É um espetáculo que reúne seis peças em um acto de Anton Tchékhov e que pode ser visto na Oficina Municipal do Teatro, em Coimbra pela Escola da Noite. Cinco das peças são cómicas: em O Trágico à Força um veraneante desespera com a sua vida de Verão, na segunda peça O Pedido de Casamento é atrapalhado por algumas divergências entre vizinhos, e depois seguem-se O Urso, O Canto do Cisne, Os Malefícios do Tabaco e O Jubileu. Tudo se passa dentro de uma caixa negra onde cabe o palco e o público, um candelabro e mais alguns adereços e tudo se move de peça para peça. O Canto do Cisne é a única peça que não é cómica. Fala sobre um velho actor e é dividida em vários trechos queu vão sendo apresentados entre as peças da segunda parte. Penso que a intensão seria que funcionasse como reflexão sobre o teatro, de alguma forma ilustrada pelas curtas peças cómicas que a intermeiam, mas na minha opinião há qualquer coisa que falha, uma mensagem que não passa. Os Malefícios do Tabaco é uma peça que faz parte de uma história que o Paulo Leal contava há já muito tempo. Um qualquer professor da faculdade chamava-o à atenção para os malefícios do tabaco, e ele oferecia-se para discorrer sobre o assunto, ou qualquer coisa do estilo. Finalmente vi a peça e percebi a história que ele contava.
Este foi o segundo espetáculo de Escola da Noite a que assisti (o primeiro foi Play com textos de Becket) e ambos apresentaram uma montagem de várias peças curtas, formato que parece agradar a esta companhia de teatro. De facto o formato resulta e desta vez resultou num espetáculo muito divertido e bem conseguido. Se puderem, não percam.
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