segunda-feira, junho 04, 2007

Fim de semana cómico

Este fim de semana foi dedicado à comédia. Não propositadamente mas calhou no Sábado ir à Comuna ver o Tartufo de Molière e no Domingo passar pela Gulbenkian e assistir à celebração dos clássicos com uma longa e divertida sessão dedicada aos Mecenas, em que os Artistas Unidos partiam Em Busca do Mecenas Perdido.

O Tartufo tinha uma boa encenação... e envolvente como o testemulhou o Zé. Quando, no final o vilão é castigado, tal como deveria acontecer sempre, mesmo na vida real, um senhor que estava ao lado dele exclamou, Toma! -que é como quem diz, se não fossem eles era eu, ía aí e dava-te uma galheta, só estava a ver no que isto dava. Eu também exclamei Toma!, mas interiormente, porque me lembrei a tempo que aquilo era só uma peça de Teatro, com pouca relação com a realidade, pouquíssima. (Se estou aqui com considerações aparentemente de moral é porque estou a ouvir o apaixonado, delirante e rídiculo programa de Joel Costa, Questões de Moral. Este nem gargalhadas provoca.)

A Fundação Calouste Gulbenkian tem estado com uma actividade fantástica: no jardim em concertos, bibliotecas ao ar livre, demostrações de desportos e outras actividade, nos auditórios palestras, cinema, concertos... Tudo isto a propósito de O Estado do Mundo. Mas, segundo percebi, a celebração dos clássicos não se enquadra neste programa. Foi organizado pelas há4 segundo uma proposta de Maria João Seixas. O espaço foi a escadaria de desce do grande auditório para a zona do bar. As escadas foram transformadas numa confortável plateia e ao fundo um estrado servia de palco a teatro e poesia. E isto durou toda a tarde e a noite de ontem. Os textos foram de Almeida Faria, José Maria Vieira Mendes, Miguel Castro Caldas, Jacinto Lucas Pires e Jorge Silva Melo. As interpretações dos Artistas Unidos. E a última peça, de Jorge Silva Melo, interpretada por... bolas não me lembro o nome da actriz mas vou descobrir, e a interpretação foi tao bem conseguida, "ay caray"... com o curto título de FALA DA CRIADA DOS NOAILLES QUE NO FIM DE CONTAS VAMOS DESCOBRIR CHAMAR-SE TAMBÉM SÉVERINE NUMA NOITE DO INVERNO DE 1975 EM HYÉRES, foi hilariante, tão divertida. Bem, enfim, foi um belo fim de semana...






Versão Cénica e Encenação: João Mota
Tradução: Regina Guimarães
Elenco: Alexandre Lopes, Álvaro Correia, Ana Lúcia Palminha, Carlos Paulo, Hugo Franco, João Tempera, Jorge Andrade, Judite Dias, Lucinda Loureiro, Miguel Sermão, Sara Cipriano

4ª a Sábado às 21h30
Domingo às 16h

2 comentários:

  1. Foi uma peça muito engraçada, sim senhora! A do Silva. A actriz chama-se Elsa Galvão, em filme só com uns botins "Para mí se trataba de una pelicula de amor loco, de un impulso irresistible que, en cualquier circunstancia, empuja el uno hacia el otro a un hombre y una mujer que nunca pueden unirse" (ay caray, vide Buñuel)

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  2. Devo acrescentar: produtor - Visconde de Noailles. Actores - Gaston (El amante)

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