E o grande prémio de longa-metragem (ex-aequo) do Indie'07 vai para: "El Amarillo", de Sérgio Mazza (Argentina) e "Love Conquers All", de Tan Chui Mui (Malásia).
O primeiro não vi porque pensei que o filme passava no cinema S. Jorge e afinal era no King. Já não cheguei a tempo.
O segundo, foi um daqueles filmes que me deixou frustrado porque não "apanhei" o final na sua totalidade. O destino de uma das personagens só graças ao Zé consegui perceber. Por outro lado a conclusão da história de uma outra personagem ficou por revelar. E aquela marcha militar no final...hum....
Bom, de qualquer modo, este filme retrata a industria do sexo na Malásia de uma forma original e numa atmosfera tranquila e subtil bem ao estilo Indie, mas que me deixou a leste...
segunda-feira, abril 30, 2007
domingo, abril 29, 2007
sexta-feira, abril 27, 2007
Faleceu Mstislav Rostropovitch
Considerado o maior violoncelista da segunda metade do século XX, Mstislav Rostropovitch morreu hoje aos 80 anos vítima de cancro.
Foram-lhe dedicadas mais de meia centena de obras, de compositores como Shostakovich, Benjamin Britten, Sergei Prokofiev, Aram Khachaturian, Henri Dutilleux, Witold Lutoslawski e Lopes Graça.
Beethoven e Prokofiev na Casa da Música
No próximo fim de semana actuará na Casa da Música, no Porto, a nossa estrela internacional, RC. É certo que estará no meio de mais de uma centena de outros músicos, mas nós estaremos atentos à sua performance.
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O programa:
Ludwig van Beethoven
Sinfonia nº 3 «Heróica»
Sergei Prokofiev
Cantata para o 20º Aniversário da Revolução de Outubro, op.74
Orquestra Nacional do Porto
Coral Lisboa Cantat
Coral de Letras da Universidade do Porto
Martin André
intervenção de Carlos Fino
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Da página da Casa da Música:
Este é um concerto raro pela grandiosidade que representa. As duas obras em programa assinalam momentos de revolução social que marcaram a história da humanidade: a Revolução Francesa e a Revolução de Outubro. Mas há nelas um ímpeto musical também ele revolucionário. Com a «Heróica», Beethoven abriu novos caminhos aos moldes clássicos da sinfonia. Prokofiev imbuiu a sua cantata de um realismo perturbador, incluindo efeitos de sirenes, armas, tropas a marchar, a voz de Lenine e do povo, construindo um impressionante fresco musical que contará com mais de 200 músicos em palco e a intervenção do jornalista Carlos Fino.
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O programa:
Ludwig van Beethoven
Sinfonia nº 3 «Heróica»
Sergei Prokofiev
Cantata para o 20º Aniversário da Revolução de Outubro, op.74
Orquestra Nacional do Porto
Coral Lisboa Cantat
Coral de Letras da Universidade do Porto
Martin André
intervenção de Carlos Fino
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Da página da Casa da Música:
Este é um concerto raro pela grandiosidade que representa. As duas obras em programa assinalam momentos de revolução social que marcaram a história da humanidade: a Revolução Francesa e a Revolução de Outubro. Mas há nelas um ímpeto musical também ele revolucionário. Com a «Heróica», Beethoven abriu novos caminhos aos moldes clássicos da sinfonia. Prokofiev imbuiu a sua cantata de um realismo perturbador, incluindo efeitos de sirenes, armas, tropas a marchar, a voz de Lenine e do povo, construindo um impressionante fresco musical que contará com mais de 200 músicos em palco e a intervenção do jornalista Carlos Fino.
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Os impérios do mal
E ao sétimo dia do Indie Lisboa 2007 vi finalmente um filme que me deixou totalmente satisfeito. Aliás, até agora, parece-me que a edição deste ano em termos de qualidade está bem abaixo da edição do ano passado.
"Analog days" é um filme Americano, integrado na competição internacional, que segue aqueles momentos difíceis da vida na passagem da adolescência para a vida adulta. Filmado num estilo quase documental e informal, aborda o racismo, a indiferença da juventude dos EUA aos seus líderes políticos, a solidão e os desencontros sociais e românticos. Parece muito para 80 minutos mas, o modo subtil como é filmado e como os temas são apresentados é alimento para a mente. O casting é composto de miúdos bonitos e a banda sonora (analógica) é magnífica (Interpol, New Order, Blocparty, Elliot Simth, etc).
E ao oitavo dia um dos filme mais esperados do Indie: "Offside" do iraniano Jafar Panahi. Comédia negra que retrata a discriminação sexual no Irão. Este filme banido pelos Aiatolás conta a história de várias mulheres que tentam assistir ao jogo de futebol que daria a qualificação da sua selecção para o Campeonato do Mundo de 2006. Será que conseguem?
O futebol como veículo de evolução da sociedade (?). Além de ser um filme magnífico e poderoso tem já no seu currículo uma série de peripécias quase épicas.
"Analog days" é um filme Americano, integrado na competição internacional, que segue aqueles momentos difíceis da vida na passagem da adolescência para a vida adulta. Filmado num estilo quase documental e informal, aborda o racismo, a indiferença da juventude dos EUA aos seus líderes políticos, a solidão e os desencontros sociais e românticos. Parece muito para 80 minutos mas, o modo subtil como é filmado e como os temas são apresentados é alimento para a mente. O casting é composto de miúdos bonitos e a banda sonora (analógica) é magnífica (Interpol, New Order, Blocparty, Elliot Simth, etc).
E ao oitavo dia um dos filme mais esperados do Indie: "Offside" do iraniano Jafar Panahi. Comédia negra que retrata a discriminação sexual no Irão. Este filme banido pelos Aiatolás conta a história de várias mulheres que tentam assistir ao jogo de futebol que daria a qualificação da sua selecção para o Campeonato do Mundo de 2006. Será que conseguem?
O futebol como veículo de evolução da sociedade (?). Além de ser um filme magnífico e poderoso tem já no seu currículo uma série de peripécias quase épicas.
quinta-feira, abril 26, 2007
Leituras
Acabei ontem de devorar um livro do qual não restam migalhas: Na América de Susan Sontag. Conta a história de uma adorada actriz polaca que graças ao seu encanto e forte personalidade reúne sempre em torno de si um grupo de grande amigos. Quando resolve ir para os EUA com o objectivo de formar uma comunidade agrícola, alguns dos amigos mais próximos, pintores, escritores, aristocratas seguem-na. Irão trabalhar na terra, alimentar animais. A comunidade acaba por se desfazer e a actriz volta aos palcos, desta vez aos americanos, e mais uma vez conquista o público e reúne um novo grupo de pessoas à sua volta. O livro conta a história desta personalidade forte, ambiciosa, irrequieta, misturada com a história da América dos finais do séc. XIX com a sua sociedade de imigrantes, ambiciosa, por vezes moralista e preconceituosa, ávida por novidades.
Por breves momentos, Susan Sontag volta ao tema da fotografia quando refere a fotografia tirada por uma fotografa itenerante à sua comunidade de agricultores, prenunciando o seu falhanço.
É um bonito livro, tanto por fora como por dentro, com uma capa onde se vê uma fotografia de Alfred Stieglitz, As mãos de Helen Freeman.
Por breves momentos, Susan Sontag volta ao tema da fotografia quando refere a fotografia tirada por uma fotografa itenerante à sua comunidade de agricultores, prenunciando o seu falhanço.
É um bonito livro, tanto por fora como por dentro, com uma capa onde se vê uma fotografia de Alfred Stieglitz, As mãos de Helen Freeman.
terça-feira, abril 24, 2007
Um tema quente
Afinal estamos ou não a aquecer o planeta?
Jorge Buesco comenta aqui.
Jorge Buesco comenta aqui.
Caminhos do Cinema Português
Talvez ilustrando o estado do país, e o estado do meu trabalho, que depende de um cluster de computadores, a noite de ontem foi um falhanço um pouco anedótico. Depois de vemos uma curta metragem um pouco estranha e sermos envolvidos no ambiente pesado do filme de Teresa Vilaverde, quando finalmente ía acontecer algo à protagonista do filme, faltou a luz e a projecção foi interrompida.
Outra pequena anedota é a forma de votar. Num papelinho com o nome dos filmes pedem-nos para votar de 1 (não vale o preço do bilhete) a 5 (devia estar no Indie Lisboa). Ainda não percebi se esta referência é provincianismo ou sentido de humor.
Outra pequena anedota é a forma de votar. Num papelinho com o nome dos filmes pedem-nos para votar de 1 (não vale o preço do bilhete) a 5 (devia estar no Indie Lisboa). Ainda não percebi se esta referência é provincianismo ou sentido de humor.
Loucos de dia e de noite
Competição internacional do Indie Lisboa 2007
Day night day night" é uma co-produção Alemanha/EUA que retrata a preparação de um atentado suicida nas ruas de Nova Iorque. As motivações e as origens da mulher-bomba são desconhecidas mas a tensão e o dramatismo são o veículo da trama. Talvez por isso mesmo o espectador é levado a simpatizar com a mártir desesperada que sofre a angústia de carregar no botão. Será capaz? Será que a bomba funciona? Um ensaio académico à mente humana.
"Le dernier dês fous" é um filme francês da escola Ingmar Bergman. Conta a história de uma família disfuncional e violenta (no caso deste filme também física) na província francesa. Qual será o mais louco de todos? O grande final faz lembrar um filme de terror ao estilo de John Carpenter.
Day night day night" é uma co-produção Alemanha/EUA que retrata a preparação de um atentado suicida nas ruas de Nova Iorque. As motivações e as origens da mulher-bomba são desconhecidas mas a tensão e o dramatismo são o veículo da trama. Talvez por isso mesmo o espectador é levado a simpatizar com a mártir desesperada que sofre a angústia de carregar no botão. Será capaz? Será que a bomba funciona? Um ensaio académico à mente humana.
"Le dernier dês fous" é um filme francês da escola Ingmar Bergman. Conta a história de uma família disfuncional e violenta (no caso deste filme também física) na província francesa. Qual será o mais louco de todos? O grande final faz lembrar um filme de terror ao estilo de John Carpenter.
Tivoli Model One
Ora digam lá se o meu novo brinquedo não é lindo:
É um simples rádio. Mas o som "mono" que sai daquela caixinha é mágico. Graças aos meus investimentos bolsistas foi possível ter em minha casa esta pequena maravilha audiófila desenvolvida por Henry Kloss.
É um simples rádio. Mas o som "mono" que sai daquela caixinha é mágico. Graças aos meus investimentos bolsistas foi possível ter em minha casa esta pequena maravilha audiófila desenvolvida por Henry Kloss.
segunda-feira, abril 23, 2007
Caminhos do Cinema Portugues
Ou é do bom tempo, ou não sei mas tenho a sensação de ter passado estes últimos tempos fechada em casa. Não no fim de semana passado com o concerto na Salão Brasil. Agora estou de novo no TAGV. Acho que já tinha saudades de cá vir. Perto de mim uma rapariga fala no Skype com uns daqueles "phones" que têm microfone acoplado, deixando-lhe as mãos livres para de vez em quando roer as unhas. Tem as feições da Julliette Binoche mas fala alemão. E com entusiasmo, com intimidade. Provavelmente não está a discutir mas a conversa parece no mínimo fluida quase acalorada.
Mas o que me fez aqui vir não foi só o poder ouvir as conversas incompreensíveis (por enquanto pelo menos, que as aulas de alemão lá darão os seus frutos) de estranh@s. Foi mais uma vez um filme, ou dois para ser mais precisa. Estes filmes fazem parte da programação de um festival.
Assim me consolo do Indie decorrer em Lisboa sem mim. Conto com o Pedro para me ir dando as notícias. E no fim de semana passado por que não fui eu ao CCB? E o Hugo que normalmente não deixa escapar este tipo de eventos também esteve por cá. E o próximo fim de semana que ainda não vai passar por Lisboa? Antes pelo Porto e pela Casa da Música, mas isso é outra história.
Queria saber mais pormenores sobre a história deste festival mas uma olhadela rápida ao site não me deu as informações que procurava.
Da página do TAGV:
::
Janeiro é mês de Frio. Fevereiro, de Carnaval. Março é tempo de Oscars em Hollywood e Abril é mês de Cinema Português. Como vem sendo hábito, a organização dos Caminhos do Cinema Português monta o único palco onde desfilam os melhores filmes de produção e co-produção portuguesas anuais.
De 21 a 28 de Abril, o Teatro Académico de Gil Vicente acolhe a mostra principal de cinematografias portuguesas, enquanto outras obras de proveniências diversas têm lugar em espaços alternativos, complementando a XIVª edição do festival Caminhos do Cinema Português.
::
Os fimes a ver, uma curta e outra longa metragem, Ladrões de Nêsperas de Fernando Lobo Amaral e Transe de Teresa Villaverde. Desta última o desdobravel diz o seguinte:
::
Esta é a história de uma mulher de vinte e pouco anos, Sónia, que abandona o amigo e família, em São Petersburgo, e decide partir sem olhar para trás...
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Vamos ver... Depois do filme digo mais qualquer coisa.
Mas o que me fez aqui vir não foi só o poder ouvir as conversas incompreensíveis (por enquanto pelo menos, que as aulas de alemão lá darão os seus frutos) de estranh@s. Foi mais uma vez um filme, ou dois para ser mais precisa. Estes filmes fazem parte da programação de um festival.
Assim me consolo do Indie decorrer em Lisboa sem mim. Conto com o Pedro para me ir dando as notícias. E no fim de semana passado por que não fui eu ao CCB? E o Hugo que normalmente não deixa escapar este tipo de eventos também esteve por cá. E o próximo fim de semana que ainda não vai passar por Lisboa? Antes pelo Porto e pela Casa da Música, mas isso é outra história.
Queria saber mais pormenores sobre a história deste festival mas uma olhadela rápida ao site não me deu as informações que procurava.
Da página do TAGV:
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Janeiro é mês de Frio. Fevereiro, de Carnaval. Março é tempo de Oscars em Hollywood e Abril é mês de Cinema Português. Como vem sendo hábito, a organização dos Caminhos do Cinema Português monta o único palco onde desfilam os melhores filmes de produção e co-produção portuguesas anuais.
De 21 a 28 de Abril, o Teatro Académico de Gil Vicente acolhe a mostra principal de cinematografias portuguesas, enquanto outras obras de proveniências diversas têm lugar em espaços alternativos, complementando a XIVª edição do festival Caminhos do Cinema Português.
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Os fimes a ver, uma curta e outra longa metragem, Ladrões de Nêsperas de Fernando Lobo Amaral e Transe de Teresa Villaverde. Desta última o desdobravel diz o seguinte:
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Esta é a história de uma mulher de vinte e pouco anos, Sónia, que abandona o amigo e família, em São Petersburgo, e decide partir sem olhar para trás...
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Vamos ver... Depois do filme digo mais qualquer coisa.
Salão Brasil
Foto tirada por RC
No Sábadp passado o JACC (Jazz ao centro club) comemorou o seu quarto aniversário, com bolo e tudo, no Salão Brasil. Mas a principal atracção não foi o bolo e sim a Orquestra de Jazz de Matosinhos e o seu convidado, o saxofonista norte-americano Mark Turner.
Nunca tinha estado no Salão Brasil, uma sala de tectos altos e janelas altas, com ventoinhas no tecto, onde se imagina as mães coladas às paredes enquanto controlam as filhas que dançam e namoriscam no centro. Claro que no Sábado a orquestra e as mesas ocupavam grande parte da sala.
O concerto foi muito interessante, cheio de ritmo e solos vibrantes, mas muito descontraído, com os músicos muito próximos da audiência (mesmo fisicamente), com muitas pessoas que se conheciam e trocavam acenos à medida que entravam e a sala se enchia. No final tivemos direito a um número da revista Jazz.pt que ainda não folheei.
Vale a pena estra atento aos próximos eventos organizados pelo JACC, como por exemplo:
:: Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra 2007 – parte 1
Está agendada para 31 de Maio e 1 e 2 de Junho a primeira parte dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, com organização do Jazz ao Centro Clube. O programa cobre várias tendências do jazz actual, com Baldo Martinez Grupo, Carlos Bica Azul, Evan Parker com John Edwards e Chris Corsano e Steve Lehman Quartet. +++
No Sábadp passado o JACC (Jazz ao centro club) comemorou o seu quarto aniversário, com bolo e tudo, no Salão Brasil. Mas a principal atracção não foi o bolo e sim a Orquestra de Jazz de Matosinhos e o seu convidado, o saxofonista norte-americano Mark Turner.
Nunca tinha estado no Salão Brasil, uma sala de tectos altos e janelas altas, com ventoinhas no tecto, onde se imagina as mães coladas às paredes enquanto controlam as filhas que dançam e namoriscam no centro. Claro que no Sábado a orquestra e as mesas ocupavam grande parte da sala.
O concerto foi muito interessante, cheio de ritmo e solos vibrantes, mas muito descontraído, com os músicos muito próximos da audiência (mesmo fisicamente), com muitas pessoas que se conheciam e trocavam acenos à medida que entravam e a sala se enchia. No final tivemos direito a um número da revista Jazz.pt que ainda não folheei.
Vale a pena estra atento aos próximos eventos organizados pelo JACC, como por exemplo:
:: Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra 2007 – parte 1
Está agendada para 31 de Maio e 1 e 2 de Junho a primeira parte dos Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, com organização do Jazz ao Centro Clube. O programa cobre várias tendências do jazz actual, com Baldo Martinez Grupo, Carlos Bica Azul, Evan Parker com John Edwards e Chris Corsano e Steve Lehman Quartet. +++
O japonês e o hippie
O IndieLisboa 2007 começou este ano para mim com o "herói independente" Shinji Aoyama com o filme "Helpless". Eu de certeza que não estava sintonizado no programa (como nas máquinas de lavar) "cinema independente asiático alucinado". Passou-me completamente ao lado e irritou-me principalmente neste filme o raio da T-shirt dos Nirvana que a personagem principal usou ao longo do mesmo. Segundo a sinopse fornecida, "Helpless" é um thriller de yakuzas mas, se calhar, devido às poucas horas de sono, as minhas pálpebras esforçaram-se ao máximo por se fecharem. Tenho pena porque, supostamente, e segundo Francisco Ferreira, este filme junta-se "com mérito ao grupo das primeiras obras mais poderosas dos anos 90". Esta noite a inteligibilidade deste filme só teve o poder de matar as minhas insónias.
"Old Joy" é um típico filme independente americano. Integrado na secção "observatório" apresenta como uma das personagens principais (e a melhor conseguida) o nosso já conhecido Will Oldham. Dois velhos amigos que afinal já nada têm em comum, fazem uma viagem pelos confins da América. O pai de família versus o hippie eterno. É de destacar neste road movie o diálogo em que a personagem de Will (o hippie) elabora uma explicação extraordinária sobre a teoria das cordas e além disso, apresenta a sua teoria para a forma do universo: gota de lágrima que nunca mais acaba de cair. Um filme bonito e subtil.
Em breve: "Day night day night", "Le dernier dês fous" e "The hottest state"
"Old Joy" é um típico filme independente americano. Integrado na secção "observatório" apresenta como uma das personagens principais (e a melhor conseguida) o nosso já conhecido Will Oldham. Dois velhos amigos que afinal já nada têm em comum, fazem uma viagem pelos confins da América. O pai de família versus o hippie eterno. É de destacar neste road movie o diálogo em que a personagem de Will (o hippie) elabora uma explicação extraordinária sobre a teoria das cordas e além disso, apresenta a sua teoria para a forma do universo: gota de lágrima que nunca mais acaba de cair. Um filme bonito e subtil.
Em breve: "Day night day night", "Le dernier dês fous" e "The hottest state"
sexta-feira, abril 20, 2007
quarta-feira, abril 18, 2007
Breve antologia de citações
Que o homem exterior é uma imagem do interior, e o rosto uma expressão e uma revelação de todo o caracter, é uma hipótese suficientemente provável em si mesma, e portanto segura o suficiente para se continuar; tendo origem no facto de que as pessoas estão sempre ansiosas por ver alguém que se tornou famoso... A fotografia... oferece a mais completa satisfação da nossa curiosidade.
Schopenhauer
no livro On Photography de Susan Sontag
Schopenhauer
no livro On Photography de Susan Sontag
Breve antologia de citações
A tua fotografia é um registo da tua vida, para alguém que veja realmente. Tu podes ver e ser afectado pelas maneiras das outras pessoas, podes mesmo usá-las para te encontrares a ti próprio, mas terás eventualmente de te libertares deles. Era isto que Nietzsche queria dizer com, "Estive a ler Schopenhauer, agora tenho de me livrar dele." Ele sabia o quão insidiosas as outras pessoas podem ser, em particular aquelas que têm a força dada pela profunda experiência, se as deixares interporem-se entre ti e a tua visão.
Paul Strand
no livro On Photography de Susan Sontag
no livro On Photography de Susan Sontag
terça-feira, abril 17, 2007
Breve antologia de citações
Eu anseio por ter uma tal recordação de tudo o que me é querido no mundo. Não é a mera semelhança que é importante nestes casos - antes a associação e a sensação de proximidade envolvida ... o facto da própria sombra da pessoa estar ali fixa para sempre! É a própria santificação dos retratos, penso - e não é de forma nenhuma monstruoso da minha parte dizer, ao contrário do que os meus irmãos tão veementamente reclamam, que eu preferiria ter uma tal recordação de alguém especialmente querido do que a mais nobre obra de arte alguma vez realizada.
Elizabeth Barrett,
carta para Mary Russell Mitford, 1843,
no livro On Photography de Susan Sontag
carta para Mary Russell Mitford, 1843,
no livro On Photography de Susan Sontag
Breve antologia de citações
Num dos ensaios do livro On Photography de Susan Sontag, a autora refer o gosto de Walter Benjamin por colecionar citações, e a semelhança entre as fotografias e as citações. Um dos ensaios publicado no mesmo livro e dedicado a W. B. é constituido apenas por citações acerca da fotografia. É um ensaio curioso.
"Eu ansiava por capturar toda a beleza que se apresentava perante mim, e com o tempo esse anseio foi satisfeito"
"Eu ansiava por capturar toda a beleza que se apresentava perante mim, e com o tempo esse anseio foi satisfeito"
Julia Margaret Cameron
Julia Margaret Cameron,Venus Chiding Cupid and Removing His Wings, 1872
quarta-feira, abril 11, 2007
The Global Warming Survival Guide
"Can one person slow global warming? Actually, yes. You—along with scientists, businesses and governments—can create paths to cut carbon emissions. Here is our guide to some of the planet's best ideas." Este artigo foi capa da revista TIME (edição americana incluída) na semana passada. É verdade que os americanos são um bocado esquizofrénicos relativamente ao ambiente (fazem questão de sujar mas ao mesmo tempo julgam que são os salvadores do mundo) mas, de qualquer modo, já é alguma coisa.
Annie Leibovitz - Women
Em Denver descobri um livro de fotografias de Annie Leibovitz com um ensaio de Susan Sontag, Women (ofereci-o ao Hugo). Há já algum tempo atrás tinha começado a ler um livro de ensaios sobre fotografia também da Susan Sontag. Além disso, o tema do livro de Annie Leibovitz foi reforçado pelo concerto da Ursula Rucker, onde a mulher foi cantada com frequência. Tudo isto misturado aumentou a minha curiosidade por o tema e por estas três mulheres, e pelo seu trabalho. Talvez em breve volte a falar em alguma delas.
segunda-feira, abril 09, 2007
Joanna Newsom
Depois do teaser, aqui vai a história completa. A bela Joanna, compositora e harpista, vai dar um concerto na Aula Magna em Lisboa no dia 2 de Maio. Ainda falta algum tempo, mas aposto que vai esgotar, por isso...
Neste link é possivel ouvir (boa qualidade) uma pequena entrevista e algumas músicas do seu 1º álbum "The Milk-Eyed Mender" de 2004. Voz de anjo (esganiçada dizem outros) dá corpo a belas canções pop com origem na América profunda.
O sempre difícil 2º álbum ultrapassou todas as barreiras. "Ys" é quase uma ópera barroca com músicas de 10 minutos. As fábulas são acompanhadas pela harpa e a que se juntam o acordeão e uma orquestra. O espectáculo que irá apresentar em Lisboa deverá ser baseado neste álbum. Este é um exemplo do que se espera: Monkey and Bear.
O Mário Lopes, no suplemento Y do Público de 26 de Janeiro de 2007, escrevia:"Joanna Newsom tem 25 anos e os seus dois álbuns são já uma carreira completa".
quinta-feira, abril 05, 2007
"Beginning of the world"- Brancusi 1920
quarta-feira, abril 04, 2007
Indie 2007
A edição 2007 do IndieLisboa está quase a chegar (19 a 29 de Abril). O programa já está disponível. Toca a comprar bilhetes!
Bonnie and Clyde?
Bonnie "Prince" Billy AKA Will Oldham dá um concerto esta 5ª feira em Lisboa no cabaret Maxime pelas 23h. Este é mais um cromo da pandilha indie-folk-rock a que pertence, por exemplo, Joanna Newsom.
O álbum "The Letting Go" de 2006, aparece em muitas listas dos melhores do ano passado.
O álbum "The Letting Go" de 2006, aparece em muitas listas dos melhores do ano passado.
terça-feira, abril 03, 2007
Casa com vista
Doc TAGV
Não sei se o título se percebe mas refere-se a um ciclo de documentários que passam no Teatro Académico Gil Vicente. Na passada segunda feira foi a vez de Diários da Bósnia de Joaquim Sapinho. O filme junta imagens de duas viagens à Bósnia, uma durante o Inverno de 1998, com o nevoeiro ou da neve a absorverem quase totalmente as cores, e outra em 1996, filmado a sépia, também sem cor. As imagens são em geral estáticas, muito bonitas. Custa-me um bocadinho chamar-lhe documentário porque o registo é muito pessoal e a quantidade de informação não é muita, mas é com certeza um filme interessante.
segunda-feira, abril 02, 2007
Tchékhov e a Arte Menor
É um espetáculo que reúne seis peças em um acto de Anton Tchékhov e que pode ser visto na Oficina Municipal do Teatro, em Coimbra pela Escola da Noite. Cinco das peças são cómicas: em O Trágico à Força um veraneante desespera com a sua vida de Verão, na segunda peça O Pedido de Casamento é atrapalhado por algumas divergências entre vizinhos, e depois seguem-se O Urso, O Canto do Cisne, Os Malefícios do Tabaco e O Jubileu. Tudo se passa dentro de uma caixa negra onde cabe o palco e o público, um candelabro e mais alguns adereços e tudo se move de peça para peça. O Canto do Cisne é a única peça que não é cómica. Fala sobre um velho actor e é dividida em vários trechos queu vão sendo apresentados entre as peças da segunda parte. Penso que a intensão seria que funcionasse como reflexão sobre o teatro, de alguma forma ilustrada pelas curtas peças cómicas que a intermeiam, mas na minha opinião há qualquer coisa que falha, uma mensagem que não passa. Os Malefícios do Tabaco é uma peça que faz parte de uma história que o Paulo Leal contava há já muito tempo. Um qualquer professor da faculdade chamava-o à atenção para os malefícios do tabaco, e ele oferecia-se para discorrer sobre o assunto, ou qualquer coisa do estilo. Finalmente vi a peça e percebi a história que ele contava.
Este foi o segundo espetáculo de Escola da Noite a que assisti (o primeiro foi Play com textos de Becket) e ambos apresentaram uma montagem de várias peças curtas, formato que parece agradar a esta companhia de teatro. De facto o formato resulta e desta vez resultou num espetáculo muito divertido e bem conseguido. Se puderem, não percam.
Este foi o segundo espetáculo de Escola da Noite a que assisti (o primeiro foi Play com textos de Becket) e ambos apresentaram uma montagem de várias peças curtas, formato que parece agradar a esta companhia de teatro. De facto o formato resulta e desta vez resultou num espetáculo muito divertido e bem conseguido. Se puderem, não percam.
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