domingo, dezembro 31, 2006
Fotografias (II)- Sentir...
Em Maio ou Junho de 2005, e no final de um ano a dar aulas no Algarve, conseguimos finalmente convencer os pais da Cláudia a passarem um Fim de Semana no Algarve. Nesta fotografia vê-se a mãe da Cláudia a experimentar a areia, sentindo a sua textura e, provavelmente, massajando e descontraindo os pés após um dia a andar de um lado para o outro. Gosto da fotografia pela forma como os pés tocam a areia, pela forma como o olhar descobre o tacto dos pés, pela forma como as mãos tensas agarram as calças arregaçadas fugindo de um mar calmo, e como tudo à volta não interessa à personagem neste seu momento privado captado pela indiscreta máquina fotográfica.
sábado, dezembro 30, 2006
Fotografias (I)
Esta fotografia foi tirada durante a visita pascal, na páscoa de 2006, na aldeia onde os meus pais nasceram e cresceram. Foi também a aldeia onde passei todas as férias de Verão e de Páscoa da minha infância. As férias eram em parte entediantes, mas o facto de todos os anos se reunir um número considerável de crianças, e depois jovens da mesma idade, todos vindos da cidade, oferecia muitas possibilidades de convívio.
As férias da Páscoa giravam, em grande parte, em torno dos preparativos para a celebração desse grande evento religioso, festejos que envolviam um almoço com toda a família, que se reunia em casa de uma tia-avó para comer cabrito assado. Antes do almoço fazia-se a visita pascal. O padre da freguesia, rodeado de mais algumas pessoas como acólitos, visitava todas as casas da aldeia, transportando Jesus na cruz, para que todos o pudessem beijar. Nas casas havia sempre uma mesa posta com vinho, alguns enchidos, folar e outros petiscos típicos da altura.
Nesta fotografia vê-se o acólito que transporta a cruz. O que me agrada na fotografia é que também se vê toda a azafama daquele dia. As pessoas têm de ter as suas casas prontas para acolher a visita e têm ao mesmo tempo de preparar a importante refeição que se segue. No meio de tudo isto acabam por passar ao lado do significado religioso da festa e ignorar Cristo e quem o leva de casa em casa, que aqui olha solitariamente para a câmara, como se pairasse invísivel sobre esta agitada aldeia.
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Senhores bloggers
Provavelmente já se deram conta que existe uma nova versão do blogspot que se chama blogger. Para mudar para esta nova versão, segundo eles com mais possibilidades de edição, muito boa, lá lá lá, é preciso fazer o login através de uma conta do google. Queria saber se acham que vale a pena, para os que ainda não têm, se estão dispostos a abrir uma nova conta para podermos mudar. Deixem as vossas opiniões.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
domingo, dezembro 24, 2006
Bom Natal
Bom Natal a todos os bloggers, em especial aos do Coimbra é Nossa. Que passem uma noite de Natal agradável, em família e no meio de amigos, que descansem finalmente do frenesim dos últimos dias, apreciem as prendas e a comida, que mantenham as tradições de que gostarem e quebrem as que não fazem sentido, que criem novas, que esqueçam, por dois dias os males do mundo e tenham esperança, mesmo que a achem infundada, num mundo melhor.
Um beijo especial à Criatura do Eixo do Sentir e ao PedroMS que têm mostrado coisas muito interessantes neste blog e que espero ver em breve ao vivo. Também ao Delírio que em breve vai sair deste continente, que tem sido a minha companhia em Coimbra, garantindo assim a minha sanidade mental, e ao Pedro, dono da bic-laranja. Um beijinho à Jane of Jungle que encontrei, há dois dias por acaso e com quem gostei muito de voltar a falar.
Espero vê-los a todos em breve, ao vivo e a cores, pelo menos foi isso que pedi na minha carta ao Pai Natal.
Feliz Natal!
Um beijo especial à Criatura do Eixo do Sentir e ao PedroMS que têm mostrado coisas muito interessantes neste blog e que espero ver em breve ao vivo. Também ao Delírio que em breve vai sair deste continente, que tem sido a minha companhia em Coimbra, garantindo assim a minha sanidade mental, e ao Pedro, dono da bic-laranja. Um beijinho à Jane of Jungle que encontrei, há dois dias por acaso e com quem gostei muito de voltar a falar.
Espero vê-los a todos em breve, ao vivo e a cores, pelo menos foi isso que pedi na minha carta ao Pai Natal.
Feliz Natal!
quinta-feira, dezembro 21, 2006
terça-feira, dezembro 19, 2006
Os cientistas, a linguagem e a política
Surripiei um livro ao Hugo, um livro que tinha começado a ler há bastante tempo e que me chamou da estante quando eu ía a sair de casa para apanhar o comboio para Coimbra. Recomecei a lê-lo e logo no prólogo encontrei umas frases interessantes que agora deixo aqui:
(...) as "verdades" da moderna visão científica do mundo, embora possam ser demonstradas em fórmulas matemáticas e comprovadas pela tecnologia, já não se prestam à expressão normal da fala e do raciocínio. (...) O motivo pelo qual talvez seja prudente duvidar do julgamento político de cientistas enquanto cientistas não é, em primeiro lugar, a sua falta de "carácter" - o facto de não se terem recusado a criar armas atómicas - nem a sua ingenuidade - o facto de não terem compreendido que, uma vez criadas tais armas, eles seriam os últimos a ser consultados quanto ao seu emprego - mas precisamente o facto de habitarem num mundo no qual as palavras perderam o seu poder. E tudo o que os homens fazem, sabem ou experimentam, só tem sentido na medida em que pode ser discutido.
Hannah Arendt
A Condição Humana
(...) as "verdades" da moderna visão científica do mundo, embora possam ser demonstradas em fórmulas matemáticas e comprovadas pela tecnologia, já não se prestam à expressão normal da fala e do raciocínio. (...) O motivo pelo qual talvez seja prudente duvidar do julgamento político de cientistas enquanto cientistas não é, em primeiro lugar, a sua falta de "carácter" - o facto de não se terem recusado a criar armas atómicas - nem a sua ingenuidade - o facto de não terem compreendido que, uma vez criadas tais armas, eles seriam os últimos a ser consultados quanto ao seu emprego - mas precisamente o facto de habitarem num mundo no qual as palavras perderam o seu poder. E tudo o que os homens fazem, sabem ou experimentam, só tem sentido na medida em que pode ser discutido.
Hannah Arendt
A Condição Humana
domingo, dezembro 17, 2006
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Everything we've done is forgiven / Stupid little shit
São duas respostas a uma mesma pergunta. Podemos escolher uma?
E as duas parecem de mundos tão diferentes...
Mas não será que somos todos bipolares?
Este pequeno filme é do mesmo autor de Youtubers, e está muitíssimo bem montado e é muito interessante. São quase 10 min. e aviso que tem algumas partes cruéis.
Gostava que comentassem, nem que seja com uma só palavra. Talvez o possam fazer na página do autor...
E as duas parecem de mundos tão diferentes...
Mas não será que somos todos bipolares?
Este pequeno filme é do mesmo autor de Youtubers, e está muitíssimo bem montado e é muito interessante. São quase 10 min. e aviso que tem algumas partes cruéis.
Gostava que comentassem, nem que seja com uma só palavra. Talvez o possam fazer na página do autor...
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Again about hugs
Foi engraçado ver-me aqui referenciado 2 vezes pela Cláudia. Já não passava por aqui há muito...
Devo dizer que achei muito espirituoso o Aprendiz de feiticeiro e fantástico o coelhinho MAU. Bestial!
Contudo um dos vídeos referênciados, "free hugs" já não existe na ligação que a Cláudia tinha deixado, por isso deixo outra, esperemos que dure:
Devo dizer que achei muito espirituoso o Aprendiz de feiticeiro e fantástico o coelhinho MAU. Bestial!
Contudo um dos vídeos referênciados, "free hugs" já não existe na ligação que a Cláudia tinha deixado, por isso deixo outra, esperemos que dure:
Atençao
A RTP vai dar o making of d' O Ouro do Reno no teatro de S. Carlos. Para quem viu a ópera e a transformação radical que o teatro sofreu, deve ser interessante assistir ao programa.
Sexta 15 de Dezembro - 23:30 na
Sexta 15 de Dezembro - 23:30 na
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Passeio dos tristes
No último domingo, o frio apertava lá fora mas dentro de casa não estava muito melhor. Como estava bem disposto (o SCP desta vez não perdeu) decidir esticar as pernas e visitar pela primeira vez (e provavelmente não será a última...) a atracção turística da minha freguesia. No cemitério do Alto de São João o silêncio é silencioso. Que saudades do silêncio. Além dos extravagantes mini-mausoléus que forram as ruas interiores do cemitério, uma questão perturbadora agitava os meus neurónios congelados: "Será que vamos para o céu de barco?"
terça-feira, dezembro 12, 2006
domingo, dezembro 10, 2006
Já chegou
A propósito deste post da Cláudia, li esta notícia no Público de hoje: "Campanha dos abraços gratuitos chegou às ruas de Lisboa"
"Mas isto reverte para alguma coisa?", pergunta um homem que passa na Baixa de Lisboa, antes de se deixar envolver pelos braços de uma jovem que segura um cartaz improvisado onde se lê: "Abraços grátis". Foi dos poucos que não se desviaram do grupo disperso de cerca de 20 pessoas que ontem circulou pelas ruas da capital oferecendo abraços, sem contrapartidas.
"Mas isto reverte para alguma coisa?", pergunta um homem que passa na Baixa de Lisboa, antes de se deixar envolver pelos braços de uma jovem que segura um cartaz improvisado onde se lê: "Abraços grátis". Foi dos poucos que não se desviaram do grupo disperso de cerca de 20 pessoas que ontem circulou pelas ruas da capital oferecendo abraços, sem contrapartidas.
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Wim Mertens no TAGV
Vou, não vou, vou , não vou...
Amanhã tenho teste de alemão...
O bilhete são 20 euros...
Amanhã tenho teste de alemão...
O bilhete são 20 euros...
terça-feira, dezembro 05, 2006
Génio ou fraude?
Quem pagou o bilhete para assistir ao concerto de ontem de Charlyn “Chan” Marshall aka Cat Power e não sabia ao que ía deve ter ficado pasmado com o que viu. A primeira surpresa foi a troca da banda que a tem acompanhado “The Dirty Blues Band” por um combo de 4 cromos do rock da América profunda. Talvez aí esteja o primeiro erro de casting. Cat Power é voz e guitarra ou piano. Os extras só atrapalham e beneficiam a preguiça e a distracção de Cat Power. Mas já lá vamos...
A sala estava esgotada. Cat entra em cena com um copo na mão e com uma estranha coreografia “infantil” que perdurou durante o concerto. Uma franjinhas tonta, bela e “esfarrapada” (quem estava nas primeiras filas assegurou ter visto um fio dental rosa); uma indie à maneira. Quem ouviu as histórias de abuso e dependência de álcool ficou logo desconfiado. Aquele copo felizmente não mais foi usado, mas… a primeira música não chegou ao fim… “The greatest” ficou encurtado depois de um “that’s it”. Palmas!?. Soube-se mais tarde que Cat não gostou do som que vinha do seu micro e por isso…
Depois de uma série de blues bem balançados, pede desculpa ao público pelo último concerto que deu em Portugal: “I was completely fucked up”. Medo, muito medo…Entretanto as músicas aparentemente inacabadas ou terminadas de uma forma não convencional, baralhava a audiência. “Será que já acabou? Mas ela virou as costas ao público?” Um caos. Os fanáticos não se preocuparam...
Foi então que chegou o momento em que se revela o génio de Cat e também as suas fragilidades. Sai a banda de palco. Silêncio. Cat e o piano: é de arrepiar. Este portento da natureza passa sem “parar” entre músicas até que, de repente, a letra perde-se no ar, murmúrios e notas do teclado ecoam sem nexo. Estará possuída pelo demónio? De repente levanta-se e diz que o público está a tossir e que isso é sinal de que não está a gostar...”No!”, grita alguém desesperado na audiência! O clímax não foi atingido. Que grande empatas! Cat pega na guitarra e volta ao seu ritmo lânguido, apaixonado e grandioso. No entanto o estrago já estava feito. O momento perdeu-se. A banda volta ao palco e com ela mais uns blues. Não houve encores mas o público despediu-se com uma grande ovação. Alguém atrás de mim comentava:”Que falta de nível”.
É pena que tanto talento esteja a ser desperdiçado por senhora completamente “fucked up” dos cornos.
Ler: crónica da Ana Baptista sobre o concerto.
Ouvir: UM concerto em Washington, D.C 2006.
A sala estava esgotada. Cat entra em cena com um copo na mão e com uma estranha coreografia “infantil” que perdurou durante o concerto. Uma franjinhas tonta, bela e “esfarrapada” (quem estava nas primeiras filas assegurou ter visto um fio dental rosa); uma indie à maneira. Quem ouviu as histórias de abuso e dependência de álcool ficou logo desconfiado. Aquele copo felizmente não mais foi usado, mas… a primeira música não chegou ao fim… “The greatest” ficou encurtado depois de um “that’s it”. Palmas!?. Soube-se mais tarde que Cat não gostou do som que vinha do seu micro e por isso…
Depois de uma série de blues bem balançados, pede desculpa ao público pelo último concerto que deu em Portugal: “I was completely fucked up”. Medo, muito medo…Entretanto as músicas aparentemente inacabadas ou terminadas de uma forma não convencional, baralhava a audiência. “Será que já acabou? Mas ela virou as costas ao público?” Um caos. Os fanáticos não se preocuparam...
Foi então que chegou o momento em que se revela o génio de Cat e também as suas fragilidades. Sai a banda de palco. Silêncio. Cat e o piano: é de arrepiar. Este portento da natureza passa sem “parar” entre músicas até que, de repente, a letra perde-se no ar, murmúrios e notas do teclado ecoam sem nexo. Estará possuída pelo demónio? De repente levanta-se e diz que o público está a tossir e que isso é sinal de que não está a gostar...”No!”, grita alguém desesperado na audiência! O clímax não foi atingido. Que grande empatas! Cat pega na guitarra e volta ao seu ritmo lânguido, apaixonado e grandioso. No entanto o estrago já estava feito. O momento perdeu-se. A banda volta ao palco e com ela mais uns blues. Não houve encores mas o público despediu-se com uma grande ovação. Alguém atrás de mim comentava:”Que falta de nível”.
É pena que tanto talento esteja a ser desperdiçado por senhora completamente “fucked up” dos cornos.
Ler: crónica da Ana Baptista sobre o concerto.
Ouvir: UM concerto em Washington, D.C 2006.
Crash - Paul Haggis
Hoje vou finalmente ver este filme que me tem escapado sucessivamente.
Segundo a página do TAGV:
Drama urbano que gira à volta das encruzilhadas da vida de um conjunto de personagens multi-étnico numa luta para dominar os seus medos, no anonimato impessoal da cidade de Los Angeles...
Ousado e polémico, “Crash” lança um olhar provocador e inflexível às complexidades da tolerância racial na América contemporânea.
"Nesta cidade não nos tocamos, mas passamos a vida a chocar uns com os outros".
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Vallibierna
Mais um filmezinho dos Pirinéus, com má resolução e uns meses de atraso. Espero que gostem.
Se quiserem (re)ver o outro filmezinho ele está aqui.
sábado, dezembro 02, 2006
Dança
Nas vésperas de assistir a um espetáculo de dança no Teatro Municipal S. Luis (Companhia Rosas, Mozart - Concert Arias, Un Moto di Gioia), lembrei-me de dois espetáculos, também neste teatro, a que assisti (assistimos) antes da existência deste blog, "Céu e Terra" e "Cravos" de Pina Bausch. Foram dia 1 e 7 de Outubro, segundo RC que está aqui ao meu lado e subrepticiamente tirou umas fotografias com o telemóvel, que incluíu no seu Sem Barulho.
Eu, na altura, de Pina Bausch conhecia o nome, e talvez umas imagens num filme do Almodovar. Esses espetáculos foram uma revelação, mostraram-me um tipo de dança completamente nova, e que no entanto já existe há muito tempo (a coreografia Cravos é, se não me engano, de 1982).
O primeiro espatáculo a que assistimos recebe-nos logo com um cenário lindo, com o chão forrado de cravos, muito bonitos, rosa e brancos. Estas flores vão sendo espezinhadas ao longo do espetáculo reflectindo o percurso da coreografia. O primeiro espetáculo marcou-me mais do que o segundo, provavelmente pela surpresa, mas lembro-me de ter gostado muito de ambos. Ficam aqui duas fotografias para relembrar.
quinta-feira, novembro 30, 2006
quarta-feira, novembro 29, 2006
Vir ainda a LUME
Assistir ao Concerto de LUME foi uma experiência interessante. De sonoridade generosamente amplificada, as harmonias tornavam-se interessantes e o ritmo de várias das músicas contagiava. Éramos poucos na sala (não contei mas devia andar pela meia centena) mas os aplausos finais devem ter compensado os músicos pela reacção morna durante o espectáculo. No entanto essa reacção foi bastante incutida pelos próprios músicos, em particular o seu Director e Compositor, com uma falta de jeito algo exagerada na sua presença em palco... Foi incrível a mudança que o extra trouxe quando todos os músicos, surpreendidos pela quantidade de aplausos, voltaram ao palco. A sua descontracção e alegria ao fazer música transpareceu finalmente.
LUME, um projecto a seguir com atenção. Só precisam de ganhar o palco pois em música parecem-me no bom caminho. Eu gostei e não fui o único.
Apenas um comentário ao Técnico de Luzes do TAGV: quando o público aplaude, e no caso muitos de pé, não iluminem só o palco deixando a plateia completamente às escuras pois os músicos também gostam de ver a forma como são apreciados.
LUME, um projecto a seguir com atenção. Só precisam de ganhar o palco pois em música parecem-me no bom caminho. Eu gostei e não fui o único.
Apenas um comentário ao Técnico de Luzes do TAGV: quando o público aplaude, e no caso muitos de pé, não iluminem só o palco deixando a plateia completamente às escuras pois os músicos também gostam de ver a forma como são apreciados.
Lugares a visitar em Coimbra
No fim de semana passada descobrimos em Coimbra, a parelha de sempre, eu e o Hugo, uma loja de jazz que também existe em Lisbos, Trem Azul. Foi tão agradável entrar na loja que passava um CD que acabámos por comprar (Andrew Hill), conversar com o empregado que nos mostrou discos, que nos contou que ía a Lisboa tentar assitir a um concerto na Culturgest (de novo Andrew Hill), nos ofereceu três números da revista jazz.pt e nos falou do jacc como se de uma pessoa se tratasse. Se vierem a Coimbra passem por lá.
dá-me Lume...
Eu e o Hugo assistimos a um concerto dos LUME, Lisbon Underground Music Ensemble no TAGV, claro. É uma big band um tanto ou quanto peculiar, que toca jazz experimental. O concerto foi muito interessante e inesperado.
Por outro lado ...
Ontem tive um serão televisivo. Estive na faculdade até bastante tarde e quando cheguei a casa aceitei o convite à alienação que vinha da parede em frente ao sofá. Assisti ao Por Outro Lado, o programa da Ana Sousa Dias, e depois continuei por aí fora, ou pela noite dentro.
No programa da Ana Sousa Dias o convidado foi o João Paulo Feliciano, o artista que tem exposto na Cultugest THE POSSIBILITY OF EVERYTHING. Vi esta exposição com o Zé e já falei dela numa entrada de 30 de Outubro. Gostei de poder associar uma cara, uma personalidade, à exposição. Saber que o João Paulo Feliciano fez parte da equipa que desenvolveu o Aquamatrix, aquele espetáculo da EXPO98 que fechava todas as noites a exposição, complementa a imagem do artista da Culturgest.
A conversa passou por muitos assuntos, o percurso do artista, etc. Um dos que achei interessante foi sobre como se lida, como se vendem, transportam e montam obras de arte constituidas por linhas de pó de talco e cordas de guitarra espalhadas no chão, ou discos de vinil partidos contra uma parede.
Falou-se também sobre algumas das peças da Culturgest, por exemplo Crash Music, a peça dos 50 discos de vinil partidos contra a parede. Quando vi a exposição imaginei o prazer que ele deve ter sentido a partir aqueles discos. Na parede oposta está um texto que ajuda, não a compreender, mas a intensificar o efeito daquela peça. Na altura achei que uma obra de arte não devia precisar de um texto de alguma froma explicativo. Ontem, no programa achei que o artista teria uma ideia semelhante. Disse que o texto não fazia parte da peça, ou que esta o dispensava. João Paulo Feliciano falou também de um conjunto de boiões com fitas de cassetes lá dentro, gravadas por amigos com as suas músicas preferidas, que ele nunca ouviu e guardou simplesmente para future taste. Depois destes comentários revejo a exposição com outros olhos e gostava de passar lá mais uma tarde, deitada a ouvir música naquela obra de arte que deita auscultadores do tecto.
No programa da Ana Sousa Dias o convidado foi o João Paulo Feliciano, o artista que tem exposto na Cultugest THE POSSIBILITY OF EVERYTHING. Vi esta exposição com o Zé e já falei dela numa entrada de 30 de Outubro. Gostei de poder associar uma cara, uma personalidade, à exposição. Saber que o João Paulo Feliciano fez parte da equipa que desenvolveu o Aquamatrix, aquele espetáculo da EXPO98 que fechava todas as noites a exposição, complementa a imagem do artista da Culturgest.
A conversa passou por muitos assuntos, o percurso do artista, etc. Um dos que achei interessante foi sobre como se lida, como se vendem, transportam e montam obras de arte constituidas por linhas de pó de talco e cordas de guitarra espalhadas no chão, ou discos de vinil partidos contra uma parede.
Falou-se também sobre algumas das peças da Culturgest, por exemplo Crash Music, a peça dos 50 discos de vinil partidos contra a parede. Quando vi a exposição imaginei o prazer que ele deve ter sentido a partir aqueles discos. Na parede oposta está um texto que ajuda, não a compreender, mas a intensificar o efeito daquela peça. Na altura achei que uma obra de arte não devia precisar de um texto de alguma froma explicativo. Ontem, no programa achei que o artista teria uma ideia semelhante. Disse que o texto não fazia parte da peça, ou que esta o dispensava. João Paulo Feliciano falou também de um conjunto de boiões com fitas de cassetes lá dentro, gravadas por amigos com as suas músicas preferidas, que ele nunca ouviu e guardou simplesmente para future taste. Depois destes comentários revejo a exposição com outros olhos e gostava de passar lá mais uma tarde, deitada a ouvir música naquela obra de arte que deita auscultadores do tecto.
terça-feira, novembro 28, 2006
Tuga no Japão
Licenciou-se em química pela FCUL e doutorou-se em Oxford. Depois de um curto Post-doc em Cambridge mudou-se em Setembro para o Japão onde é investigador no NIMS. Este instituto com sede em Tsukuba é dos mais importantes do Japão na área da ciência dos materias. O meu homónimo, ex-colega e amigo, disse-me que o blogue era só para manter contacto com a família e amigos. Na vedade não consegui resistir mais tempo e vou ligar aqui a Gaivota do Tejo. Espero que ele me perdoe mas, a escrita, até agora, nem tem disso muito pessoal. Mereçe ser partilhado e lido de fio a pavio. Além de estar muito bem escrito, as histórias e as experiências descritas são extraordinárias. Aproveitem e estimem o blog do Pedro.
Archive
A partir de Linha dos Nodos cheguei a Archive. Pode-se ouvir o album Lights. Eu não conhecia mas parece-me que cometia um pecado...
segunda-feira, novembro 27, 2006
sexta-feira, novembro 24, 2006
quinta-feira, novembro 23, 2006
Agenda musical
A não perder nos próximos dias:
Quantic Soul Orchestra, Casino de Lisboa, 27 de Nov. , entrada livre.
Yo La Tengo, Aula Magna, 3 de Dezembro.
Cat Power, Aula Magna, 4 de Dezembro.
Koop, Casino de Lisboa, 11 de Dezembro, entrada livre.
Quantic Soul Orchestra, Casino de Lisboa, 27 de Nov. , entrada livre.
Yo La Tengo, Aula Magna, 3 de Dezembro.
Cat Power, Aula Magna, 4 de Dezembro.
Koop, Casino de Lisboa, 11 de Dezembro, entrada livre.
Herberto
"Até que Deus é destruído pelo extremo exercício da beleza" - Verso de um Poema de "Os Passos em Volta"
Herberto é a mais enigmática personagem da literatura portuguesa. Será esta a face de Herberto? Faz hoje, fará mesmo?, 76 anos.
Hoje, na Culturgest, coreografia de Vera Mantero tendo como título este verso de Herberto.
domingo, novembro 19, 2006
sábado, novembro 18, 2006
Youtube
Este blog está a tornar-se uma espécie de sucursal do Youtube. Suponho que é normal uma vez que lá se encontra material muito interessante, música, videos. Apesar de não ser frequentadora assídua do site era o tipo de coisas que eu procurava, era o único género que conhecia. Pelo menos até ao fim de semana passado. Nessa altura, o Jorge mostrou-nos um vídeo que consistia numa montagem feita com excertos de vídeos que as pessoas por lá vão deixando.
Os vídeos são pessoais e suponho que isoladamente serão bastante desinteressantes. Assim montados são um catálogo dos sentimentos que flutuam por trás da internet, dos blogs, das páginas pessoais, de fotografia, etc. A sensação mais forte que me deixou foi a de solidão e de isolamento, a sensação de que a internet é uma espécie de lixeira onde todo o planeta despeja as suas emoções. Mas o vídeo tem também excertos de filmes alegres, ternos e cómicos e não resisto a deixá-lo aqui.
Os vídeos são pessoais e suponho que isoladamente serão bastante desinteressantes. Assim montados são um catálogo dos sentimentos que flutuam por trás da internet, dos blogs, das páginas pessoais, de fotografia, etc. A sensação mais forte que me deixou foi a de solidão e de isolamento, a sensação de que a internet é uma espécie de lixeira onde todo o planeta despeja as suas emoções. Mas o vídeo tem também excertos de filmes alegres, ternos e cómicos e não resisto a deixá-lo aqui.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Free Hugs
"Juan Mann era apenas um homem que ficava parado numa praça em Sydney, Austrália oferecendo abraços de graça para as pessoas que passavam pelas ruas. Um certo dia, Mann ofereceu um abraço a Shimon Moore, o líder da banda Sick Puppies e, desde então se tornaram bons amigos. Moore então decidiu gravar Mann fazendo sua campanha por "Abraços Grátis". À medida que o Free Hugs atingiu proporções maiores, o conselho da cidade tentou banir a campanha. Então Mann e seus amigos fizeram uma petição com mais de 10.000 assinaturas apoiando a campanha do abraço de graça. Quando a avó de Mann morreu, Moore decidiu mixar o vídeo que ele tinha feito do Free Hugs com a música All the Same, que ele havia gravado com a sua banda Sick Puppies. Veja o vídeo. Um filme que apresenta uma verdadeira história que inspira humanidade e esperança. Algumas vezes um abraço é tudo que precisamos. Free Hugs é uma história real, sobre um homem que acreditava que sua missão era trazer alegria na vida das pessoas através de um simples ato de amizade."
(texto tirado do YOUTUBE, introduzido por dennydesign)
Este vídeo foi-me dado a conhecer pelo Jorge.
MAU
E agora, algo completamente diferente. Este video não tem a coreografia extraordinária do anterior mas é capaz de acordar um cientista dorminhoco. Depois de uma música para uma campanha de publicidade a telemóveis, os Portugueses MAU estão de volta. Let's look at the trailer...
Lisboa-Coimbra
Às segundas feiras levanto-me cedo e vou para Coimbra. Ía de autocarro e não me desagradava a ideia de acordar cedo para de seguida me deixar embalar pelo movimento do autocarro e adormecer de novo. Era um sono leve, a realidade e o sonho misturadas, a consciência sempre a espreitar para evitar que me esquecesse do meu destino. O comboio é diferente. Chego à gare do oriente logo pela manhã, a luz branca de ter sido lavada com a humidade da noite, a agitação de quem chega à cidade pronto para trabalhar, e eu ainda dormente do sono, com mais duas horas de liberdade mental para deixar os pensamentos e os olhos deambularem alternadamente pelos livros e pelo sono.
Hoje faço a viagem durante a noite. Não é segunda feira e o dia foi longo. Quando chegar a casa vou convencer-me que é segunda feira de manhã e deixar que o movimento do autocarro me embale e me leve para as regiões fantásticas do sonho.
14 de Novembro, 22h , Alfa Pendular
Hoje faço a viagem durante a noite. Não é segunda feira e o dia foi longo. Quando chegar a casa vou convencer-me que é segunda feira de manhã e deixar que o movimento do autocarro me embale e me leve para as regiões fantásticas do sonho.
14 de Novembro, 22h , Alfa Pendular
quarta-feira, novembro 15, 2006
segunda-feira, novembro 13, 2006
sexta-feira, novembro 10, 2006
Proposta de leitura
Esta proposta já foi feita a dois membros deste blog e foi por eles bem vinda. A proposta consiste em combinarmos ler um livro, o mesmo livro, e depois encontrarmo-nos para o discutir. A discussão também pode ser feita à distância, por exemplo neste blog. O livro proposto é o "1984", mas pode ser outro.
O que acham da ideia?
O que acham da ideia?
quinta-feira, novembro 09, 2006
Desenho e pintura
No fim de semana passado fiz uma daquelas caras incursões na FNAC e vim de lá com um livro sobre os desenhos e aguarelas de Egon Schiele. Conhecia algumas obras mas ontem, quando folheei o livro fiquei absolutamente fascinada. A maioria dos desenhos são de figuras femininas desenhadas sem nenhum fundo, só o corpo e as cores. Os desenhos são a lápis, aguarela e guache e parecem ter sido desenhados muito rapidamente. Deu-me logo um frenesim e uma vontade louca de desenhar. Só me faltam aqueles modelos, aquelas raparigas de cabelos longos e revoltos, seminuas, apanhadas em poses aparentemente despreocupadas e espontâneas.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Parabéns à minha irmazinha...
sexta-feira, novembro 03, 2006
Vinicios de Moraes
Ontem fui ao cinema mas foi mais como estar em casa de amigos a ouvir falar de um avô que não se conheceu. Os outros sim, conheço um bocadinho melhor.
Tenho muita pena de não ir a um dos concertos do Chico. Snif, snif... Tenho de comprar o disco.
Tenho muita pena de não ir a um dos concertos do Chico. Snif, snif... Tenho de comprar o disco.
terça-feira, outubro 31, 2006
segunda-feira, outubro 30, 2006
The possibility of everything
Por muito que eu queira ficar em Coimbra tenho de admitir, e tenho de o admitir todas as semanas, que ir a Lisboa é como receber uma transfusão de sangue, ou o que eu imagino ser uma transfusão de sangue, ou estar submersa e ir à superficie encher os pulmões de ar. A esta hora já submergi novamente e respiro só por uma palhinha que se vai entupir ao longo da semana. No próximo fim de semana dou-lhe um valente sopro para o lodo sair e tudo recomeça.
***********************************************
RECEITA
Um amigo
+
Uma sala em que o chão é uma única almofada comunitária e do tecto caiem auscultadores e uma luz arroxeada (THE POSSIBILITY OF EVERYTHING - João Paulo Feliciano)
+
um filme
+
restaurante Goês
+
uma conversa muito boa
+
Bairro alto
+
um bocadinho de Hugo
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RECEITA
Um amigo
+
Uma sala em que o chão é uma única almofada comunitária e do tecto caiem auscultadores e uma luz arroxeada (THE POSSIBILITY OF EVERYTHING - João Paulo Feliciano)
+
um filme
+
restaurante Goês
+
uma conversa muito boa
+
Bairro alto
+
um bocadinho de Hugo
sábado, outubro 28, 2006
England...
Cá estou na badalada Cambridge... e tenho a dizer que não é mau de todo. Esta cena de termos de ser aceites por um colégio faz-me um bocado de confusão pois divide um pouco as pessoas tipo num sistema de "castas". Mas nem tudo é mau e nem tudo é bom: não me posso queixar do tempo para já pois, dentro dos parametros ingleses, aqui até há bastante sol. Coisa inaudita são as bicicletas e os "engarrafamentos" de bicicletas. Já me deparei com cenas do estilo andar na rua e querer cortar à direita numa rua e não poder porque estão bicicletas a passar continuamente... Já tive também encontros imediatos (i.e. um choque frontal) com um chinês que vinha do lado errado da estrada (i.e. ele vinha do lado direito).
É também um pouco chocante passar de uma cidade como coimbra para uma cidade onde a mais subida que temos é semelhante à zona do parque da cidade junto ao rio mondego ou quase. Há uma coisa a que eles chamam monte do castelo que é uma elevação que se situa a uns bons 20m acima do nível do resto da cidade e que foi feita pelo homem, tendo uns bons 4m de raio no topo.
O departamento onde estou, CMS (centre for mathematical sciences) parece um sitio onde aterrou um ovni, o que deve ser bom para os gajos não se sentirem tão alienados.
Mas há coisas bonitas por cá: o rio e fazer punt no rio (tipo a gondoleiro de veneza), alguns dos colégios mais antigos, (para os curiosos, as Inglesas não são especialmente bonitas :S metade tem corpo capaz de dar porrada a mtos gajos), DVDs originais a 3libras ou menos, ... é preciso saber procurar.
Mais novidades depois!
É também um pouco chocante passar de uma cidade como coimbra para uma cidade onde a mais subida que temos é semelhante à zona do parque da cidade junto ao rio mondego ou quase. Há uma coisa a que eles chamam monte do castelo que é uma elevação que se situa a uns bons 20m acima do nível do resto da cidade e que foi feita pelo homem, tendo uns bons 4m de raio no topo.
O departamento onde estou, CMS (centre for mathematical sciences) parece um sitio onde aterrou um ovni, o que deve ser bom para os gajos não se sentirem tão alienados.
Mas há coisas bonitas por cá: o rio e fazer punt no rio (tipo a gondoleiro de veneza), alguns dos colégios mais antigos, (para os curiosos, as Inglesas não são especialmente bonitas :S metade tem corpo capaz de dar porrada a mtos gajos), DVDs originais a 3libras ou menos, ... é preciso saber procurar.
Mais novidades depois!
sexta-feira, outubro 27, 2006
Camera Obscura
Ontem assisti ao concerto dos Camera Obscura no TAGV. Só conhecia o grupo de ter ouvido duas ou três músicas na internet mas resolvi ir. Foi caseirinho com o público calmamente sentado nas suas cadeiras. Bem não todo. Um grupinho juntou-se em pé junto ao palco e outro cá atrás, a balançar as ancas ao som da música. Eu estive lá atrás. Parecia haver gente de todo lado, pessoas que vieram a Coimbra para os ouvir, que discutiam os seus blogs e os seus gostos músicais. O concerto passou num instantinho, foi leve e bem disposto e eu vim de lá com um novo disco para ouvir em casa.
quinta-feira, outubro 26, 2006
Viva a revolução
Maria Antonieta vs. New Order
Visualmente luxuriante com banda sonora a condizer. Kirsten Dunst é o filme. Só é pena o final previsível...e o meio...e o início. O essencial, de qualquer modo, são os doces espalhados no grande ecrã durante 2 horas por Sofia Coppola.
Visualmente luxuriante com banda sonora a condizer. Kirsten Dunst é o filme. Só é pena o final previsível...e o meio...e o início. O essencial, de qualquer modo, são os doces espalhados no grande ecrã durante 2 horas por Sofia Coppola.
quarta-feira, outubro 25, 2006
Entrevista com o vencedor do concurso Bola de Berlim
Muitos parabéns Sr. Criatura do Eixo do Sentir. Diga-nos, desde quando se interessa por bolas de Berlim?
terça-feira, outubro 24, 2006
Com o olhar vesgo
Entro muma livraria à procura de um livro. Desta vez a horas tardias, o que deixa as livrarias de centro comercial como única opção. Sei o que procuro e por isso dirijo-me à prateleira respectiva: literatura portuguesa, literatura estrangeira, o que for. Procuro com um ar vesgo o autor, que devia estar no lugar que a ordem alfabética lhe confere. Não encontrando, lembro-me que o apelido usado na classificação pode ser o outro, o penúltimo. lá esforço os meus olhinhos, cada vez mais pequenos, através das capas tão fininhas, com letras tão pequeninas e apagadinhas. Não encontro. Pode ser que consiga identificar o livro pelo aspecto, já que aquele autor tem vários livros na mesma colecção. Tento lembrar-me da cor da capa, ou do tamanho. Desta vez os livros já não me param quietos diante dos olhos. Tenho de os percorrer duas ou três vezes. Começo a dúvidar das minhas capacidades. Não é possível que não haja um único livro deste autor.
Os balcões que se espalham pela livraria são o próximo passo. Os livros podem estar em destaque algures, estilo autor do mês ou da semana ou grande promoção, descontos de 20% em todos os livros deste autor, coitado, está a desvalorizar. Mas não. Resigno-me a esperar por um dos inexistentes empregados da cadeia de livrarias. Lá está ele, ali atrás daquela prateleira. Dirijo-me ao rapaz, ou rapariga, que até costumam estar em maioria, falo-lhe no autor e lá vai ela disparada, cheia de confiança, para a prateleira com que eu tinha estado a lutar há minutos atrás, com ar de quem pensa, estes clientes não percebem nada disto. Quando começo a pensar que já devia ter pedido o livro mais cedo, a rapariga começa a perder segurança, a dizer deviam estar aqui, eu vou ver ao computador, hesita, volta à estante, vai ao computador que lhe diz que existem 3 exemplares, volta à prateleira, começa a sentir a pressa do cliente, atrapalha-se, oferece-se para nos dizer se o livro existe noutro sítio, digo que sim mais para a aliviar do que por genuíno interesse, penso nunca mais cá volto, ela diz-me que sim, nas Picoas, quer que telefone para lá, já não é possível porque já é tarde, não se incomode, eu passo por lá, boa noite, boa noite.
Num fim de semana, as livrarias fechadas, lá vou eu às Picoas. Dirijo-me à prateleira respectiva e começo logo a ficar com os olhos pequeninos. Mais um empregado, mais uma confusão, o computador, quer que veja se há noutra livraria, não, deixe estar, nunca mais cá volto, nunca mais volto a uma livraria com computadores, até à próxima noite em que me faça falta um livro daquele autor, aquele que tem tantos livros na mesma colecção que pode ser que eu os reconheça pelo aspecto.
Os balcões que se espalham pela livraria são o próximo passo. Os livros podem estar em destaque algures, estilo autor do mês ou da semana ou grande promoção, descontos de 20% em todos os livros deste autor, coitado, está a desvalorizar. Mas não. Resigno-me a esperar por um dos inexistentes empregados da cadeia de livrarias. Lá está ele, ali atrás daquela prateleira. Dirijo-me ao rapaz, ou rapariga, que até costumam estar em maioria, falo-lhe no autor e lá vai ela disparada, cheia de confiança, para a prateleira com que eu tinha estado a lutar há minutos atrás, com ar de quem pensa, estes clientes não percebem nada disto. Quando começo a pensar que já devia ter pedido o livro mais cedo, a rapariga começa a perder segurança, a dizer deviam estar aqui, eu vou ver ao computador, hesita, volta à estante, vai ao computador que lhe diz que existem 3 exemplares, volta à prateleira, começa a sentir a pressa do cliente, atrapalha-se, oferece-se para nos dizer se o livro existe noutro sítio, digo que sim mais para a aliviar do que por genuíno interesse, penso nunca mais cá volto, ela diz-me que sim, nas Picoas, quer que telefone para lá, já não é possível porque já é tarde, não se incomode, eu passo por lá, boa noite, boa noite.
Num fim de semana, as livrarias fechadas, lá vou eu às Picoas. Dirijo-me à prateleira respectiva e começo logo a ficar com os olhos pequeninos. Mais um empregado, mais uma confusão, o computador, quer que veja se há noutra livraria, não, deixe estar, nunca mais cá volto, nunca mais volto a uma livraria com computadores, até à próxima noite em que me faça falta um livro daquele autor, aquele que tem tantos livros na mesma colecção que pode ser que eu os reconheça pelo aspecto.
sábado, outubro 21, 2006
sexta-feira, outubro 20, 2006
Zombie
Estou a começar os preliminares de escrita da minha tese. Passo o dia a pensar em pequenos nadas. "Será que posso fazer isto e aquilo. E se fizesse assim ou assado?! E se o gráfico fosse cozido ou assado?!". Com isto tudo começo a ficar um zombie. O cérebro começa a sobreaquecer. Para combater a alienação tenho que me disciplinar e fazer pausas para shit chat com alguém que passe no corredor.
Esta coisa de agora viver sozinho, ao contrário do que seria de esperar, ajuda a relaxar. Agora compreendo o efeito terapêutico de lavar a loiça!
Esta coisa de agora viver sozinho, ao contrário do que seria de esperar, ajuda a relaxar. Agora compreendo o efeito terapêutico de lavar a loiça!
quinta-feira, outubro 19, 2006
Concurso
terça-feira, outubro 17, 2006
É só para dizer olá ...
Este blog tem estado um pouco abandonado, e pela minha parte tem vivido de algumas fotografias que lhe vou acrescentando sem grande empenho. Portanto hoje não há fotografias, só uma lenta divagação que não sei muito bem onde vai levar.
Posso começar pelo fim de semana, passado em Elvas com o Hugo. Porquê em Elvas? Porque o Hugo tinha lá um concerto. Foi um longo concerto, daqueles que metem discurso no ínício, discurso de autarcas. Da cidade ficou a estranha imagem de grupos de espalhois com grandes sacos de plástico azuis ou verdes. Estes espanhois visitam a cidade ao fim de semana para comprar toalhas e lençois. Muitas lojas estão mesmo abertas ao Domingo.
Depois uma silenciosa viagem de carro pela paisagem alentejana, que começou por seguir o aqueduto que sai de Elvas. Longas estradas em linha recta que nos levaram até Estremoz, depois umas ruelas que nos levaram ao castelo, a uma paisagem ampla e ventosa, e a um restaurante muito calmo e simpático, com empregados do Benfica. Mas não pensem que era um restaurante qualquer. Chama-se A Cadeia Quinhentista. Nós, para salvar o orçamento, ficámo-nos por uns petiscos e umas sobremesas: coelho de vinagrete, cogumelos, pudim d'água, manjar celeste, estes últimos servidos com sorbet de limão e frutos silvestres. Bem, já sinto água na boca.
Para mim o dia terminou a ler crónicas de Lobo Antunes, a mudar de estado de espírito com a passagem das páginas. No dia seguinte mais uma daquelas segundas feiras em que me levanto cedo para apanhar o autocarro para Coimbra e passar o dia todo à espera que a noite chegue para repor o sono em dia, coisa que nunca acontece. É que ontem quis assistir à primeira sessão da Festa do cinema Francês, e lá fui eu até ao TAGV.
Hoje continuo sem o sono em dia.
Posso começar pelo fim de semana, passado em Elvas com o Hugo. Porquê em Elvas? Porque o Hugo tinha lá um concerto. Foi um longo concerto, daqueles que metem discurso no ínício, discurso de autarcas. Da cidade ficou a estranha imagem de grupos de espalhois com grandes sacos de plástico azuis ou verdes. Estes espanhois visitam a cidade ao fim de semana para comprar toalhas e lençois. Muitas lojas estão mesmo abertas ao Domingo.
Depois uma silenciosa viagem de carro pela paisagem alentejana, que começou por seguir o aqueduto que sai de Elvas. Longas estradas em linha recta que nos levaram até Estremoz, depois umas ruelas que nos levaram ao castelo, a uma paisagem ampla e ventosa, e a um restaurante muito calmo e simpático, com empregados do Benfica. Mas não pensem que era um restaurante qualquer. Chama-se A Cadeia Quinhentista. Nós, para salvar o orçamento, ficámo-nos por uns petiscos e umas sobremesas: coelho de vinagrete, cogumelos, pudim d'água, manjar celeste, estes últimos servidos com sorbet de limão e frutos silvestres. Bem, já sinto água na boca.
Para mim o dia terminou a ler crónicas de Lobo Antunes, a mudar de estado de espírito com a passagem das páginas. No dia seguinte mais uma daquelas segundas feiras em que me levanto cedo para apanhar o autocarro para Coimbra e passar o dia todo à espera que a noite chegue para repor o sono em dia, coisa que nunca acontece. É que ontem quis assistir à primeira sessão da Festa do cinema Francês, e lá fui eu até ao TAGV.
Hoje continuo sem o sono em dia.
quarta-feira, outubro 11, 2006
terça-feira, outubro 10, 2006
Vindima
Este fim de semana passámos por Sobradinho, uma aldeola no destrito de Viseu, onde os meus pais nasceram. O meu pai tinha-nos preparado uma surpresa: deixou algumas uvas para nós vindimarmos. Não se pode dizer que tenha sido um trabalho duro mas a vindima não é a minha vocação. No entanto o cheiro das ervas, de vez em quando da hortelã, o cheiro das uvas, muito diferente conforme as castas, a paisagem, ampla poque ali os campos ficam pendurados em sucalcos, proporcionou uma tarde agradável.
À noite prepararam-se os pipos, encheram-se com o vinho que já tinha sido pisado e pisou-se, literalmente, com os pés, claro os do meu pai, não os nossos, as uvas que se vindimaram naquela tarde. Lá mais para o fim do ano se verá o resultado.
À noite prepararam-se os pipos, encheram-se com o vinho que já tinha sido pisado e pisou-se, literalmente, com os pés, claro os do meu pai, não os nossos, as uvas que se vindimaram naquela tarde. Lá mais para o fim do ano se verá o resultado.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Agora é que vai ser
"O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje que o Orçamento de Estado para o próximo ano vai ter "cortes no funcionamento de todos os ministérios", à excepção do Ministério da Ciência que subirá 64 por cento.
(...)
A decisão do Governo de aumentar em 64 por cento o orçamento do Ministério da Ciência em 2007 representa, segundo José Sócrates, a aposta do executivo "na investigação e na ciência". "Não há maior expressão de que a nossa prioridade política é essa", salientou, reiterando que "muitas outras áreas vão ter menos investimento".", in Público on-line.
Nem me apetece comentar...
(...)
A decisão do Governo de aumentar em 64 por cento o orçamento do Ministério da Ciência em 2007 representa, segundo José Sócrates, a aposta do executivo "na investigação e na ciência". "Não há maior expressão de que a nossa prioridade política é essa", salientou, reiterando que "muitas outras áreas vão ter menos investimento".", in Público on-line.
Nem me apetece comentar...
Cinema Francês, Espanhol, etc
A Festa do Cinema Francês também chega a Coimbra, para variar, ao TAGV. Começa no dia 16 e vai mostrar entre 1 a 4 filmes por dia. A festa do cinema francês inclui, para além de ciclos em várias cidades, um ciclo na RTP.
Também no TAGV está a decorrer a Semana do Cinema Espanhol. Este mês é uma fartura de cinema.
Se tiverem informações sobre algum dos filmes divulguem!
Também no TAGV está a decorrer a Semana do Cinema Espanhol. Este mês é uma fartura de cinema.
Se tiverem informações sobre algum dos filmes divulguem!
quinta-feira, outubro 05, 2006
quarta-feira, outubro 04, 2006
Zoo
sexta-feira, setembro 29, 2006
Apito Vermelho
(Foto: record)
Esta adepta do SCP foi deportada para a Sibéria. Isto é uma vergonha! Tragam a Alina de volta! Toda a história aqui.
OPA
Coincidindo com o parecer da AdC que permitiu o seguimento da OPA da Sonae sobre a PT, finalmente a linha telefónica da minha nova morada ficou" síncrona". Agora sim posso navegar e blogar à vontade. Obrigado Belmiro.
Férias VII
Boa viagem
Até há poucos minutos eu e o P. estivemos a ajudar o P.L. e a M. a carregar caixas. As caixas encheram completamente uma carrinha Fiat Ducato. Acreditem que é uma grande carrinha, e ficou cheia com os pertences do dois. Isto tudo porque o P. vai trabalhar para o Hawai. E provavelmente não vai por muito tempo, por isso esta cena vai repetir-se em breve.
Também a R. trocou Coimbra por outras paragens, claro, fora do país, o L. vai fazer doutoramento em Cambridge e o P. também vai em breve passar um ano ao Hawai. Ou seja, muitas das pessoas que conheci em Coimbra vão deixá-la em breve. Não posso deixar de me sentir um bocadinho triste, apesar de, como alguém disse hoje, irem para um sítio melhor.
Espero que tudo corra bem a todos eles e que mandem regularmente notícias. Quem sabe se não passo as próximas férias no Hawai?
Boa viagem.
Também a R. trocou Coimbra por outras paragens, claro, fora do país, o L. vai fazer doutoramento em Cambridge e o P. também vai em breve passar um ano ao Hawai. Ou seja, muitas das pessoas que conheci em Coimbra vão deixá-la em breve. Não posso deixar de me sentir um bocadinho triste, apesar de, como alguém disse hoje, irem para um sítio melhor.
Espero que tudo corra bem a todos eles e que mandem regularmente notícias. Quem sabe se não passo as próximas férias no Hawai?
Boa viagem.
quinta-feira, setembro 28, 2006
Emprego Científico em Portugal
Posição do Conselho dos Laboratórios Associados sobre o problema do Emprego Científico em Portugal
(Cheguei a este texto através do blog Linha dos Nodos)
(Cheguei a este texto através do blog Linha dos Nodos)
quarta-feira, setembro 27, 2006
As ferias VI
Photo © Douglas Robertson
Em Edimburgo assistimos a uma peça de Shakespear, Troilus and Cressida, no King's Theatre.
A acção decorre durante a guerra de Tróia e conta a história de uma casalinho troiano que é separado quando ela, Cressida, é trocada por um guerreiro troiano que estava na posse dos gregos. Claro que por lá estão todos os heróis que conhecemos, de Ulisses a Ajax, de Heitor a Paris, e claro Helena. E é também claro que não é exactamente a história do casalinho o mais interessante, e sim tudo o que se passa de cada um dos lados do campo de batalha.
Os actores são fantásticos. O que mais me impressionou foi o seu aspecto físico: Helena era muito bonita, a mais bonita, e todos os heróis muito musculados e bem constituídos. Não havia excepção.
Em Edimburgo assistimos a uma peça de Shakespear, Troilus and Cressida, no King's Theatre.
A acção decorre durante a guerra de Tróia e conta a história de uma casalinho troiano que é separado quando ela, Cressida, é trocada por um guerreiro troiano que estava na posse dos gregos. Claro que por lá estão todos os heróis que conhecemos, de Ulisses a Ajax, de Heitor a Paris, e claro Helena. E é também claro que não é exactamente a história do casalinho o mais interessante, e sim tudo o que se passa de cada um dos lados do campo de batalha.
Os actores são fantásticos. O que mais me impressionou foi o seu aspecto físico: Helena era muito bonita, a mais bonita, e todos os heróis muito musculados e bem constituídos. Não havia excepção.
As férias IV
Na entrada anterior sobre as férias falei sobre um dos concertos a que assistimos, eu e o Hugo, em Londres. O segundo concerto não foi menos emocionante. O programa foi o seguinte:
Steven Stucky
Second Concerto for Orchestra
Ravel
Piano Concerto in G major
Musorgsky/Ravel
Pictures at an Exhibition
François-Frédéric Guy piano
Philharmonia Orchestra
Esa-Pekka Salonen conductor
O que mais me marcou neste concerto foi a última peça, Os quadros de uma exposição. O final foi de tal forma espetacular, num crescendo tal que parecia não ter fim, que dava a sensação que o concerto só acabaria quando o edifício ruísse. Saímos de lá aos saltos.
Steven Stucky
Second Concerto for Orchestra
Ravel
Piano Concerto in G major
Musorgsky/Ravel
Pictures at an Exhibition
François-Frédéric Guy piano
Philharmonia Orchestra
Esa-Pekka Salonen conductor
O que mais me marcou neste concerto foi a última peça, Os quadros de uma exposição. O final foi de tal forma espetacular, num crescendo tal que parecia não ter fim, que dava a sensação que o concerto só acabaria quando o edifício ruísse. Saímos de lá aos saltos.
segunda-feira, setembro 25, 2006
Dmitri Dmitrievich Shostakovich
Compositor russo, nasceu em 1906 e morreu em 1975. Pelo que pude ouvir hoje durante o dia, na rádio, e pelo que li na internet, a relação do compositor com o regime soviético foi um tanto ou quanto complexa. A sua música foi por vezes criticada pelo regime, mas o compositor recebeu condecorações e exerceu cargos no partido, tendo mesmo representado o país em eventos internacionais. Foi também um compositor muito popular com obras aclamadas tanto pelo público como pela crítica.
A suas obras mais aclamadas são as suas sinfonias, 15 ao todo, e outros tantos quartetos de cordas. Compôs também óperas, O Nariz esteve em cena este ano no S. Carlos, concertos e música para filmes.
Devo confessar que não sei muito sobre o compositor portanto cá vai o link de uma página da BBC com mais informações.
sábado, setembro 23, 2006
"VOLVER"
sexta-feira, setembro 22, 2006
De Coimbra, sobre a Rainha Santa Isabel ...
No blog A aba de Heisenberg, no dia 12 de Agosto, há uma entrada interessante sobra a padroeira da cidade de Coimbra. Se preferirem vejam directamente o site
http://www.thestarlitecafe.com/poems/94/poem_793798.html
http://www.thestarlitecafe.com/poems/94/poem_793798.html
quinta-feira, setembro 21, 2006
As férias III
O primeiro concerto a que assistimos dos BBC PROMS tinha o seguinte programa, tudo obras de Mozart:
Violin Concerto No. 2 in D major, K211
Sinfonia Concertante in E flat major, K364
Violin Concerto No. 4 in D major, K218
Symphony No. 29 in A major, K201
O violista e maestro da orquestra foi, nada mais nada menos do que Maxim Vengerov. E a orquestra, a UBS Verbier Festival Chamber Orchestra, foi maravilhosa. Nunca ouvi Mozart tão leve. Todas as notas se percebiam, e todas viajavam com uma ligeireza alegre, uma perfeição maravilhosa. E parecia que tudo acontecia naturalmente, tudo era simples, sem os esforços de uma inspiração atormentada. Tudo era fácil.
Provavelmente o Hugo tem qualquer coisa a dizer sobre o concerto.
As férias II
Em Londres, no dia 13 de Agosto assistimos a dois concertos dos BBC PROMS. O primeiro com um programa de concertos para violino de Mozart, o segundo um pouco mais variado.
Foi um dia fascinante. A primeira grande sensação é o edificio, que podem ver na entrada anterior sobre as férias. É o Royal Albert Hall que tinhamos conhecido quando levantámos os bilhetes uns dias antes. Mas a primeira grande surpresa é a sala de concerto e o ambiente que nele se vive. A sala é enorme e enche-se de gente, vibra do princípio ao fim com o entusiasmo das pessoas, que se vai contagiando, propaga-se desde a arena lá em baixo até aos balcões dos andares mais altos. Imaginem então o que acontece quando a tudo isto se junta a música, mas isso fica para a próxima entrada no blog.
terça-feira, setembro 19, 2006
As férias
Finalmente vou contar um pouco do que aconteceu nas férias e mostrar algumas fotografias. Eu e o Hugo estivemos em Londres, Edimburgo e Glasgow. Como não poderia deixar de ser, assistimos a alguns espetáculos. E a altura não podia ser mais propícia. Em Londres decorriam os Concertos Promenade, em Edimburgo, o Festival Internacional de Edimburgo com todas as suas actividades paralelas, o Fringe.
quinta-feira, setembro 14, 2006
Sem barulho
Volto aqui a fazer publicidade ao blog Sem Barulho. Que tal dar uma vista de olhos às estranhas fotografias que constituem este estranho diário.
As Bodas de Fígaro ...
... em português, no Teatro da Trindade, com a participação do coro de câmara do Coral Lisboa Cantat.
As récitas são nos dias:
15, 20, 21, 23, 28, 29 Set. às 20 h
6 e 7 Out. às 20h
17, 24 Set. às 18h
com os cantores:
Fígaro – José Corvelo
Susana – Lara Martins
Conde – Mário Redondo
Condessa – Teresa Gardner / Sónia Alcobaça
Marcelina – Sónia Alcobaça / Catherine Rey
Bartolo – Bruno Pereira
Basílio – João Sebastião
Cherubino – Eduarda Melo / Madalena Boléo
Barbarina – Raquel Camarinha
António – Job Tomé
Não percam.
As récitas são nos dias:
15, 20, 21, 23, 28, 29 Set. às 20 h
6 e 7 Out. às 20h
17, 24 Set. às 18h
com os cantores:
Fígaro – José Corvelo
Susana – Lara Martins
Conde – Mário Redondo
Condessa – Teresa Gardner / Sónia Alcobaça
Marcelina – Sónia Alcobaça / Catherine Rey
Bartolo – Bruno Pereira
Basílio – João Sebastião
Cherubino – Eduarda Melo / Madalena Boléo
Barbarina – Raquel Camarinha
António – Job Tomé
Não percam.
Enquanto encolhe os ombros e se afasta
E assim estreio a minha entrada neste blog.
Isto a propósito de uma notícia "Automobilistas não respeitam sinalização" que li no DN de hoje e da qual deixo o link para a íntegra http://dn.sapo.pt/2006/09/13/cidades/automobilistas_respeitam_sinalizacao.html mas fica aqui o essencial de onde queria chegar:
"Na Rua Ferreira Borges, a principal artéria do bairro de Campo de Ourique, em Lisboa, é proibido virar à esquerda em toda a sua extensão. Mas a pressa obriga muitos dos automobilistas a ignorar a sinalização, não se inibindo sequer de assinalar a infracção.
(...)
Do outro lado da rua estão dois agentes da Polícia de Segurança Pública. "As pessoas viram mesmo quando aqui estamos", admitem. "É falta de civismo", explica um dos polícias, que opta por não ser identificado. Adianta que tem indicações para tomar conta de todas as ocorrências, mas... Mesmo à sua frente, mais um condutor vira impunemente. O agente não faz sequer um esforço para o identificar, e aproveita para dar mais uma trinca no gelado que saboreia descontraidamente. "Não há respeito", afirma, enquanto encolhe os ombros e se afasta."
Surreal?
Não! É normal...
Isto a propósito de uma notícia "Automobilistas não respeitam sinalização" que li no DN de hoje e da qual deixo o link para a íntegra http://dn.sapo.pt/2006/09/13/cidades/automobilistas_respeitam_sinalizacao.html mas fica aqui o essencial de onde queria chegar:
"Na Rua Ferreira Borges, a principal artéria do bairro de Campo de Ourique, em Lisboa, é proibido virar à esquerda em toda a sua extensão. Mas a pressa obriga muitos dos automobilistas a ignorar a sinalização, não se inibindo sequer de assinalar a infracção.
(...)
Do outro lado da rua estão dois agentes da Polícia de Segurança Pública. "As pessoas viram mesmo quando aqui estamos", admitem. "É falta de civismo", explica um dos polícias, que opta por não ser identificado. Adianta que tem indicações para tomar conta de todas as ocorrências, mas... Mesmo à sua frente, mais um condutor vira impunemente. O agente não faz sequer um esforço para o identificar, e aproveita para dar mais uma trinca no gelado que saboreia descontraidamente. "Não há respeito", afirma, enquanto encolhe os ombros e se afasta."
Surreal?
Não! É normal...
terça-feira, setembro 12, 2006
Paso del Caballo
Mais umas histórias de Benasque, as fotos virão depois...
Saimos da dita vila bastante cedo de manhã de camioneta. Chegamos ao destino depois de uma "escalada" de camionete com uma parede do lado direito, uma escarpa do lado esquerdo, banda sonora de Tchaikovsky e outros musicos. Preparamo-nos para escalar a violenta montanha que se impunha à nossa frente troçando da nossa pequenez. O inicio foi duro, com paragens para comer "arandos" e framboesas que se encontravam à beira do caminho, mas cedo a paisagem se tornou suportávelmente bela. Explico: rochas de um lado e do outro, com todas as formas e feitios, ervas quase nenhumas, as árvores tinham ficado para trás e já não se encontram áquela altitude. Chegados a um lago a cerca de 2500m o grupo separa-se em dois, sendo que um ficaria ali "acampado" e o outro seguiria caminho até ao pico a ao famosissimo "paso del caballo" (uma passagem entre dois picos, a 3000m de altitude, com cerca de 20m de comprimento e 5cm de largura que se faz literalmente com uma perna para cada lado da montanha, quem não acreditar que procure na net). A subida foi árdua devido ao sol e à falta de caminho. A cerca
2700m encontramos um grupo que nos avisa que "vêm umas nuvens a caminho", nós resolvemos não nos deixar intimidar por duas nuvens que se viam no céu e continuamos.
Chegámos ao topo, 3067m de altitude, por volta das 3 da tarde. A vista é absolutamente arrasadora e altamente imprópria para quem tem vertigens já que o topo da montanha nunca ultrapassa os 50cm de largura até chegar aos cerca de 5cm no paso del caballo.
Começam a cair umas pingas, 3min depois isto transforma-se numa suave tempestade de granizo e uma chuva torrancial com trovões. Resolvemos descer imediatamente pois o chão que tinha uma inclinação média de 60º começava a estar molhado.
Ao fim de alguns escorreções, bastantes saltos e outras peripécias, conseguimos voltar aos 2500m com apenas uma sola de uma das botas solta, uns arranhões, algum cansaço e muita água na roupa (distribuida irmãmente por todos). nisto verificamos que são 5 da tarde e a última camioneta para o parque de estacionamento é às 6h.
Perdemos a camioneta e lá fomos nós a pé até ao parque de estacionamento. Em "casa" o pessoal não nos vê chegar na ultima camioneta e manda chamar a guarda civil de montanha. Esta parte em nossa busca e apanha-nos já relativamente perto do parque de estacionamento, levando-nos ao carro.
E foi o fim da aventura.
Saimos da dita vila bastante cedo de manhã de camioneta. Chegamos ao destino depois de uma "escalada" de camionete com uma parede do lado direito, uma escarpa do lado esquerdo, banda sonora de Tchaikovsky e outros musicos. Preparamo-nos para escalar a violenta montanha que se impunha à nossa frente troçando da nossa pequenez. O inicio foi duro, com paragens para comer "arandos" e framboesas que se encontravam à beira do caminho, mas cedo a paisagem se tornou suportávelmente bela. Explico: rochas de um lado e do outro, com todas as formas e feitios, ervas quase nenhumas, as árvores tinham ficado para trás e já não se encontram áquela altitude. Chegados a um lago a cerca de 2500m o grupo separa-se em dois, sendo que um ficaria ali "acampado" e o outro seguiria caminho até ao pico a ao famosissimo "paso del caballo" (uma passagem entre dois picos, a 3000m de altitude, com cerca de 20m de comprimento e 5cm de largura que se faz literalmente com uma perna para cada lado da montanha, quem não acreditar que procure na net). A subida foi árdua devido ao sol e à falta de caminho. A cerca
2700m encontramos um grupo que nos avisa que "vêm umas nuvens a caminho", nós resolvemos não nos deixar intimidar por duas nuvens que se viam no céu e continuamos.
Chegámos ao topo, 3067m de altitude, por volta das 3 da tarde. A vista é absolutamente arrasadora e altamente imprópria para quem tem vertigens já que o topo da montanha nunca ultrapassa os 50cm de largura até chegar aos cerca de 5cm no paso del caballo.
Começam a cair umas pingas, 3min depois isto transforma-se numa suave tempestade de granizo e uma chuva torrancial com trovões. Resolvemos descer imediatamente pois o chão que tinha uma inclinação média de 60º começava a estar molhado.
Ao fim de alguns escorreções, bastantes saltos e outras peripécias, conseguimos voltar aos 2500m com apenas uma sola de uma das botas solta, uns arranhões, algum cansaço e muita água na roupa (distribuida irmãmente por todos). nisto verificamos que são 5 da tarde e a última camioneta para o parque de estacionamento é às 6h.
Perdemos a camioneta e lá fomos nós a pé até ao parque de estacionamento. Em "casa" o pessoal não nos vê chegar na ultima camioneta e manda chamar a guarda civil de montanha. Esta parte em nossa busca e apanha-nos já relativamente perto do parque de estacionamento, levando-nos ao carro.
E foi o fim da aventura.
sábado, setembro 09, 2006
Foto report
Fotos do Lago Lémans em Lausanne, praia de Vidy. Do outro lado do lago ficam os Alpes Franceses.
Edifício central da Universidade de Laussanne.
Auto-retrato num momento de lazer.
E finalmente o centro de Genebra. É impressionante a riqueza e o nível de vida nesta cidade. Ruas mais limpas que a minha casa de banho. Ferraris, Porches, Maseratis...enfim. As mulheres estão todas altamente produzidas. Lindas de morrer. Enquanto em Lisboa temos lojas da Zara espalhadas por todo o lado, aqui é lojas Cartier, Rolex, Hugo Boss...
Edifício central da Universidade de Laussanne.
Auto-retrato num momento de lazer.
E finalmente o centro de Genebra. É impressionante a riqueza e o nível de vida nesta cidade. Ruas mais limpas que a minha casa de banho. Ferraris, Porches, Maseratis...enfim. As mulheres estão todas altamente produzidas. Lindas de morrer. Enquanto em Lisboa temos lojas da Zara espalhadas por todo o lado, aqui é lojas Cartier, Rolex, Hugo Boss...
Desafio à Joana
Soube que a Joana voltou à pouco tempo da sua viagem de bicicleta. Volto a desafiá-la a contar a viagem aqui no blog as suas aventuras.
Correio de Benasque
Amanha estarei de volta a Coimbra. Depois de mais uma viagem de carro de pelo menos dez horas a seguir a uma escola de 9 dias, duas caminhadas nas montanhas, uma workshop com 28 apresentaçoes de 50 minutos cada uma, uma sessao de posters regada a três tipos de vinho 5 tipos de queijos e outros tantos de enchidos, sinto que vou finalmente voltar ao planeta Terra.
quarta-feira, setembro 06, 2006
Laussanne - A grande seca
Grande seca este junior Euromat 2006. E nao é dos 30 graus Celsius que se fazem sentir nos Alpes...Do ponto de vista cientifico nao se aprende nada. O mais interessante ainda é o concurso de posters. O "meu" é apresentado na quinta feira: é para ganhar (100 € é o prémio). De resto, na cidade, nao ha nada para ver ou fazer. As vistas do lago Lemans sao ainda assim o mais interessante de apreciar. O hotel de 3 estrelas parece um abrigo nuclear de granito! O que impede que morra de tedio é mesmo a TV com 50 canais.
(este teclado so tem alguns acentos)
(este teclado so tem alguns acentos)
terça-feira, setembro 05, 2006
segunda-feira, setembro 04, 2006
Tuca de Salbaguardia
No Sábado passado, tal como tinha dito, um grupo da escola de TDDFT subiu à Tuca de Salbaguardia, um pico com 2738 m de altitude. A maioria chegou de autocarro a La Besurta, a 1920 m de altitude. Eu, em particular, fui de carro com o Fernando, O Lúis, o Guilherme e o Micael.
A partida de La Besurta deve ter-se dado por volta da 10h da manha, e aí começou a longa subida. Antes do pico passámos pelo Portillón de Benás, uma passagem em V, escavada na rocha para permitir a passagem entre Espanha e França, e em tempos usada pelos contrabandistas. Esta passagem fica a 2445 m de altitude e permite, pela primeira vez saber o que está para lá da encosta que subíamos: um lago de cor intensa. Ao chegar a esta passagem aparece um anúncio a um café a 15 min dali, mas a descida até ao café nao parece fácil. Se levar 15 m a descer, talvez o regresso demore o triplo.
A esta altura talvez deva contar que um dos caminheiros levava às costas o filho de 1 ano e meio. Este experiente montanhista, Ludger, nao subiu à Tuca de Salbaguardia. Pelo que percebi, chegou ao Portillón e de facto desceu até ao café, tendo depois voltado a subir.
Continuámos a subida. Por esta altura o grupo já se tinha separado, e alguns já tinham chegado à Tuca. Esperavam-nos umas passagens que talvez nao fossem difíceis mas que eu achei aterradoras. Passagens de rocha lisa, inclinadas, uma delas com uma corda presa na parede para garantir a segurança. Eu passei um mau bocado nesta parte, e a ideia de ao voltar ter de novo de passar por ali nao me agradava.
Mas lá chegámos ao pico. Uma série de aves gigantescas, águias ou abutres conforme as pessoas que opinavam, passaram a altitudes variadas, tanto acima como abaixo de nós. No pico piquenicámos, descansámos e tirámos mais fotografias. A vista era excelente.
Depois começámos a descida. Desta vez nao em diracçao a La Besurta, mas ao Hospital de Benás, um restaurante e café muito hospitaleiro. A descida para mim foi penosa e lenta mas por fim cheguei, acompanhada por dois estudantes filipinos. No prado antes do Hospital fomos recebidos por uma manada de vacas muito calmas, muito bonitas, num prado muito verde. Para mim a caminhada acabou com os pés fora das botas e uma bebida fresca na mao.
A partida de La Besurta deve ter-se dado por volta da 10h da manha, e aí começou a longa subida. Antes do pico passámos pelo Portillón de Benás, uma passagem em V, escavada na rocha para permitir a passagem entre Espanha e França, e em tempos usada pelos contrabandistas. Esta passagem fica a 2445 m de altitude e permite, pela primeira vez saber o que está para lá da encosta que subíamos: um lago de cor intensa. Ao chegar a esta passagem aparece um anúncio a um café a 15 min dali, mas a descida até ao café nao parece fácil. Se levar 15 m a descer, talvez o regresso demore o triplo.
A esta altura talvez deva contar que um dos caminheiros levava às costas o filho de 1 ano e meio. Este experiente montanhista, Ludger, nao subiu à Tuca de Salbaguardia. Pelo que percebi, chegou ao Portillón e de facto desceu até ao café, tendo depois voltado a subir.
Continuámos a subida. Por esta altura o grupo já se tinha separado, e alguns já tinham chegado à Tuca. Esperavam-nos umas passagens que talvez nao fossem difíceis mas que eu achei aterradoras. Passagens de rocha lisa, inclinadas, uma delas com uma corda presa na parede para garantir a segurança. Eu passei um mau bocado nesta parte, e a ideia de ao voltar ter de novo de passar por ali nao me agradava.
Mas lá chegámos ao pico. Uma série de aves gigantescas, águias ou abutres conforme as pessoas que opinavam, passaram a altitudes variadas, tanto acima como abaixo de nós. No pico piquenicámos, descansámos e tirámos mais fotografias. A vista era excelente.
Depois começámos a descida. Desta vez nao em diracçao a La Besurta, mas ao Hospital de Benás, um restaurante e café muito hospitaleiro. A descida para mim foi penosa e lenta mas por fim cheguei, acompanhada por dois estudantes filipinos. No prado antes do Hospital fomos recebidos por uma manada de vacas muito calmas, muito bonitas, num prado muito verde. Para mim a caminhada acabou com os pés fora das botas e uma bebida fresca na mao.
domingo, setembro 03, 2006
Correio de Benasque
Ontem foi a caminhada até Salvaguardia. Partimos dos 1920 m de altitude e subimos até ao 2700 m. Foi duro e hoje sinto-me toda dorida mas definitivaente valeu a pena. Tirei muitas fotografias que depois mostrarei. Por enquanto podem ver algumas tiradas pelo Esa, na página: http://www.fyslab.hut.fi/~ehr/Benasque_Hiking/.
sexta-feira, setembro 01, 2006
Correio de Benasque
Ainda estou aqui, pedurada por causa de um cálculo que tenho de deixar a correr. O meu companheiro nde trabalho, Esa, da Finlandia já saiu, e o Fernando vai até Cerler tirar umas fotografias. Eu quero ir com ele, mas nao consigo sair daqui.
Amanha é o grande dia. Uma caminhada até aos 2 700 m de altitude, a principal atracçao da escola. Depois conto tudo.
Amanha é o grande dia. Uma caminhada até aos 2 700 m de altitude, a principal atracçao da escola. Depois conto tudo.
quarta-feira, agosto 30, 2006
Com os pés a andar à roda
Para os que passaram os últimos dias sentados à secretária, aqui vai com a minha estreia, um proposta alternativa de passar os dias sentado.
Vai a estilo de Foto Reportagem.
o resumo segue-se.
Quando? 4ª, 5ª e 6ª feira passadas.
Onde? Azeitão->Arrábida->Setúbal-> Tróia->Comporta->Praia da Galé (Camping) e regresso pela ordem inversa.
Quanto? 140km, 3 restaurantes.
Como?... a resposta pareçe óbvia com as fotos.
Porquê? porque não?, porque sim, porque ainda havia férias, porque as pernas pediam... sei lá.
Vai a estilo de Foto Reportagem.
o resumo segue-se.
Quando? 4ª, 5ª e 6ª feira passadas.
Onde? Azeitão->Arrábida->Setúbal-> Tróia->Comporta->Praia da Galé (Camping) e regresso pela ordem inversa.
Quanto? 140km, 3 restaurantes.
Como?... a resposta pareçe óbvia com as fotos.
Porquê? porque não?, porque sim, porque ainda havia férias, porque as pernas pediam... sei lá.
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