Acabei ontem de devorar um livro do qual não restam migalhas: Na América de Susan Sontag. Conta a história de uma adorada actriz polaca que graças ao seu encanto e forte personalidade reúne sempre em torno de si um grupo de grande amigos. Quando resolve ir para os EUA com o objectivo de formar uma comunidade agrícola, alguns dos amigos mais próximos, pintores, escritores, aristocratas seguem-na. Irão trabalhar na terra, alimentar animais. A comunidade acaba por se desfazer e a actriz volta aos palcos, desta vez aos americanos, e mais uma vez conquista o público e reúne um novo grupo de pessoas à sua volta. O livro conta a história desta personalidade forte, ambiciosa, irrequieta, misturada com a história da América dos finais do séc. XIX com a sua sociedade de imigrantes, ambiciosa, por vezes moralista e preconceituosa, ávida por novidades.
Por breves momentos, Susan Sontag volta ao tema da fotografia quando refere a fotografia tirada por uma fotografa itenerante à sua comunidade de agricultores, prenunciando o seu falhanço.
É um bonito livro, tanto por fora como por dentro, com uma capa onde se vê uma fotografia de Alfred Stieglitz, As mãos de Helen Freeman.
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