dos objectos que rebolavam pelo chão. Uma bola de papel laranja prendeu a sua atenção. Depois de desenrolar o papel disse de uma forma grave: - Não vale a pena chamar...
- Está explicado como é que o dedo foi parar à outra casa de banho.
Eu concordei e apontei para a porta junto ao chão:
- Por debaixo daquela porta passam dois dedos!
Tentei abrir a porta. Fiz força no puxador. Dei dois murros na porta e chamei:
- Está aqui alguém?!
O meu amigo, entretanto, agachou-se e apanhou alguns dos objectos que rebolavam pelo chão. Uma bola de papel laranja prendeu a sua atenção. Depois de desenrolar o papel disse de uma forma grave: - Não vale a pena chamar...
Patti Smith
Não temos os Velvet Underground mas temos Patti em Lisboa no próximo domingo. O Punk rock de Nova Iorque ainda está vivo. Obrigado ao Sol pelos convites.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Foi você que pediu...
...polvo à galega? Aqui há uns tempos, por causa de certa revista, alguém perguntava o que era. A resposta está aqui.
quinta-feira, outubro 18, 2007
Avida
Ontem vi um filme interessante, estranho e com muitas referencias ao surrealismo.
Segundo a página do TAGV:
"Um surdo-mudo e dois viciados em quetamina falham o rapto do cão de uma multimilionária voluptuosa, que aproveita para os obrigar a realizar as suas últimas vontades."
traduzindo:
dois viciados em quetamina quer dizer dois tipos que disparam, um contra o outro, dardos tranquilizantes para elefantes
uma multimilionária voluptuosa quer dizer uma mulher muito forte que come constantemente batatas fritas
Avida
Festival de Cannes 2006 / Selecção oficial – Fora de competição
Realização: Benoît Delépine e Gustave Kervern
quarta-feira, outubro 17, 2007
Episódio 1.6 - Mais uma vez no Comboio
Ficámos à espera como se quiséssemos muito ir urinar. Tentámos ouvir o que se passava lá dentro e só o silêncio nos respondia. A impaciência era maior do que se estivéssemos mesmo a precisar de ir à casa de banho. Mas a impaciência tornou-se-me impossível de suportar quando atingiu os 10 min.
- Temos de fazer algo!
- Calma... Nas investigações o que é preciso é calma...
- Até alguém morrer outra vez! - disse impaciente.
- Mas o que te leva a crer que alguém morreu?- perguntou o Detective.
- O dedo! Quem mais perderia um dedo NA CASA DE BANHO se estivesse vivo?
A minha argumentação foi de tal forma veemente que nem resposta obtive. Em vez disso ouvi:
- Vamos procurar a pessoa que estava mais perto da casa de banho quando se ouviu o grito.
Essa pessoa era uma rapariga muito baixa e magra que apontara amedrontada para a porta logo após o grito e que agora fitava o exterior do comboio com um olhar totalmente perdido. Chegámo-nos ao pé e chamámos - Desculpe, importasse que lhe façamos umas perguntas? – A rapariga nem um gesto esboçou continuando a mirar o infinito fora da janela – DESCULPE! – disse eu exageradamente alto. A rapariga voltou-se então, timidamente, perguntando:
- Chamaram-me?
- Evidentemente que sim! – respondi de mau humor
- Desculpem, é que sou completamente surda deste ouvido...
Nada mais perguntámos. Cruzámos o olhar e corremos apressadamente para a porta da casa de banho que, evidentemente, continuava ocupada. A rapariga tinha indicado a casa de banho do lado do ouvido bom mas era evidente que o grito tinha vindo do lado do ouvido surdo!
- Temos de fazer algo!
- Calma... Nas investigações o que é preciso é calma...
- Até alguém morrer outra vez! - disse impaciente.
- Mas o que te leva a crer que alguém morreu?- perguntou o Detective.
- O dedo! Quem mais perderia um dedo NA CASA DE BANHO se estivesse vivo?
A minha argumentação foi de tal forma veemente que nem resposta obtive. Em vez disso ouvi:
- Vamos procurar a pessoa que estava mais perto da casa de banho quando se ouviu o grito.
Essa pessoa era uma rapariga muito baixa e magra que apontara amedrontada para a porta logo após o grito e que agora fitava o exterior do comboio com um olhar totalmente perdido. Chegámo-nos ao pé e chamámos - Desculpe, importasse que lhe façamos umas perguntas? – A rapariga nem um gesto esboçou continuando a mirar o infinito fora da janela – DESCULPE! – disse eu exageradamente alto. A rapariga voltou-se então, timidamente, perguntando:
- Chamaram-me?
- Evidentemente que sim! – respondi de mau humor
- Desculpem, é que sou completamente surda deste ouvido...
Nada mais perguntámos. Cruzámos o olhar e corremos apressadamente para a porta da casa de banho que, evidentemente, continuava ocupada. A rapariga tinha indicado a casa de banho do lado do ouvido bom mas era evidente que o grito tinha vindo do lado do ouvido surdo!
Episódio 1.5 - Ainda no Comboio
Ao balcão da carruagem bar, um pouco encolhidos para ir-mos vendo a paisagem, esperávamos a nossa chegada a Lisboa. Perguntei:
- Como é possível alguém escapar-se da casa de banho através de uma porta fechada?
- Não me parece possível, pelo menos sem deixar um dedo para trás!
- Deixa-te de gracinhas. - o meu humor piorava com as dores nas costas devido aquela incómoda posição a que nos obrigam as estúpidas janelas - Este assunto é um pouco arrrepiante.
- Mas quem te disse que a pessoa se escapou com a porta fechada? Estavas lá para ver? Talvez nunca tebha estado ninguém na casa de banho!
- E o grito veio de onde?
Um silêncio marca o aparecimento de uma ideia na cabeça do detective.
- Da casa de banho ao lado...
Atravessámos, o mais depressa que conseguimos, as duas carruagens que nos separavam das casas de banho em causa. Fomos atrasados por um carrinho de comida com um empregado a repetir mecanicamente, com uma voz nasalada: "Desejam tomar alguma coisa? Desejam tomar alguma coisa?" A minha impaciencia era visivel por todos menos por o empregado, de costas para nós. No fundo de uma carruagem lá o conseguimos ultrapassar e depois de alguns encontrões chegámos ao nosso objectivo. A casa de banho onde o dedo tinha sido encontrado tinha o aviso "Fora de serviço" colado na porta. A casa de banho do lado estava neste momento ocupada.
- Como é possível alguém escapar-se da casa de banho através de uma porta fechada?
- Não me parece possível, pelo menos sem deixar um dedo para trás!
- Deixa-te de gracinhas. - o meu humor piorava com as dores nas costas devido aquela incómoda posição a que nos obrigam as estúpidas janelas - Este assunto é um pouco arrrepiante.
- Mas quem te disse que a pessoa se escapou com a porta fechada? Estavas lá para ver? Talvez nunca tebha estado ninguém na casa de banho!
- E o grito veio de onde?
Um silêncio marca o aparecimento de uma ideia na cabeça do detective.
- Da casa de banho ao lado...
Atravessámos, o mais depressa que conseguimos, as duas carruagens que nos separavam das casas de banho em causa. Fomos atrasados por um carrinho de comida com um empregado a repetir mecanicamente, com uma voz nasalada: "Desejam tomar alguma coisa? Desejam tomar alguma coisa?" A minha impaciencia era visivel por todos menos por o empregado, de costas para nós. No fundo de uma carruagem lá o conseguimos ultrapassar e depois de alguns encontrões chegámos ao nosso objectivo. A casa de banho onde o dedo tinha sido encontrado tinha o aviso "Fora de serviço" colado na porta. A casa de banho do lado estava neste momento ocupada.
segunda-feira, outubro 15, 2007
sexta-feira, outubro 12, 2007
quinta-feira, outubro 11, 2007
Episódio 1.4 - Ainda no Comboio
Ao mesmo tempo que ouvia aquilo o rapaz da conversa de engate procurava algo nos bolsos do casaco. Que teria ele perdido, um dedo? Quando fechava os olhos para melhor suportar a náusea que começava a sentir ouço o meu nome. Um detective da polícia, um amigo meu, estava também no comboio. Era ainda jovem e estava pronto para entrar em acção. Não fiquei particularmente feliz por ele me ter recomhecido.
- Não és tu que gostas de policiais? Pois hoje vais participar numa investigação a sério. Não podemos deixar essa cabecinha ser sugada por um buraco negro. Ah,ah, ah!
Sorri o mais que podia. Detesto este tipo de humor. Pegou-me no braço, levantou-me do lugar e obrigou-me a mais uma viagem até à extremidade da carruagem. Com voz autoritária afastou a multidão e ficámos os dois a espreitar para 2 metros quadrados de um chão imundo e malcheiroso.
- Não és tu que gostas de policiais? Pois hoje vais participar numa investigação a sério. Não podemos deixar essa cabecinha ser sugada por um buraco negro. Ah,ah, ah!
Sorri o mais que podia. Detesto este tipo de humor. Pegou-me no braço, levantou-me do lugar e obrigou-me a mais uma viagem até à extremidade da carruagem. Com voz autoritária afastou a multidão e ficámos os dois a espreitar para 2 metros quadrados de um chão imundo e malcheiroso.
quarta-feira, outubro 10, 2007
Episódio 1.3 Ainda no comboio (cont.)
Estava tão vazia que se sentiu o sopro do vácuo. O revisor, diligente, rapidamente excluiu todas as hipóteses de alguém de facto estar naquela casa de banho com 2 metros cúbicos. Um dos mirones, envergando um farto bigode e casaco de cabedal apesar da canícula, sugeriu que: "Se calhar a menina caiu pela sanita abaixo. Foi direita aos carris! Já está feita às postas!...". Recuei e respirei fundo. Enquanto regressava inconscientemente ao meu lugar, tomei a decisão de voltar a trabalhar na teoria dos micro-buracos negros anisotrópicos. Entretanto o rebuliço regressou à casa de banho da carruagem. Um dos mirones rastejantes gritou:"É um dedo!"
Episodio 1.2 - Ainda no comboio
O grito era rouco, abafado, e vinha directamente da casa de banho. Pensei se alguma ratazana teria mordido o rabo daquela passageira mas não me parecia provável. Alguém que esperava a sua vez para urinar ou algo mais bateu na porta: "Está bem?"... Apenas o silêncio lhe respondeu. Começámos a ficar agitados; toda aquela gente desconhecida naquela carruagem tinha agora algo em comum por que lutar. O que se passara na casa de banho que fizera uma desconhecida gritar e agora a mantinha completamente em silêncio? Alguém acabava de chegar com o revisor que tinha já a chave na mão. A metade de nós mais corajosa, ou menos tímida, juntou-se na porta do WC, a outra metade olhava ansiosa para a parte da porta que ainda conseguiam vislumbrar por de trás das cabeças dos outros.
A chave entrou a fechadura e, devagar... bem devagar... foi rodada por um transpirado funcionário da CP que não tinha onde cair morto dada a cor exageradamente branca da sua pele.
A pouco e pouco a porta foi-se abrindo. Eu era das que estava na primeira fila para ver qualquer coisa de extraordinário naquele solitário compartimento do comboio.
Quanto mais se abria, mais extreaordinária era a visão e mais nós fitávamos o seu anterior... Até que, com a porta completamente aberta, nada se podia esconder: a casa de banho estava vazia!
A chave entrou a fechadura e, devagar... bem devagar... foi rodada por um transpirado funcionário da CP que não tinha onde cair morto dada a cor exageradamente branca da sua pele.
A pouco e pouco a porta foi-se abrindo. Eu era das que estava na primeira fila para ver qualquer coisa de extraordinário naquele solitário compartimento do comboio.
Quanto mais se abria, mais extreaordinária era a visão e mais nós fitávamos o seu anterior... Até que, com a porta completamente aberta, nada se podia esconder: a casa de banho estava vazia!
terça-feira, outubro 09, 2007
Episodio 1 - No comboio
Já era noite. Regressava como sempre de comboio, que como sempre estava cheio. A fauna era a habitual: uma criança barulhenta a correr pelo corredor, duas amigas de meia idade a falar mal das noras, alguém a gritar ao telemóvel "tou? tá? não tenho rede, tou, estás a ouvir?". No fundo da carruagem surge um homem com ar severo, olhando para a numeração dos lugares. Para e olha reprovadoramente para uma senhora bem vestida. Posso adivinhar a conversa. Têm bilhetes para o mesmo lugar. Posso adivinhar como acaba. Um deles está na carruagem errada. Mas já não me interessa quem ganha.
Instalo-me. Tiro um livro do saco que pouso no colo e olho para a televisão pequenina no tecto da carruagem. Deixo-me adormecer.
A conversa de engate do banco à minha frente desperta-me mas antes de conseguir abrir os olhos um grito no final na carruagem põe-me definitivamente em alerta.
Instalo-me. Tiro um livro do saco que pouso no colo e olho para a televisão pequenina no tecto da carruagem. Deixo-me adormecer.
A conversa de engate do banco à minha frente desperta-me mas antes de conseguir abrir os olhos um grito no final na carruagem põe-me definitivamente em alerta.
Blogonovela colectiva
A proposta é simples: escrever uma novela policial em conjunto, cada um contribuindo com pequenos episódios escritos em entradas no blog. Alinham?
sexta-feira, outubro 05, 2007
PhotoMóvel 3
Ontem no final do Jogo Belenenses-Bayern Munique. Por lá, Belenenses de todas as idades se deslocaram ao estádio. Esta senhora precisou de ajuda para descer as escadas no final do jogo mas não faltou.
quinta-feira, outubro 04, 2007
quarta-feira, outubro 03, 2007
Play Time de Jacques Tati
Um filme muito engraçado numa Paris irreconhecivel, cheia de prédios cinzentos, muito trânsito e muitos turistas americanos.
segunda-feira, outubro 01, 2007
1 de Outubro- Dia Mundial da Música
Para além de tudo, para lá de qualquer coisa de horrível ou terrível que possa acontecer, haverá sempre alguém a cantarolar a mais parva das melodiadas ou a mais extraordinária das músicas.
L. V. Beethoven- Hino à Alegria por Leonard Bernstein com a Vienna Philharmonic
L. V. Beethoven- Hino à Alegria por Leonard Bernstein com a Vienna Philharmonic
Vindimas
Este fim-de-semana fui até à zona do Rio Tâmega, perto da confluência com o Douro, passar um dia nas vindimas da quinta de um amigo. Antes e de caminho uma paragem em Leiria para jantar no Tromba Rija. Confesso que não fui capaz de experimentar tudo devido à imensa quantidade apesar da qualidade ser boa. Fica aqui uma foto (de telemóvel), agora que é um tema embora alheio, a testemunhar a vindima. Aqui com o tractor carregado de uvas para a descarga e uma merecida pausa a meio da manhã para uma bucha. O local é lindíssimo.
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