O detective guardou o papel no bolso e só a custo me impedi de lhe perguntar como é que tirava aquela conclusão do papel colorido. Mandou-me chamar o revisor para abrir a porta da casa de banho. Eu sei bem o que esperava lá encontrar, e o meu estômago começava a dar voltas com a antecipação do que ía ver.
Aos solavancos, lá chegou o revisor com uma chavinha especial, que parecia uma chave de elevador. Destrancou a porta e olhou para o detective.
- Abra, homem! Tem medo de quê. Nada aí dentro o vai morder!
O homem empurrou a porta, que abre para dentro, mas algo a impedia de deslisar. Fez um pouco mais de força e olhou de novo para o detective.
- Deixe estar. Vá-se embora!
Claro que não foi. Queria ver no que ía dar aquilo. O detective introduziu a mão, rente ao chão, pela fresta da porta. Ajoelhou-se para estar mais confortavel, e finalmente conseguiu arranjar espaço atrás da porta. Voltou a por-se de pé e disse-me, enquanto limpava o suor da testa
- Importas-te de abrir?
Assim não vale...
ResponderEliminarPorquê? Devia ter continuado mais um bocadinho?
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