No momento em que chegávamos de novo junto às portas das casas de banho, o comboio começou a trepidar com alguma violência. O xinfrim metálico indiciava a passagem por uma zona de cruzamento de linhas. Enquanto procurava local seguro para ancorar as pernas no chão instável, o meu amigo repara numa série de objectos que rebolam aos nossos pés e comenta:
- Está explicado como é que o dedo foi parar à outra casa de banho.
Eu concordei e apontei para a porta junto ao chão:
- Por debaixo daquela porta passam dois dedos!
Tentei abrir a porta. Fiz força no puxador. Dei dois murros na porta e chamei:
- Está aqui alguém?!
O meu amigo, entretanto, agachou-se e apanhou alguns dos objectos que rebolavam pelo chão. Uma bola de papel laranja prendeu a sua atenção. Depois de desenrolar o papel disse de uma forma grave: - Não vale a pena chamar...
Porquê, porquê? Como é que continua?????
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